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13/03/2009 - 11:40

Exportações de couros movimentaram US$ 148,35 milhões no primeiro bimestre


A indústria, no entanto, contabilizou saldo negativo de 59% ante o acumulado de 2008.

As exportações brasileiras de couros no primeiro bimestre do ano somaram US$ 148,35 milhões, registrando queda de 59% da receita apurada no acumulado anterior, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“A redução de 59% nas exportações de couro, nos dois primeiros meses de 2009, é reflexo da crise internacional que se abateu sobre a economia americana e se espalhou pelas principais economias no quarto trimestre de 2008”, explica o presidente do CICB, Luiz Bittencourt. A recessão instalada, explica ele, provocou uma forte crise de demanda, reduzindo drasticamente a procura por diversos produtos e se transferindo, por efeito dominó, pelos diversos elos das cadeias produtivas.

“Além deste problema, o desempenho do segmento vem sendo castigado pelas altas taxas de juros, burocracia excessiva, precariedade do sistema de infra-estrutura, e, principalmente, falta de capital de giro”. De toda forma, cresceu a participação percentual dos embarques de produtos semi-acabados e acabados, de maior valor agregado. Dos couros exportados no período, 73,6% (em valor) e 57,3% (em volume) o foram com maior valor agregado (crust + acabados), mantendo o processo evolutivo da agregação de valor nas exportações de couro.

“A indústria do couro vem adotando medidas para se adequar ao novo cenário econômico, com vistas a manter os mercados conquistados, contando, para isso, com o estratégico apoio da ApexBrasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos”, destaca Bittencourt.

Mas, segundo o executivo, para amenizar os impactos negativos da crise mundial e constituir um ambiente mais favorável aos negócios, à geração de riqueza, à manutenção dos postos de trabalho, o setor curtidor precisa contar com o apoio do governo brasileiro.

Neste sentido, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil vem pleiteando às autoridades, dentre outras medidas, a agilização nos ressarcimentos de créditos retidos nas exportações, criação de linhas de financiamento para capital de giro e a desburocratização das ações do DECEX.

Índia e Paraguai aumentam as importações de couro: Em fevereiro, os principais destinos do couro brasileiro foram a China e Hong Kong, ambos com US$ 49,25 milhões (33,21% de participação); Itália, com US$ 43,83 milhões (29,21% de participação); Estados Unidos, US$ 10,25 milhões (6,91%), e México, com US$ 6 milhões (4%).

Neste segundo mês do ano, a Índia foi um dos mercados que mais cresceu (210%), somando US$ 2,31 milhões, além do Paraguai (392%) que importou US$ 92,35 mil. Belarus (ex-República da antiga União Soviética, situada no centro-nordeste da Europa) também foi outro país que aumentou 46,15 vezes as compras do produto nacional, totalizando US$ 20,5 mil.

O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) é uma entidade federativa que representa, há 52 anos, cerca de 800 empresas de produção e processamento de couro. O complexo industrial emprega cerca de 50 mil pessoas, movimenta um PIB estimado em US$ 3,5 bilhões e recolheu impostos da ordem de US$ 1 bilhão em 2007.

Principais estados exportadores: O balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros no segundo mês do ano, em comparação a fevereiro de 2008, indica que São Paulo continua na liderança estadual (US$ 38,38 milhões, participação de 25,88% e queda de 69%), seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 37,34 milhões, participação de 25,17% e redução de 59%), Ceará (US$ 15,83 milhões, 10,67% e decréscimo de 48%) e Paraná (US$ 13,57 milhões, 9,15%, e diminuição de 28%). Os demais estados são Bahia (US$ 9,9 milhões), Mato Grosso (US$ 9 milhões), Goiás (US$ 7,52 milhões), Minas Gerais (US$ 6 milhões) e Mato Grosso do Sul (US $ 4,88 milhões). | Fonte: Secex/MDIC/CICB.

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