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13/03/2009 - 11:57

Gerenciamento de riscos é chave para contornar crises

Em épocas de crise financeira, como a que o mundo está enfrentando atualmente, é fundamental investir em estratégias de gestão de riscos. No caso do mercado segurador, instituições que contam com ferramentas apropriadas para lidar com situações de instabilidade econômica estão menos suscetíveis aos seus impactos, pois gerenciam diariamente as incertezas inerentes ao negócio e o conjunto de possíveis conseqüências (ganhos e perdas). Por não estarem à mercê do acaso, essas empresas antecipam problemas e não reagem a eles, simplesmente, o que as torna mais eficientes e competitivas no mercado.

Nos últimos anos, a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) vem trabalhando na inclusão de normas que minimizem as preocupações sobre a forma com que o mercado de seguros realiza a gestão de riscos. O órgão, responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro, emitiu algumas circulares que visam regulamentar e orientar o modo como as seguradoras atuam nesse setor, principalmente no que se refere às melhorias na adequação e na metodologia de dimensionamento dos riscos de mercado, de crédito e operacional, especialmente aos relacionados com ações e valores. Entre as circulares emitidas estão as de números 276 e 253, de 2004, que tratam do preenchimento e envio anual dos Questionários de Risco pelas seguradoras.

Além disso, em 2006, a SUSEP lançou a Resolução 158 que trata da alocação de capital adicional como garantia sobre os riscos de subscrição. O objetivo dessa nova regra é fortalecer as instituições seguradoras financeiramente, aumentando a garantia de seus segurados nos recebimentos de indenizações em caso de sinistros. No entanto, as discussões sobre o tema têm sido constantes, o que revela a necessidade das companhias obterem mais informações sobre o impacto dessa regulamentação no futuro.

Para saber como atuar frente às novas leis, deve-se analisar o andamento da adoção da Basiléia II, conjunto de normas similares às medidas adotadas pela SUSEP, mas cujo âmbito de aplicação é o setor de entidades de crédito. A Basiléia II, que prevê a utilização de modelos básicos de medição de riscos, foi decretada em janeiro de 2007, mas sua aplicação ainda é objeto de estudo das instituições bancárias.

Nesse cenário, o que se percebe é que as companhias de seguros deveriam investir em ações para identificar problemas potenciais e planejar medidas reais de controle e adequação dos objetivos com pelo menos dois anos de antecedência. Além disso, as seguradoras deveriam ter uma visão clara de sua estrutura de controles internos (ferramentas de análise e gestão integral de riscos), o que permite identificar, medir, gerenciar e controlar cada tipo de risco: mercado; crédito; liquidez; operacional, e seguro. As seguradoras também devem incluir em suas análises, os impactos operacionais e organizacionais ao introduzirem essas novas normas.

Outros mercados de seguros, como o europeu e o americano, também tomaram medidas para regulamentar o setor, no que se refere ao gerenciamento dos riscos das instituições e lançaram em seus respectivos mercados um pacote de normas e boas práticas como o Sarbanes-Oxley Act (SOX) e o Solvência II (padrão europeu). Essas medidas, as quais vêm sendo adotadas com sucesso nessas regiões, também estão incentivando a adoção das melhores práticas em Governança Corporativa em empresas seguradoras. O fornecimento de mais informações aos órgãos reguladores permite conhecer não só os riscos aos quais os clientes estão expostos, mas também, os riscos que as próprias empresas enfrentam.

A adoção das normas de riscos da SUSEP por parte das companhias de seguro concederá uma importante ferramenta de apoio, permitindo às empresas estabelecer uma gestão eficiente de riscos e proporcionar uma valorização mais adequada de seus ativos e passivos, assim como, calcular e obter a rentabilidade prevista, já considerando possíveis riscos relacionados a clientes, produtos e investimentos.

A partir da identificação e do dimensionamento correto dos riscos, as companhias de seguros serão capazes de otimizar custos de gestão e eficiência; redefinir suas políticas de seleção; adequar seus produtos e suas políticas comerciais; ajustar seus perfis estratégicos de exposição ao risco, e obter serviços de valor agregado que facilitem, tanto a gestão corporativa como um todo, como também, a tomada de decisão posterior.

Por fim e já de olho no futuro, as normas de riscos da SUSEP servirão para dinamizar e sistematizar, de maneira mais homogênea e rigorosa, o cálculo, a medição e a gestão de riscos dentro das companhias seguradoras e, a partir daí, facilitar a aplicação de um modelo de gestão global mais eficiente, o qual aumentará consideravelmente os ganhos e a lucratividade das empresas do setor.

Perfil da everis - A everis é uma consultoria multinacional que oferece soluções de negócio globais e tecnologia da informação a seus clientes, cobrindo todos os aspectos da cadeia de valor das organizações, desde a estratégia de negócio até a implantação e a operação dos sistemas. Fundada em 1996, a everis atualmente está presente em diferentes países da Europa (Espanha, Portugal e Itália) e da América Latina (Chile, Brasil, Argentina, Colômbia e México) com 18 escritórios e mais de 6 mil profissionais.

No Brasil, a empresa conta com mais de 400 profissionais, que atuam em três linhas de negócios: Business, Solutions e Centers. O foco de negócios da everis no País são os setores de Entidades Financeiras, Telecomunicações e Indústria. Em 2007, a empresa faturou mundialmente € 340 milhões e R$ 40 milhões no Brasil, onde espera um crescimento de mais de 40% em 2008. Em 2008, a everis foi eleita pelo Great Place Institute uma das 50 melhores empresas de TI e Telecom para se trabalhar.

.Por: Rafael Garrido, gerente-responsável pela área de Seguros da everis Brasil.

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