Estado do Rio de Janeiro gasta mais de R$ 14 milhões por ano com mães adolescentes

O presidente da Comissão Especial de Planejamento Familiar da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Flávio Bolsonaro (PP), apresentou no dia 21 de março, durante reunião da comissão, os números das estatísticas de adolescentes grávidas no estado. Os dados de 2006, do Departamento de Informática do SUS–Datasus, órgão da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, e do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc) revelam que 19% dos nascimentos no estado foram de mães com idade entre 10 e 19 anos. "A maioria destas jovens pertence às classes mais baixas", lamentou Bolsonaro. As estatísticas também revelam que o Estado do Rio gasta em média R$ 75 milhões por ano com internações obstétricas. Deste valor, mais de R$ 14 milhões são gastos com as mães adolescentes.

O deputado convidou e espera uma resposta do secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, para uma reunião na próxima semana, onde ele pretende discutir as estatísticas e apresentar possíveis métodos para diminuir o número de adolescentes grávidas. Segundo Bolsonaro, existe no mercado um contraceptivo com cerca de 3 centímetros, usado sob a pele do braço da mulher, que evita a gravidez durante três anos. "Este método é eficaz, não tem os efeitos colaterais de uma pílula, não tem risco de a mulher esquecer de tomar, e ela também não precisa se dirigir sempre até um posto de saúde para obter o medicamento", completou o deputado.