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11/03/2009 - 10:35

Senadora dos Estados Unidos apela para que o Congresso inclua as empresas ligadas à produção de intangíveis

Um grupo de senadores americanos, liderado pela senadora Olympia J. Snowe propôs ao senado dos Estados Unidos emenda que inclua no plano de recuperação econômica do presidente Barak Obama as empresas ligadas a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

A proposta prevê a expansão da definição do termo "manufatura", aplicado ao definir as indústrias atendidas pelo programa, para incluir a produção de propriedade "intangível", ou indústrias de base de conhecimento, tais como software e biotecnologia.

Ela destaca que não existem dúvidas de que as indústrias americanas precisam se expandir e inovar para superar a crise econômica e enfrentar a concorrência global. Lembra que na última década apenas o estado do Maine perdeu 28% da sua força de trabalho na indústria. Alega que estados com grandes opções de desenvolvimento e incentivo para os investimentos em novas indústrias irão gerar empregos bem remunerados por todo o país.

O incentivo, por exemplo, ajudará a criar empregos no estado de Massachusetts para negócios em áreas críticas para o futuro econômico dos Estados Unidos, como a biotecnologia.

A mudança na legislação, argumentam os senadores, permitirá que pequenas empresas de ponta se desenvolvam ao obterem crédito em condições mais vantajosas.

É um alento que os políticos tenham despertado para a importância ESTRATÉGICA dos negócios ligados à PD&I. Num momento em que se fala que é a "economia real" que causará a recuperação econômica, poucos se lembram de definir o que, de fato, é esta economia real. Se estiverem falando das indústrias automobilísticas que ainda produzem carroças de seis e oito litros com mais de uma tonelada, e de bancos que só sabem captar dinheiro a 70% do CDI e repassá-lo a 300%, melhor mesmo é que esta economia real continue no fundo do poço.

O IDEAL é continuar o que já se provou que dá certo. O sucesso da Apple, que tem suas raízes nas inovações das comunidades peer-to-peer, serviu bem pouco para mostrar que o futuro está nas atividades de PD&I. As pessoas querem inovação, e os sucessos do iPod e iPhone, por exemplo, comprova isso. De fato, todo mundo quer um futuro melhor, com produtos e serviços melhores, bem sacados e adiante do que imaginamos. Estamos todos dispostos a pagar por inovação. O problema é que ela é escassa, mas não na fonte. Existem muitas empresas inovadoras prontas para entregarem resultados surpreendentes, mas TUDO INDICA QUE o sistema se tornou imbecilizado. Compramos, na verdade, um monte de porcarias, de empresas ultrapassadas.

Marcas poderosas estão morrendo ou prestes a morrer. Eram falcatruas de seu tempo, embora continuem a figurar em muitas listas como as mais valiosas. Marcas, muitos se esqueceram, não são feitas apenas de números. São estruturas voltadas para o mercado de forma completa; inteligente.

Os bancos não podem ser inovadores ou engajados ecologicamente apenas nos comerciais de TV. Bancos devem ser administrados por banqueiros com tino para AS FINANÇAS, e não para O DINHEIRO A QUALQUER CUSTO. Indústrias não podem ser boas apenas de design se este não vier acompanhado de transformações profundas, que façam o mundo realmente ficar melhor.

Tudo isso requer inovação, é claro. Antes, porém, requer pessoas que pensam de maneira diferente, em todos os campos da economia. Nós não podemos continuar a consumir sob o modelo antigo, ou jamais encontraremos o novo caminho que precisamos.

Vemos um tom de apelo na proposta da senadora Olympia J. Snowe, como que um sinal de jogar a toalha da "economia real" e reinterpretá-la de modo sensato, para que as pessoas realmente prestem a devida atenção aos negócios e oportunidades reais ligadas à PD&I. Os políticos brasileiros certamente terão muito a ganhar se seguirem a idéia, antes que o pior de lá chegue por aqui. E, SEM AVANÇOS DE MENTALIDADE, ele vai chegar.

. Por: José Roberto Martins, coordenador do MBA empresarial em Branding da FAAP e diretor-fundador da GlobalBrands.

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