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10/03/2009 - 10:09

Seminário do COB alcança objetivo de promover debate e apontar os caminhos para a evolução do esporte de alto rendimento no Brasil

Encontro no Rio contou com a presença de ícones do esporte olímpico mundial .

Após dois dias de palestras com importantes expoentes da comunidade olímpica nacional e internacional, o Seminário de Desenvolvimento Esportivo, organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) fortaleceu o conceito de que a inércia e acomodação definitivamente não podem fazer parte do esporte olímpico, dentro ou fora do terreno de jogo. Primeira ação oficial do Instituto Olímpico Brasileiro, o Seminário levou representantes das Confederações Brasileiras Olímpicas ao Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, entre os dias 6 e 7, e, segundo o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, comprovou a necessidade de mudanças constantes tanto administrativamente, quanto na parte atlética, para a evolução de atletas e modalidades. Profissionalização contínua e elaboração de metas foram alguns dos caminhos apontados pelos experts durante o encontro. O Seminário integra a estratégia do COB de disseminar o conhecimento da administração esportiva como ferramenta para desenvolver o esporte brasileiro.

“Temos que estar sempre mudando, nos aperfeiçoando. É essa constante movimentação que faz com que o esporte cresça e prospere. A experiência de cada um dos palestrantes ratifica esse pensamento”, declarou o Nuzman, no encerramento do seminário, neste domingo, dia 7.

O segundo e último dia do encontro teve também a participação de Ricardo Leyser, secretário de alto rendimento do Ministério do Esporte, e de profissionais ligados à área nos níveis federal, estadual e municipal; além de Emílio Sanchez, capitão e campeão da Copa Davis pela Espanha, atual coordenador técnico da Confederação Brasileira de Tênis (CBT). Leyser e Sanchez participaram ao lado de Nuzman de uma mesa redonda que finalizou com êxito o intercâmbio de informações. “Gostaria de parabenizar o COB por essa iniciativa que veio em um momento oportuno”, elogiou Leyser antes de despedir-se.

O domingo teve as apresentações de Bernhard Schwank, membro do Comitê Olímpico Alemão, três vezes sub-chefe de missão da Delegação Alemã, em Atenas 2004 e Pequim 2008 e chefe de missão dos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver 2010, e do Dr. Antônio Carlos Gomes, doutor em Teoria e Metodologia da Educação Física dos Esportes pela Universidade Nacional de Cultura Física da Rússia e consultor de esportes. O dirigente alemão analisou a estrutura organizacional e a relação com as Confederações Nacionais em seu país e os desafios do esporte de alto rendimento na Alemanha. O brasileiro, que durante anos esteve fora do país, viveu um longo período na antiga União Soviética, e falou de como sua experiência internacional interferiu na sua formação. A vivência internacional ajudou o Dr. Antônio Carlos na elaboração dos conceitos que o qualificam como um expert na implantação de centros de treinamento e na elaboração de estratégias voltadas para a formação integral dos atletas.

“Devido à crise econômica, e inspirados nesse momento difícil que o mundo atravessa, devemos incorporar ao nosso dia a dia a determinação. Com esforço e dedicação, tudo que pensamos mudar será possível. O caminho passa pela cooperação entre as comunidades científica e esportiva e isso tende a se intensificar a cada ano. O importante é dar subsídios para a implantação de uma política de educação esportiva, e isto não se resume a Educação Física”, explicou Shwank.

“O processo de mudança já começou. Mas, é fundamental que não se percam ideias no caminho. Devemos refletir, absorver o que aprendemos com as ações bem sucedidas no exterior para tentar desenvolver uma escola nacional para gerenciar o nosso esporte”, completou o Dr. Antônio Carlos Gomes.

Já Emílio Sanchez, acredita que as mudanças fazem parte de um processo contínuo e longo e devem se tornar um hábito. "A mudança que não se transforma em um procedimento, na elaboração de um sistema, fracassa”, disse Sanchez, convicto.

O seminário que contou com excelente público, ávido por novas informações, também gerou comentários positivos dos dirigentes das Confederações, que felicitaram o COB pela organização e realização do encontro. “Estou ansioso para colocar em prática tudo o que aprendemos. E posso dizer com satisfação que há tempos já estamos trabalhando com planejamento e já temos como mensurar nossas possibilidades”, comemorou Manoel Luiz Oliveira, presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb).

"Não poderia ter sido mais gratificante essa primeira ação oficial do Instituto Olímpico Brasileiro. Tenho certeza de que o que foi discutido nesses dois dias servirá de motivação para novas conquistas. Isso é encorajador", finalizou Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo de esportes do COB.

O Seminário de Desenvolvimento Esportivo teve ainda as palestras de Bernardinho, técnico da Seleção Brasileira de vôlei, e do diretor de elite e performance da Associação Olímpica Britânica (BOA), Clive Woodward, ambas realizadas no primeiro dia do evento. | www.cob.org.br

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