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03/03/2009 - 11:15

Evitando a contaminação da crise

O Brasil inteiro está consciente de que a crise econômica internacional está fazendo muitas “vítimas” no mundo todo, principalmente nos países desenvolvidos -- e não apresenta sinais de que vá terminar tão cedo.

Originado de um descalabro financeiro, a crise ganhou contornos e foi crescendo e deverá atingir o Brasil se nós não nos armarmos contra o mesmo veneno que causou esta crise, ou seja, a falta de crédito, que é, em sua base, assunto eminentemente financeiro.

Assistimos dia-a-dia a este incômodo chamado falta de crédito, que já começa a fazer “vítimas” no Brasil e, se estender-se por mais tempo, não dará tempo para evitar a contaminação na economia real, iniciando-se pelo desemprego, passando pela redução dos investimentos, do consumo e da produção.

Será o caos se nós não tivermos a inteligência e ousadia suficiente para mitigar os efeitos da crise internacional para o nosso País.

Temos bons fundamentos econômicos, boa estrutura financeira, um extenso mercado de 200 milhões de consumidores e dinheiro para gastar.

Vamos nos espelhar nas práticas da década de 70, quando o BNDES e outros bancos, assim com o Governo, criaram programas de desenvolvimento com investimentos ágeis, tanto em desoneração de impostos, como em irrigação de dinheiro, principalmente as médias e pequenas empresas, apoiando não só os investimentos fixos mas principalmente o capital de giro.

Hoje, vemos que o problema são as garantias, pois não interessa aos bancos, em caso de inadimplência tomar um imóvel dos sócios e preferindo os recebíveis, que por redução das atividades, não alcançam os percentuais exigidos.

Além disso, há que se considerar as elevadas taxas de juros com seus excepcionais “spreads”.

Tudo isto pode ser contornado se o Governo criar mecanismos que permitam ao tomador do empréstimo oferecer como garantia, títulos ou precatórios dos governos federal, estaduais e municipais.

Além de garantidos, podem derrubar as taxas de juros dependendo do percentual de deságio negociado.

Sem dúvida, esta é uma solução, inclusive para o Governo que iria quitando sua dívida estimada em R$ 70 bilhões.

. Por: Antonio Luiz de Queiroz Silva – Presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo

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