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07/03/2009 - 11:07

Semana da Francofonia

Mostra de cinema e seminário são algumas das atividades criadas para celebrar a diversidade linguística e cultural em Brasília.

Brasília e o Distrito Federal se unem às comemorações do dia 20 de março, dia mundial da Francofonia e realizam, de 19 a 26 de março, a 12ª Semana da Francofonia, oferecendo, com entrada franca, ciclo de debates e palestras, seminário, gincana, bazar, mostra de cinema (exibindo filmes inéditos e premiados como o curta O Mozart dos Batedores de Carteira, vencedor do Cesar e do Oscar de 2008) e muito mais. Oportunidade para que os amantes da língua francesa e culturas francófonas possam celebrar os valores da diversidade cultural que os une, o evento vai ocupar diversos espaços da cidade.

A programação é intensa e começa no dia 19, na abertura oficial, com projeção de curtas-metragens e de um vídeo-clipe sobre o que representa a Francofonia no Brasil, show musical e discursos de autoridades no Teatro da Caixa (só para convidados). No dia seguinte, (20/3, Dia Mundial da Francofonia), acontece uma prova de língua francesa e ditado no Liceu Francês François Mitterrand (EQS 708/907), a partir das 18h, para quem já domina o idioma – pré-inscrições através do site [email protected]. Nos dias 21 e 22, haverá exibição de curtas-metragens de animação, com entrada franca, no circuito Embracine CasaPark, às 21h (filmes de várias nacionalidades, todos inéditos em Brasília). Também no dia 22, haverá o Bazar da Francofonia, na Embaixada da Costa do Marfim (SEN, Avenida das Nações, Lote 09), que incluirá até a realização de uma divertida gincana (aberta ao público em geral; informações no site www.francofonia.org.br). E nos dias 25 e 26, acontecerá, no Auditório da Reitoria da Universidade de Brasília, o seminário “O mundo em busca de novos equilíbrios: francofonia, hispanofonia e lusofonia” , reunindo intelectuais de renome no Brasil e no exterior.

Partilhada por mais de 260 milhões de pessoas nos cinco continentes e aprendida por mais de 92 milhões de outras, o francês é hoje, ao lado do espanhol e do português, uma língua de vocação mundial – a segunda língua mais aprendida no mundo, depois do inglês. Passaporte para a Europa e para os 7O países agrupados na Organização Internacional da Francofonia (OIF), é também a língua oficial e de trabalho da ONU e da OTAN, como também das instituições européias e de muitas outras entidades multilaterais, como a OEA e a ALENA, no continente americano em particular. Mas trata-se de uma língua que hoje em dia não concebe sua existência e seus usos sem os contatos com a diversidade das línguas e culturas do mundo, com o objetivo de contribuir para uma convivência global, respeitosa das identidades de todos.

No dia 20 de março, dia mundial da Francofonia, os países membros da OIF costumam organizar em todo o mundo A Semana da Francofonia. Este ano, com a presença do secretário-geral da OIF, Abdou Diouf, a comemoração oficial acontecerá em Beirute (Líbano), lugar de diversidade e de diálogos culturais e país anfitrião dos VI Jogos da Francofonia.

Povos distintos e uma língua em comum - Criada pela Organização Internacional da Francofonia-OIF, a Semana da Francofonia nasceu em 1997, com a função de oferecer atividades culturais diversas, visando difundir a cultura francófona e reafirmar o apelo a valores como a liberdade, a solidariedade, os direitos individuais e a diversidade cultural. Em Brasília, onde é realizada há alguns anos, a celebração é marcada por eventos ligados à cultura, ao esporte e ao universo acadêmico. A cidade é estratégica por abrigar representações da maioria dos países membros da OIF.

A Organização Internacional da Francofonia atualmente conta com 56 estados e governos membros e 14 observadores. Dentre os países membros com embaixadas em Brasília estão Bélgica, Benin, Bulgária, Cabo Verde, Camarões, Canadá, Costa do Marfim, Egito, França, Gabão, Gana, Grécia, Guiné, Guiné Equatorial, Haiti, Líbano, Marrocos, República Democrática do Congo, Romênia, Suíça, Tunísia e Vietnã. Dentre os observadores estão Áustria, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Hungria, Moçambique, Polônia, República Tcheca, Sérvia, Tailândia e Ucrânia. Como se vê, nem todos têm o francês como língua oficial.

A OIF marca sua atuação por ações em prol do desenvolvimento sustentável, da paz, da democracia, da solidariedade entre os povos e dos direitos humanos. A cada ano, ministros das relações exteriores dos países ligados à Organização Internacional da Francofonia se reúnem em conferências que definem programas de cooperação multilateral, principalmente nas áreas de cultura, educação e saúde.

Mostra de cinema exibe filmes inéditos (dias 21 e 22 de março, Embracine Casapark, às 21h, entrada franca, classificação indicativa: 14 anos)

Seminário discute o respeito à diversidade cultural (Dias 25 e 26 de março de 2009, na Universidade de Brasilia) - O mundo enfrenta sua pior crise financeira desde o crash de 1929. Desigualdades surgem aprofundadas, economias devastadas. Como fazer para criar novas estabilidades e alternativas que não sacrifiquem a diversidade humana, social e ecológica dos países? Qual o papel em prol dessa reconversão podem garantir, num contexto de crise das regulações nacionais e internacionais clássicas, espaços comunitários como a francofonia, a hispanofonia e a lusofonia, identificados pela partilha de uma língua, na definição de novos parâmetros de crescimento e de desenvolvimento? Estas e outras questões estarão em foco no seminário O mundo à procura de novos equilíbrios: Francofonia, Hispanofonia e Lusofonia, que acontece nos dias 25 e 26 de março, na Universidade de Brasília (Auditório da Reitoria). O evento é aberto ao público em geral e tem inscrição gratuita – cada participante pode se inscrever para apenas um dia de debates.

A programação é intensa e contará com intelectuais de renome, como o francês Bernard Cassen (escritor, diretor geral do Le Monde Diplomatique, Diplomatique, de 1996 a 2008, idealizador do Fórum Social Mundial, primeiro presidente d’ATTAC France e professor da Universidade de Paris VIII), o escritor Luiz Ruffato (escritor e jornalista, prêmios APCA-SP e Machado de Assis), o canadense Serge Rousselle (jurista e diretor do Departamento América Latina da Associação das Universidades Francófonas), o politólogo Estevão Martins (do Departamento de Ciências Políticas da UnB), a antropóloga Marisa Veloso (UnB e também articulista da edição brasileira do Le Monde Diplomatique), assim como especialistas em antropologia e linguística e relações internacionais da UnB e de outras universidades brasileiras, em torno de discussões de temas como pluralidade, identidades, línguas, culturas, desenvolvimento, integração, dentre vários outros.

As atividades do seminário universitário começam às 8h do dia 25, com a inscrição dos participantes no próprio local. Depois dos discursos oficiais de abertura, previstos para terminar às 10h, começa a primeira palestra, “Contra a dolarização línguística, uma aliança das línguas romanas”, que será ministrada pelo escritor, jornalista e professor francês Bernard Cassen, Secretário-Geral da Maison de l’Amérique Latine em Paris e Secretário-Geral da Associação Mémoire des Luttes. Ele deve discorrer sobre os desafios de manter a unidade e a diversidade ao mesmo tempo.

Seguem-se a Mesa Redonda I (“Visibilidade e invisibilidade dos espaços francofônicos, hispanofônicos e lusofônicos na globalização”), com participações de embaixadores de países lusófonos, hispanófonos e francófonos, a Mesa Redonda II (“Línguas, culturas e desenvolvimento”) e a Mesa Redonda III (“Literaturas cruzadas: a paixão pela língua”), com participações de professores universitários da UnB e do resto do país, assim como de escritores (Luiz Ruffato, principalmente). Às 18h, tem início a projeção de curtas-metragens de animação e documentários, que se prolonga até as 20h.

No segundo dia de seminário, as atividades começam com as inscrições dos participantes (novamente a partir das 8h) e prosseguem com a palestra “Francofonia, diversidade e direitos das minorias linguísticas”, a cargo do professor doutor, o canadense Serge Rousselle, a Mesa-Redonda IV (“Fronteiras, identidades, intercâmbios lingüísticos e culturais”) e a palestra de encerramento “Poder da cultura e processo de integração”, que será ministrada pela antropóloga Marisa Veloso, professora do Departamento de Sociologia da UnB e do Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores.

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