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14/03/2009 - 10:22

Velofluxo

Suzana Queiroga com a exposição Velofluxo no Museu Chácara do Céu e, paralelamente, coloca no ar um balão do tamanho de um prédio de cinco andares no Aterro do Flamengo e na Lagoa Rodrigo de Freitas. A exposição da artista vai inaugurar a primeira edição de 2009 do tradicional projeto Os Amigos da Gravura, iniciado por Raymundo de Castro Maya em 1953.

O Museu Chacára do Céu está com a exposição Velofluxo da artista Suzana Queiroga, com curadoria de Fernando Cocchiarale. A mostra marca a primeira edição de 2009 do tradicional projeto Os Amigos da Gravura, iniciado em 1953 (até 1957) pelo patrono do museu, o colecionador e mecenas Raymundo de Castro Maya e reeditado a partir de 1992 pelos Museus Castro Maya. Também como parte da exposição, a artista coloca no ar um balão de 20 metros de altura e 19 de diâmetro que fará vôos com o público no Aterro do Flamengo e no Parque dos Patins na Lagoa.

Os trabalhos da série Velofluxo, concluídos em 2008, são pinturas, gravuras, desenhos e objetos que trabalham com as possibilidades plásticas da malha urbana. Refletem a cidade como um fluxo de redes e grades em movimento ininterrupto que se modificam ao longo do tempo e alteram as configurações físicas dos grandes centros.

“Baseados em plantas de espaços urbanos reais (Londres, Berlim, Milão, Rio de Janeiro, Brasília etc.), sem, contudo, descrevê-los, os Velofluxos são trabalhos sobre redes de fluxos (análogos às malhas urbanas) e suas irradiações no tempo. Mas eles são, sobretudo, paisagens pintadas segundo pressupostos bastante diversos daqueles das cenas ao ar livre que se descortinavam através da janela pictórica renascentista”, explica o curador Fernando Cocchiarale.

“A questão do fluxo, que acompanha meu trabalho há alguns anos, encontrou, na imagem das cidades, conexão direta com as idéias de interconexão de redes, como as dos mapas; onde se entrelaçam as diversas partes do tecido urbano, mapas de ruas, viários, ferroviários, de metrô, redes dos sistemas de água, eletricidade, internet etc.”, complementa Suzana Queiroga.

A exposição Velofluxo, teve uma bem-sucedida temporada ano passado no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília. A versão carioca, com 25 obras, traz novidades como a gravura Velofluxo feita especialmente para o projeto Os Amigos da Gravura e duas pinturas em grande escala ainda inéditas. Também será mostrada uma série de desenhos e pinturas que apresentam o pensamento plástico e conceitual da exposição e, ainda, o balãozinho Soft Velofluxo, que é uma réplica em miniatura do balão que será exposto no Aterro e na Lagoa.

O enorme balão de ar quente, batizado de Vôo-Velofluxo é, segundo a artista, uma grande pintura no espaço. “Além de compartilhar a experiência do vôo, a sua visualização de longe coloca o público em confronto direto com a natureza e o azul”, diz Suzana, ressaltando que a dimensão pública sempre foi uma preocupação presente em seu trabalho. O Vôo-Velofluxo poderá ser contemplado de diferentes pontos da Zona Sul, o que amplia a intenção da artista de interagir com as pessoas e com a própria cidade.

Para criar esta instalação, Suzana passou 15 dias dentro de uma fábrica de balões, estudando as mudanças de escala necessárias para passar seu trabalho dos desenhos para uma maquete e, depois, para o ar. “No processo de realização das pinturas e desenhos me deparei com a idéia de mapa como planta baixa, o que nos coloca numa situação de distanciamento da superfície, como num vôo. Logo passei imaginar balões e a experiência de suspensão do espaço, ver de outro modo, sair do chão, descolar do solo”, afirma Suzana, que sonhou várias vezes que estava voando.

O Vôo-Velofluxo – o primeiro balão feito por um artista plástico contemporâneo latino-americano – será instalado um fim de semana no Aterro e um fim de semana no Parque dos Patins. A enorme embarcação levantará um vôo de 45 metros com amarras fixadas ao solo, proporcionando aos passageiros, além da experiência sensorial, uma deslumbrante visão de um dos pontos mais bonitos da cidade. Ao final do passeio, o público receberá de presente um certificado de que participou de um vôo cativo, que é, na verdade, uma obra de arte, um múltiplo feito pela artista especialmente para o voô/exposição.

Exposição Velofluxo – Projeto Os Amigos da Gravura/ 2009- Suzana Queiroga, exposição de 12 de março a 29 de junho de 2009, quarta a segunda (fechado terça) das 12h às 17h. Ingressos: R$ 2,00. Quarta-feira: Grátis. Menores de 12 anos, pessoas com mais de 65 anos, grupos escolares, professores e guias turísticos em serviço e membros do ICOM e da Associação dos Amigos do Museu têm acesso gratuito [ www.museuscastromaya.com.br ] Livre para todos os públicos. Indicações: Metrô - Carioca; Bonde de Santa Teresa. Descer no largo do Curvelo. Ônibus 206 e 214, partindo do Castelo. Descer no largo do Curvelo.Metrô - Glória; serviço de vans em frente do Banco Itaú. Descer na rua Dias de Barros (Curvelo). Carro - subir pela rua Cândido Mendes, na Glória, ou Francisco Muratori no Centro. Seguir placas indicativas. O museu fica localizado no final da Rua Murtinho Nobre, a dez minutos a pé do Curvelo. Estacionamento: grátis no museu.

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