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06/03/2009 - 09:33

Projeto Organics Brasil fecha mais de US$ 21 milhões em negócios na Biofach

As 32 empresas que estiveram na Biofach - Feira mundial de produtos orgânicos que aconteceu de 19 a 22 de fevereiro em Nuremberg (Alemanha) - conseguiram realizar negócios para curto e médio prazo: US$ 21.800.000,00 (entre contratos atuais e potencial para os próximos 12 meses). Só as dez cooperativas do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) geraram US$ 7 milhões em exportação de mel, cachaça, café, umbu e suco de goiaba.

Pelo primeiro ano o Projeto montou estande na Vivaness - a feira destinada exclusivamente ao setor de cosméticos - e o retorno foi positivo para os expositores: "estar no espaço adequado com a identificação do Brasil foi determinante para o sucesso dos nossos produtos, que levam ingredientes exóticos da Amazônia", ressalta Vinicius Vasconcelos, representante da Surya.

Durante os quatro dias de feira visitaram os estandes no pavilhão nacional e na Vivaness - totalizando 300m² do Projeto Organics Brasil - representantes de mais de 51 países e 130 empresas distribuidoras, fabricantes ou varejistas.

A Biofach é a primeira de nove feiras de negócios de produtos orgânicos que o Projeto vai participar em 2009. "Essa foi uma feira atípica, o primeiro evento internacional depois da crise econômica e sentimos que existe muita cautela em efetuar os contratos, mas não houve retração na demanda, especialmente no segmento de cosméticos, onde a palavra crise não foi justificativa para falta de contatos e negócios. O que foi registrado é muita negociação para finalização de contratos de médio e longo prazo. A Feira aconteceu praticamente junto da reunião do G7 e dos líderes da União Européia e ainda não é possível prever como ficará a economia dos países da Comunidade Européia e dos Estados Unidos. Os resultados financeiros dessa Biofach serão sentidos somente em dois ou três meses", explica Ming Liu, coordenador executivo do Projeto Organics Brasil.

Das 32 empresas do Projeto, o setor têxtil com a Natural Fashion e a Chamomilla (Malharia D`arte) receberam visitas dos clientes europeus com os quais já mantém exportação e fizeram novos contatos com distribuidores e lojistas da Noruega, China, Japão e Estados Unidos. Redes de lojas da Alemanha, Kuwait, Grécia e Itália ficaram muito impressionados com a qualidade da roupa infantil da Malharia D´Arte.

Entre as "tradings" a maior procura foi por frutas e nozes. A Brazilian Forest, por exemplo, contabilizou 50 bons contatos/dia, sendo dez possibilidades de negócios: "a novidade foi mostrar o produto baru - uma noz do centro oeste - que teve excelente aceitação para o mercado europeu. Em relação ao ano passado, vamos crescer 200%, pois nos reestruturamos para montar um conceito de gestor da cadeia de exportação, com procedência e rastreabilidade em todo processo, que permite mais credibilidade do cliente", explica Valéria Domingues, uma das sócias da empresa. Já a On Fruits gerou grande interesse pelo açaí liofilizado e pela acerola em pó. Além disso, dobraram os pedidos com um cliente da França durante a Feira: "a expectativa de negócios até o final do ano é de US$ 900 mil", diz Eduardo Moraes , um dos sócios. A Trademasters abriu contatos com novos mercados do leste europeu e os produtos mais procurados foram sucos, palmito e geléias.

A entrada de mel ficou muito tempo embargada na Europa e só foi liberada no meio de 2008. A Minamel - empresa que tem o selo HCP para exportação - fez bons contatos com Alemanha, Inglaterra, Suíça e Itália. O açaí foi uma das frutas mais procuradas e a produtora Bela Iaçá fechou 120 contatos nos dias de Biofach, sendo os principais com a Alemanha, Holanda, França, Israel, Estados Unidos, Canadá, Itália, Bélgica e importadores asiáticos. A SUFRAMA - Superintendência da Zona Franca de Manaus - levou a cooperativa amazônica Humanita com prospecção de exportar para 15 países. Entre eles, Israel, Irlanda e Turquia são negócios em médio prazo.

As novidades do Projeto Organics Brasil na Biofach foram a ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica) que apresentou a carne brasileira, valorizada pela qualidade. Entre os negócios de curto prazo estão a Alemanha (com uma cadeia de 20 lojas), Oriente Médio, Reino Unido e Holanda.

No segmento de bebidas, foi lançada a Cana Spirit, que chamou a atenção pela linda embalagem e pelo sabor da cachaça. O produto despertou interesse de varejistas dos Estados Unidos, Alemanha, França e Suíça, tanto para atacado e varejo, como para restaurantes. A Quinua Real UYUNI foi procurada por distribuidoras de Israel e da Polônia e fechou negócios de ? 50 mil com a Espanha e Itália.

O IBD (Instituto Biodinâmico) apresentou ao mercado internacional o selo Eco Social, que teve boa repercussão entre os clientes ativos na Europa. A maior certificadora brasileira já atua na Índia, Tailândia e China e na Biofach prospectou os mercados da Costa Rica, Equador e República Dominicana.

As empresas Tozan (soja), Chá Mate Triunfo (em pleno processo de certificação Fair Trade e de Boas Praticas de Manufatura), Nutriorgânica (pó de acerola e maracujá) reforçaram o relacionamento com clientes e prospectaram novos mercados como China e países asiáticos.

Na Vivaness a produtora de cosméticos Arte dos Aromas estreou e conseguiu prospectar vendas para Spas e lojistas da Alemanha, Polônia, Itália, Eslováquia, Irã, Japão, Noruega, Dinamarca. Já a Surya lançou uma linha de maquiagem que recebeu grande interesse dos países do leste europeu, entre eles a Croácia, Lituânia e Polônia. A Beraca, maior fornecedora de ingredientes exóticos para a indústria de cosméticos do setor, reforçou e fechou contratos com clientes ativos, mas destaca a participação de novos fabricantes de cosméticos do leste europeu. A Florestas/Ikove fechou negócios com a Arábia Saudita e prevê contratos em médio prazo com Alemanha, França, Bélgica, Luxemburgo e distribuidores do leste europeu.

Sobre o Projeto - O Organics Brasil é resultado de uma ação conjunta da iniciativa privada (Instituto de Promoção do Desenvolvimento e da Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e entidade governamental (Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), compondo uma sólida base institucional criada para fortalecer o setor brasileiro de orgânicos e viabilizar sua expansão no mercado internacional. Em 2008, as associadas movimentaram US$ 58 milhões. | www.organicsbrasil.org

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