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06/03/2009 - 08:48

Presidente do BNDES diz que há espaço para forte redução na taxa de juros

Brasília - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), Luciano Coutinho, disse no dia 5 de março (quinta-feira), que o país entrará em um processo de intensa redução de juros nos próximos meses, e isso ajudará a combater os efeitos da crise financeira internacional.

Coutinho ressalvou que não pretende fazer projeções sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para definir a taxa de juros básica (Selic), marcada para a próxima semana. No entanto, afirmou que o país passa por um contexto de deflação, que prescindirá de uma redução forte dos juros para incrementar a demanda.

“Estamos caminhando para ter uma taxa de juros muito mais baixa. Eu não estou fazendo nenhum prognósticos sobre a reunião do Copom, mas há um espaço inegável para a queda da taxa de juros .expressiva em um contexto de deflação e de tendência fortemente deflacionária e há uma correção estrutural da nossa taxa de câmbio, que era um dos principais fatores de distorção da capacidade competitiva da economia brasileira que começa a ser corrigida”, disse.

A necessidade de redução dos juros e o aumento do volume de crédito estiveram presentes nas opiniões de vários conselheiros, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Ao criticar a política ortodoxa liderada pelo Banco Central, a economista Maria da Conceição Tavares chegou a classificar a instituição como um “feudo inimigo” no enfrentamento da crise.

Além do ambiente que permite a redução dos juros, na opinião do presidente do BNDES, o Brasil, como poucas nações no mundo, reúne condições peculiares que permitem um melhor enfrentamento da crise. Ele citou a ampliação da fronteira de investimentos e o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Eu vejo que essa falta de sintonia, entre o macro e os projetos de desenvolvimento, começa a ser superada como resultado da própria crise. Temos uma fronteira de investimentos no país que foi amadurecida depois de anos de trabalho. A grande vantagem que o Brasil tem é que colocou em marcha um grande programa”, afirmou.

Luciano Coutinho disse ainda que o BNDES vai financiar a Petrobras em 2009 e, se necessário, em 2010, para que a empresa possa restabelecer seus acessos aos mercados. “O objetivo é que a empresa realize neste ano um programa de investimentos na escala de R$ 60 bilhões”, disse.| Por: Luciana Lima /ABr

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