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05/03/2009 - 10:33

EDP Energias do Brasil registra EBTIDA de R$ 1,36 bilhão em 2008, representando crescimento de 21,4% em relação a 2007

Redução dos gastos gerenciáveis atingiu 12,3%, gerando uma economia de R$ 117,5 milhões, em 2008.

São Paulo – A EDP Energias do Brasil, empresa do Grupo EDP Energias de Portugal, apresentou, em 2008, EBITDA (resultados antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,36 bilhão, acréscimo de 21,4% em relação ao ano anterior. O EBITDA da geração registrou R$ 596,5 milhões, acréscimo de 28,8% em relação a 2007, favoravelmente influenciado pela operação de permuta de ativos com o Grupo Rede.

O lucro líquido registrado em 2008 totalizou R$ 388 milhões. Este resultado, no entanto, contempla o impacto de R$ 129,6 milhões referente à amortização adicional de ágio da Enersul, reconhecido no terceiro trimestre de 2008. Descartado este impacto, o lucro líquido acumulado chegaria a R$ 518,3 milhões, saldo 15,1% superior a 2007.

“Apesar da crise financeira desencadeada no quarto trimestre de 2008, o ano foi marcado por avanços significativos na estratégia da EDP Energias do Brasil. Nossos resultados mostram que estamos no caminho certo e consolidando nossa atuação como operador integrado de energia elétrica com portfólio equilibrado em distribuição, comercialização e geração”, afirma António Pita de Abreu, diretor-presidente da EDP Energias do Brasil.

Em linha com a estratégia de ganho de eficiência operacional, o bom desempenho da Empresa também pode ser observado pela diminuição dos custos gerenciáveis (excluindo depreciação e amortização), que reduziram 18,1% no último trimestre do ano, quando comparado ao mesmo período de 2007. No resultado acumulado, os gastos gerenciáveis chegaram a R$ 834 milhões, uma redução de 12,3% em relação a 2007, o que representou uma economia de R$ 117,5 milhões.

“É importante ressaltar que essa otimização foi particularmente relevante para a distribuição. Os custos de nossas distribuidoras estão, hoje, em linha com as respectivas empresas de referência estipuladas pela Aneel”, assinala Pita de Abreu.

Investimentos - Em 2008, os investimentos totalizaram R$ 1,076 bilhão, valor 61,8% superior ao registrado no ano passado. O aumento reflete principalmente o investimento associado ao projeto de Pecém no portfólio do Grupo, para onde foram destinados R$ 366 milhões. No 4° trimestre, os investimentos da EDP contabilizaram R$ 577,5 milhões, aumento de 112,3% em relação aos números do mesmo período do ano passado.

Os investimentos previstos para 2008 não sofreram revezes e a previsão da empresa é de manter o plano para 2009, que inclui cinco projetos na área de geração.

Na área da distribuição, a meta é realizar os aportes necessários à expansão e modernização das redes elétricas que a Empresa opera.

Geração - Em 2008, com a conclusão da troca de ativos da EDP Energias do Brasil com o Grupo Rede, a empresa registrou um crescimento de 63% em sua capacidade instalada, para 1.702 MW.

Pita de Abreu ressalta que o crescimento registrado nos últimos três anos pelo Grupo, no segmento de geração, está alinhado com os objetivos estratégicos assumidos pela empresa. “Os 1.702 MW com que terminamos 2008 representam três vezes a capacidade instalada do final de 2005, o que constitui um ritmo de crescimento de referência no setor elétrico”, conclui Pita de Abreu.

A continuidade da expansão nesta área contempla projetos já em andamento, como a construção da UTE Pecém (cujas obras se iniciaram em 2008), da PCH Santa Fé e as repotenciações de usinas Rio Bonito, Suíça e Mascarenhas. Levando-se em conta apenas a conclusão destes empreendimentos e a inclusão da consolidação da UHE Lajeado, a capacidade instalada total da companhia chegará a 2.116 MW, em 2012 – o que permitirá mais do que duplicar a capacidade instalada do inicio de 2008.

Dentro deste plano de expansão, a EDP Energias do Brasil mantém a estratégia de investir em geração de energia a partir de fontes limpas e já controla a Cenaeel – detentora dos parques eólicos de Água Doce e Horizonte, localizados no estado de Santa Catarina. Os parques possuem uma capacidade instalada de 13,8 MW e a possibilidade de expansão para mais 70 MW. A operação foi avaliada em R$ 51,3 milhões com uma dívida líquida de R$ 12,9 milhões a dezembro de 2008.

Com a Cenaeel, a EDP Energias do Brasil adquiriu o primeiro investimento privado em um projeto eólico do País. “A estratégia da nossa companhia passa por se transformar numa referência do mercado brasileiro de energias renováveis complementares, seguindo o exemplo do Grupo EDP, hoje o quarto maior produtor mundial de energia eólica”, explica Pita de Abreu.

Em relação à energia vendida de geração, esta totalizou 6,41 GWh, representando um crescimento de 15,1% em relação ao ano de 2007. No quarto trimestre, com a entrada de Lajeado, as vendas de energia cresceram 26,2% em comparação ao mesmo período de 2007.

Distribuição - O volume total de energia distribuída em 2008 atingiu 24,4 GWh, o que representa um decréscimo de 2,5% face a 2007, queda essencialmente devida à saída da Enersul. Excluindo esta distribuidora, no entanto, registra-se um aumento na energia distribuída pela Bandeirante e Escelsa de 2,1% em relação ao ano anterior.

No segmento de distribuição, verificou-se um avanço do volume distribuído nas classes residencial e comercial, decorrente da ampliação do número de clientes e do consumo per capita impulsionados pela condição econômica nas áreas de concessão da Bandeirante e da Escelsa durante o ano de 2008.

Comercialização - Apesar da retração registrada no mercado livre, em 2008, a Enertrade, comercializadora do Grupo, apresentou uma variação positiva de 1,3% no volume de energia vendida, reforçando a sua posição neste competitivo mercado. A companhia comercializou 7,28 GWh em 2008, contra 7,18 GWh, em 2007.

Endividamento - A dívida bruta consolidada alcançou R$ 3,097 bilhões em dezembro de 2008, 17,6% superior ao valor de setembro de 2008. Este incremento do montante da dívida bruta consolidada no período está relacionado à entrada formal da EDP Energias do Brasil na empresa Porto do Pecém S.A.

A dívida líquida ajustada pelos valores de caixa/aplicações e pelo saldo líquido de ativos regulatórios chegou a R$ 2,3 bilhões. A relação dívida líquida/EBITDA encerrou o mês de dezembro em 1,8 vezes, mostrando uma posição favorável de alavancagem da companhia.

Do total da dívida bruta no final de dezembro de 2008, 6,2% estavam denominados em moeda estrangeira, 30,4% dos quais protegidos da variação cambial por meio de instrumentos de hedge, resultando em uma exposição líquida de 6,6%.

Os vencimentos da dívida de 2009 totalizam R$ 1,09 bilhão, parte dos quais (R$ 280,6 milhões) referem-se ao empréstimo-ponte da filiada Porto do Pecém S.A., que será liquidado com os recursos dos financiamentos de longo prazo em negociação com o BNDES e BID, e parte refere-se ao financiamento bancário captado pela EDP Energias do Brasil, em outubro de 2008 (R$ 250 milhões para liquidação parcial do direito de recesso), que será liquidado com a geração de caixa do Grupo ao longo do ano. Os demais vencimentos dizem respeito a amortizações de dívidas de longo prazo nas controladas nos segmentos de geração e distribuição.

EDP Energias do Brasil – A EDP Energias do Brasil é a holding que consolida ativos de energia elétrica nas áreas de geração (Energest, Enernova, Enerpeixe e Investco), comercialização (Enertrade) e distribuição (Bandeirante e Escelsa). É controlada pela EDP Energias de Portugal.

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