Óculos de visão noturna fazem uma grande diferença

Os pilotos de combate da Força Aérea Sueca (SAF) agora estão equipados com avançados óculos de visão noturna (OVN). Não há nada no escuro que os pilotos do esquadrão de combate 212 possam temer.

As preparações para o exercício chamado Resposta Fria, a ser executado na Noruega em março, incluíram a estréia dos óculos de visão noturna (OVN) nas unidades da linha de frente da Força Aérea da Suécia (SAF). Há muito que a chegada do novo sistema é esperada pelo Esquadrão do Comandante Carl-Johan Edström. O uso dos OVNs confere benefícios especiais às operações nos dias curtos do inverno nórdico.

“Com os OVNs, podemos aproveitar melhor as horas escuras do dia. A longo prazo, seu efeito sobre as operações de vôo serão profundas”, disse Edström, “além de trazer muitas outras vantagens”.

Detecção e identificação precoce de outras aeronaves - “Usando os OVNs, percebemos que os pilotos podem detectar e identificar outras aeronaves muito antes e a distância maiores do que durante o dia. Isto mostra como estes OVNs conseguem utilizar a luz disponível. Faz uma grande diferença quando se dá suporte aéreo durante a noite. Graças aos OVNs, um Controlador Aéreo Avançado pode direcionar os ataques aéreos, usando um raio laser para indicar o alvo – este raio somente é visto com o auxílio dos intensificadores de imagem dos OVNs”.

Tecnologia comprovada - Voar com OVNs não é uma novidade e os aviões da SAF, a exemplo do Viggen e Sk 60, já o fazem há mais de 20 anos. Este novo recurso do Gripen, além da cabine especialmente construída e compatível com os OVNs, já está perfeitamente integrado e operacional.

“A iluminação de cada botão e visor do cockpit foi especialmente projetada para ser sempre clara e precisa, vista através dos OVNs”, explicou Carl-Johan Edström.

Integração cuidadosa - A integração dos novos OVNs foi um processo que durou três anos e envolveu uma equipe de cinco pilotos de teste, trabalhando sob a liderança do FMV – o órgão centralizador de compras das Forças Armadas da Suécia. Os vôos de teste saíram de Vidsel, na Suécia, com um Saab Sk 60A modificado e um ano mais tarde foram transferidos para a Asa F21, onde os pilotos começaram a se preparar para incorporar operações com OVNs, voando no Gripen.

Uma diferenciação no escuro - Para obter os melhores resultados do uso de OVNs, é preciso haver uma escuridão total e que, pelo menos na Europa, é encontrada praticamente somente no norte da Suécia. O longo e escuro inverno que se estende de outubro a março, poderia permitir que muitas outras forças aéreas viessem e treinassem suas operações com OVNs. No resto da Europa, a luz das áreas urbanas impede a existência de um verdadeiro escuro. Embora pareça escuro para nós, as horas do alvorecer e do crepúsculo são excessivamente brilhantes para possibilitar o uso adequado dos OVNs, o que encurta ainda mais o tempo disponível para treinar o uso deste recurso e dominar esta importante capacidade operacional.

De acordo com um dos pilotos suecos: “É preciso que o sol esteja a 12 graus abaixo da linha de horizonte para que se possa afirmar que realmente está escuro”.

. [ Imagem 1: O primeiro vôo usando um OVN é ainda uma experiência que requer muita atenção. “Eu percebo que era realmente cego quando voava no escuro, sem os óculos”, disse um dos pilotos da SAF, preparando-se para a operação Resposta Fria. Foto de Louise Levin/F21. | . Imagem 2: O uso dos avançados óculos de visão noturna confere vantagens especiais às operações realizadas nos curtos dias do inverno nórdico. Foto de Louise Levin/F21 ].