Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

12/03/2009 - 10:18

Presidente do CNJ visita oficinas profissionalizantes de presídio feminino no Rio de Janeiro


O presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes destacou,no dia 11 de março (quarta-feira), a importância de oferecer programas educativos e profissionalizantes dentro dos presídios brasileiros. “Estamos trabalhando o conceito de execução penal integral, levando em conta a educação dos presos e sua reinserção na sociedade”, enfatizou, ao acompanhar pessoalmente o mutirão carcerário realizado nos presídios femininos Talavera Bruce e Joaquim Ferreira de Souza, ambos integrantes do Complexo de Bangu, no Rio de Janeiro (RJ). O ministro conheceu a cooperativa “Mãos à Arte”, criada pelas próprias presas do Talavera Bruce para produzir e vender artesanatos, além da oficina de costura do presídio, que fabrica uniformes para todo o sistema prisional e a padaria, onde presas trabalham. “É fundamental que ampliemos esse tipo de projeto”, destacou.

O ministro pôde conhecer alguns dos trabalhos feitos pela cooperativa das detentas que funciona em uma sala cedida pela penitenciária. Ao todo, dez mulheres trabalham atualmente na produção, as internas podem receber benefícios como redução da pena – a cada três meses trabalhados diminui um na sentença – e direito à cela individual.

A coordenadora do projeto, Isabel Cristina Freitas, que cumpre pena no presídio desde 2006 por homicídio qualificado. Elas chegam a faturar cerca de R$ 1 mil mensais, dinheiro reinvestido na cooperativa para a compra de material. “Toda a matéria-prima é comprada pelos familiares das internas ou com o dinheiro das vendas. Somos nós quem fazemos tudo, inclusive a reforma desta sala”, diz, com orgulho, apontando para o local onde funciona a cooperativa que atrai os olhares de qualquer pessoa que passa pelos corredores da penitenciária.

Detenta da oficina de costura do Talavera Bruce ganha liberdade condicional no mutirão do Rio de Janeiro - Uma das detentas que trabalhou na oficina de costura do presídio, visitada nesta quarta-feira (11/03) pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, foi beneficiada com liberdade condicional na véspera (10/03), pelo mutirão que se realiza na penitenciária Talavera Bruce, no Rio de Janeiro. Bárbara, 21 anos, trabalhou com costura e na fábrica de fraldas durante os três anos de prisão. Ela deixou o presídio no mesmo dia da concessão do benefício, após ter ficado presa durante três anos por assalto a mão armada.“Apareceu um negócio envolvendo muito dinheiro e eu meti a cara”, explica se referindo ao crime no qual se envolveu. Em liberdade condicional, agora pretende terminar os estudos e se tornar arquiteta.

Na fábrica de uniformes confeccionados pelas internas do presídio Talavera Bruce, no Rio de Janeiro, as presas recebem um salário mínimo mensal pelo serviço prestado.Cerca de 60 mulheres trabalham na oficina, que conta com 85 máquinas industriais.

A penitenciária também possui uma padaria que produz cerca de oito mil pães diariamente para o café da manhã dos presos e dos guardas. Atualmente quatro internas trabalham na produção, e outras quatro estão participando do curso de formação.

A detenta Any Mary Cyrilo, que está na oficina há mais de dois anos, já sonha em montar uma padaria quando ganhar liberdade. “Vou comprar um forno e começar a produção já em casa”, diz. Ela foi uma das beneficiadas pelo mutirão do CNJ com progressão de pena para regime semi-aberto, depois de passar oito anos encarcerada. Com o benefício, Any já tem vaga garantida em outra padaria do Complexo, a do Presídio de Vicente Piragibe, que produz cerca de 4.700 pães diários.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira