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22/03/2007 - 09:06

Alunos da POLI/USP projetam carros mais leves para a XIII Competição Baja SAE Brasil- Petrobras


Alumínio, fibras de vidro e de carbono tornam carro 15% mais leves, eles também projetam e desenvolvem peças com sofisticados recursos tecnológicos.

A Escola Politécnica da USP estará entre as 70 equipes, vindas de 53 importantes faculdades, de 13 estados brasileiros, além do Distrito Federal, que estarão disputando a XIII Competição Baja SAE Brasil-Petrobras, em Piracicaba (SP), de 15 a 18 de março. Além do desafio de participar de uma prova tão disputada, as três equipes que alcançarem a maior pontuação, nas provas estáticas e dinâmicas, ganham o direito de representar o Brasil em junho na SAE Baja RIT, em Rochester, Nova York, EUA, realizada pela SAE International.

Segundo Marcelo Rebouças, aluno de 4º ano de Mecatrônica e membro da equipe, a POLI tem tido uma trajetória crescente nessa competição. "Há cinco anos conquistamos na Escola o espaço para uma oficina. Isso foi fundamental para as equipes se fortalecerem. No ano passado obtivemos a 5ª colocação e estamos agora com dois carros que reúnem importantes diferenciais".

Os modelos POLI Baja para 2007 estão, em média, 15% mais leves, comparados ao peso do carro do ano passado, pois elementos em aço foram substituídos por alumínio e fibras de carbono e de vidro (materiais compostos). "Quando a modalidade foi criada, no final da década de 1990, os veículos pesavam de 200 a 250kg. Hoje pesam entre 150 e 180kg", compara Rafael Gustavo Fassina Marques, diretor geral da 13ª Competição SAE BRASIL-PETROBRAS de Baja, em artigo sobre a Prova .

Além da questão de peso, os novos Bajas da POLI apresentam melhor dinâmica, com otimização da suspensão e da direção. "Os amortecedores foram projetados e construídos por nós, com a inovação da regulagem interna, isto é, o próprio piloto consegue agora controlar a taxa de amortecimento".

A principal preocupação das equipes Torpedo e Kamikaze é desenvolver modelos de alta confiabilidade. Para tanto, foram utilizados programas de CAD e CAE, com os quais foram projetadas, desenhadas e simuladas as caixas de direção e de transmissão. "Também acompanhamos a usinagem das peças junto aos fornecedores", acrescenta o aluno Marcelo. A POLI dispõe de laboratórios e programas da CAD, CAE e CAM, recebidos através do programa Partners for the Advancement of Collaborative Engineering Education (PACE), mantido pela GM Mundial e parceiros, com abrangência mundial. Muito mais que montar laboratórios, o Programa mantém e incentiva projetos dentro das universidades, entre as universidades e com interfaces com a indústria. Os softwares utilizados pelas equipes de Baja são os mesmos empregados na indústria automotiva mundial.

O investimento nos dois veículos chegou a R$100 mil. Para atingir esse valor as equipes organizam-se em "departamentos" de Marketing, de Divulgação, de Relacionamento com Fornecedores etc. "Grande parte dos recursos advém de apoios internos a POLI, como é o caso do Centro de Engenharia Automotiva, e também chegam na forma de peças e serviços dos quais precisamos. O nosso trabalho interessa aos fabricantes, pois testamos os produtos e elaboramos relatórios técnicos, cujos dados são muito bem recebidos pelos engenheiros e desenvolvedores", comenta o aluno.

Marcelo Rebouças faz questão de enfatizar que a concepção do carro é exclusiva dos alunos. "Os professores colaboram com questões ligadas à infra-estrutura, como solicitar transporte, softwares, cursos para os alunos, etc. O projeto Baja é uma competição de alunos, e isso é muito respeitado pela POLI".

O prof. Dr. Roberto Ramos, responsável pelo Projeto Baja, lembra que a prova mais concorrida, em termos de público, é a do Enduro de Resistência, que será realizada no domingo (dia 18/03) no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), a partir das 10h. Para acompanhar basta levar 1 kg de alimentos (por pessoa) ao local da competição. O Comitê Fome-Zero de Piracicaba solicita que os alimentos entregues sejam não-perecíveis (apenas arroz, feijão, macarrão ou leite em pó).

.De 15 a 18 de Março de 2007, no ECPA – Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo, mais informações sobre a prova no site www.saebrasil.org.br

A Competição - Iniciativa da SAE BRASIL (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), a Competição desafia os estudantes de Engenharia – do 1º ao 5º ano – a projetarem e construírem um Baja SAE (veículo fora-de-estrada, com quatro ou mais rodas, capaz de atravessar terrenos de terra acidentados e que utiliza motor padrão de 10 HP). A Competição tem início com o envio de relatórios técnicos de cada projeto e segue, ainda em janeiro, com o desenvolvimento e construção do veículo quase sempre dentro das faculdades. Quando chegam em Piracicaba, os carros são submetidos a avaliação de itens como conforto do operador, produção em massa, integridade estrutural e originalidade, além de provas de tração, manobrabilidade, aceleração, velocidade máxima e subida de rampa com até 45º. Na última etapa, os carros enfrentam todas as deformidades de uma pista de terra, durante um enduro de quatro horas.

XIII - Competição SAE BRASIL - PETROBRAS de Baja, realizada entre os dias 15 a 18/03 em Piracicaba. Duas equipes participaram da Competição representando a POLI: a equipe POLI KAMIKAZE e equipe POLI TORPEDO. Os principais resultados obtidos foram:

1) Pela equipe POLI KAMIKAZE: . Prêmio de melhor desempenho na prova de rampa | . Prêmio de melhor desempenho na prova de AV (aceleração e velocidade), chegando a marca de 55,7 km/h | . Primeiro colocado nas provas dinâmicas.

Podemos dizer que os ótimos resultados que obtivémos nas provas dinâmicas devem-se à leveza do carro. Infelizmente, devido a uma falha no cubo de uma das rodas, a equipe POLI KAMIKAZE não obteve um bom desempenho na prova de enduro, pois não tínhamos em mãos peças de reposição. Analisando o número de voltas e o tempo de permanência em pista podemos concluir que tirando este acidente, o desempenho no enduro do da equipe Poli Kamikaze foi muito boa.

2)Pela equipe POLI TORPEDO: . Prêmio pela 5a colocação na classificação geral, repetindo o resultado obtido na última competição nacional (deve-se ressaltar que cerca de 70 equipes realizaram inscrições para a Competição e cerca de 50 equipes estavam participando da última prova - Enduro de Resistência).

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