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05/03/2009 - 09:47

Representantes da SCOR abrem a 1ª Conferência Brasileira de Resseguros

Executivos destacam potencial do país em função dos baixos riscos e no setor agrícola e governo apresenta incentivos para crescimento deste mercado no Rio.

A abertura da 1ª Conferência Brasileira de Resseguros – Brazilian Reisurance Conference – promovida pela revista americana ReAction, no Copacabana Palace, no dia 4 de março (quarta-feira), foi feita pelo CEO do Grupo SCOR para as Américas, Henry Klecan, e pelo diretor-presidente da SCOR Global P & C, José Carlos Cardoso. Klecan deu as boas-vindas a todos os cerca de 200 participantes do evento afirmando que o Brasil faz parte de um seleto clube do mercado de resseguro. “O nosso negócio é tempo, tempo, tempo. E no cenário em que estamos vivendo, essa conferência é muito apropriada”.

Cardoso, por sua vez, também enfatizou que o momento para o evento não poderia ser melhor. “Ontem estivemos com o presidente Lula agradecendo-o e homenageando-o pela tão esperada abertura do mercado e ele nos disse que o resseguro é um dos motores para o desenvolvimento social e econômico do país também. Cabe a nós, portanto, assumir esta responsabilidade e contribuir para o crescimento deste setor.

Presença aguardada na Conferência e primeiro palestrante do dia, o secretário estadual de Fazenda do Rio, Joaquim Levy, apresentou aos representantes de seguradoras, resseguradoras, corretores e advogados das mais diversas corporações um panorama da economia estadual e federal demonstrando a organização e segurança do mercado de seguros nacional. “O ambiente de regulamentação é muito claro e muito sólido. Temos uma economia diversificada, exportamos uma grande quantidade de produtos para muitos países, estamos diminuindo desde 2002 a dívida pública. No que diz respeito ao Rio, podemos dizer que temos uma pequena economia aberta com um PIB comparável a alguns países de dimensões como a de nosso estado. Estamos falando de um superávit de R$ 2,5 bilhões em caixa, o que é muito importante para fecharmos nosso fluxo. Temos o compromisso da Petrobras em continuar trabalhando aqui, toda a área do Pré-Sal está localizada próximo ao nosso estado. Enfim, há um forte compromisso do governo com investimentos para melhorar a infraestrutura pública e isso, com certeza, é um atrativo para os investidores e, conseqüentemente, para a participação do resseguro”.

A secretária municipal de Fazenda, Eduarda Cunha de La Rocque, deu uma das melhores notícias do dia para os resseguradores. Segundo ela, que também palestrou durante a manhã do primeiro dia de Conferência, o prefeito Eduardo Paes é favorável ao projeto de lei que propõe a redução de 5% para 2% da alíquota do Imposto sobre Serviços (ISS) relativa à atividade de resseguro no município do Rio.

Grandes perspectivas para o mercado ressegurador nacional foram anunciadas pelo Grupo SCOR. Também palestrante do evento, o presidente adjunto mundial da SCOR Global P & C, Benjamin Gentsch, argumentou que a abertura do mercado de resseguros brasileiro abre novas oportunidade de negócios, principalmente porque os riscos extremos no Brasil são limitados. “A abertura deste mercado é uma realidade, apesar da crise, que abre uma oportunidade para todos nós. Olhando para o Brasil, percebemos que as necessidades não são as mesmas no Sul, no Norte do país. Isto abre uma possibilidade de criação de novos produtos. Nossa intenção é estimular sua criação. A meta da regulamentação na Europa é estruturar internamente o mercado, tudo, para gerenciar o capital e ter um modelo interno. Isso é algo que certamente vai se expandir para outros lugares e se tornar útil em todas as partes. A ideia mais uma vez com a abertura do mercado é para vocês desenvolverem estratégias, ao comprar resseguros entender exatamente quais são os tipos de serviços necessários, qual tipo de otimização vocês buscam, como é que vocês vão gerenciar o capital, se querem reter mais ou menos. O resseguro, com certeza, é a forma mais fácil de atender estas preocupações a curto prazo. A longo prazo, por outro lado, pode se mudar sua política, mas isso leva mais tempo”.

O Grupo SCOR focou suas atenções também no estudo das possibilidades de crescimento do resseguro agrícola no Brasil. O representante da SCOR para este setor, Michael Ruegger, destacou o fato de que somente 5% a 7% da terra arável do país é segurada. “Isso para uma grande potência como o Brasil é muito pouco. O setor agrícola é a base para todas as atividades econômicas, é o começo para todas elas. Por isso, a manutenção do seguro agrícola se torna eminente. Há desafios a serem enfrentados. Agricultura é dinheiro lento, entretanto, a liberação do mercado de resseguro vai acelerar a troca de expertise para este setor, que é a base da economia”.

A Conferência continua no Copacabana Palace com mais uma bateria de palestras voltadas, principalmente, para o estudo da longevidade e o que isso implica no resseguro para o segmento Vida e para a elaboração e obrigações contratuais que devem ser firmadas nos contratos de resseguro.

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