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04/03/2009 - 09:36

Educação Alimentar na ordem do dia

A idéia de ter a escola como um importante pólo de promoção da alimentação saudável está cada vez mais fortalecida em nossa sociedade. As famílias pedem, os órgãos governamentais determinam e as instituições educacionais investem em ações e projetos que instalem por definitivo a cultura da alimentação correta em seus alunos. Em São Paulo, temos exemplos expressivos de como chegar lá.

"Percebemos que ações pontuais não funcionam e para que, de fato, consigamos um caráter formador, seria necessário conhecer bem nossa população", relata Elaine Occhialini, nutricionista da Escola da Vila, na capital paulista, que organizou uma pesquisa feita com alunos do ensino fundamental (de 1º a 5º ano) para avaliar, entre outros aspectos, se os lanches trazidos por eles estavam adequados às necessidades nutricionais da faixa etária. "A escola optou pela pesquisa, discussão dos dados colhidos e união de esforços dos profissionais que atuam na escola para obtenção de resultados mais efetivos", explica. Segundo ela, os hábitos alimentares adquiridos nessa faixa de idade tendem a permanecer na vida adulta e, se adequados, determinarão um desenvolvimento sadio.

A elaboração e análise da pesquisa contaram com a parceria dos cursos de Nutrição e Estatística da Universidade São Judas, o que possibilitou uma análise profunda das informações colhidas. A partir dos resultados dessa pesquisa, diversas frentes estão sendo trabalhadas para se atingir os objetivos. Uma importante parceria foi estabelecida com a orientadora pedagógica da escola, Clice Haddad, que também organizou a pesquisa, para se trabalhar globalmente o projeto.

"Como ensinamos bem matemática, queremos ensinar bem o conceito de alimentação saudável e de promoção da saúde", afirma a orientadora. Responsável pelo projeto Conviver, Clice teve como preocupação analisar, durante a pesquisa, se o momento de consumo dos lanches proporcionava ao grupo o comer devagar, o experimentar e o compartilhar novos alimentos, bem como a tranquilidade nesse convívio, componentes decisivos para a educação alimentar.

Em outro projeto da escola, o Recicla Vila, em esforço associado ao projeto de nutrição (Saúde Vila), o lixo trazido de casa que vem com as embalagens, principalmente as tetra pak, também se tornou alvo de estudos. "A enorme quantidade de resíduos produzida por esse material vindo de casa chamou a atenção, já que praticamos a coleta seletiva. Buscamos realizar um trabalho de conscientização sobre as questões ambientais que envolva, não só os alunos, mas também as famílias", conta Clice.

A participação das disciplinas regulares é também eixo do trabalho. Nas aulas de ciências, por exemplo, os alunos do 8o ano do fundamental aprendem a verificar os rótulos dos alimentos e a fazer uma contagem do valor nutricional. A intenção é dar mais autonomia aos estudantes para que possam compor seus lanches de maneira adequada. Já os 5os anos, que estudam de maneira aprofundada o aparelho digestório, uma vez por semana e sob orientação da nutricionista, compõem o cardápio do restaurante da escola. Sempre, é claro, de forma nutricionalmente adequada.

Em inglês, as crianças conheceram as funções dos grupos de alimentos reguladores, construtores e energéticos e a importância da presença dos três nas refeições. Jogos, brincadeiras e entrevistas para saber as preferências dos colegas fizeram parte das atividades. Diz a nutricionista, "o objetivo da educação nutricional na Escola da Vila será o de auxiliar os alunos a possuir as competências e motivação necessárias para fazer escolhas alimentares apropriadas e praticar hábitos alimentares saudáveis e não apenas transmitir o conhecimento sobre Nutrição." | www.vila.com.br

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