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17/03/2009 - 11:33

Jaime Ardila afirma que GM não irá quebrar com a crise mundial


Presidente da montadora se mostra otimista e aguarda definição do governo sobre prorrogação da redução do IPI.

O presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, em entrevista ao Roda Viva, no dia 16 de março (segunda-feira), transmitida ao vivo pelo IPTVCultura falou sobre a situação da montadora frente à crise mundial; das demissões nas fábricas da empresa; da importância da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a recuperação da indústria automobilística; e no otimismo que impera na GM, mesmo diante de tantas dificuldades no mercado financeiro mundial.

Ardila foi categórico ao afirmar que a GM não irá quebrar, porque tem um plano de reestruturação, assim como as outras montadoras. “Por causa da recessão, as montadoras precisam diminuir a estrutura de custos, diminuir o que chamamos de economia ponto de equilíbrio para conseguir ser rentáveis com um volume menor”, explica.

O presidente ressaltou que a situação da GM brasileira é independente da indústria americana. “Juridicamente, financeiramente e do ponto de vista de produtos, todas as empresas da GM são independentes. Temos uma linha de produtos completa, solidez e 84 anos de existência de sucesso no Brasil”, enfatizou. Segundo Ardila, o consumidor brasileiro pode ter total tranqüilidade ao adquirir um carro da GM. “A empresa vai continuar existindo mundialmente”, garante.

Só no ano passado, Ardila afirmou que a GM vendeu mais de 550 mil veículos , o que representa um crescimento de 15% em relação a 2007. Neste ano, até fevereiro, já foram comercializados 36 mil automóveis, Para este mês, a previsão é que esse número fique em torno de 50 mil veículos, número comparável com o mesmo período do ano passado.

Quanto aos investimentos da montadora no Brasil, Jaime salienta que há quatro anos a GM não recebe ajuda dos EUA. “A GM no Brasil não tem problemas para continuar com as operações normais. Tem suficiente liquidez, suficiente fluxo de caixa para financiar os investimentos”.

Na sua opinião, “a economia será mais forte nos países emergentes após a crise, nos próximos anos, porque estão se saindo melhor do que os países com economia desenvolvida. A recessão mundial econômica talvez seja a maior desde a grande depressão dos anos 30. Mas têm alguns países, especialmente China, Brasil e Índia, que estão indo um pouco melhor que os demais”, enfatiza.

No que diz respeito ao IPI, Ardila concorda que a redução do imposto contribuiu para atrair o consumidor. “Sem dúvida, com o IPI as vendas aumentaram mais do que alguns de nós esperávamos. Se a redução do IPI for estendida por mais três meses, como é nossa expectativa, acho que teremos um segundo semestre 10% abaixo do ano passado, mas ainda num patamar muito bom”. Segundo o presidente, se a redução não for renovada, as montadoras correm o risco de uma queda no mercado de 30% e, com isso, podem ocorrer demissões.

Jaime Ardila disse que a empresa não demitiu trabalhadores em decorrência da crise. “Nós não fizemos demissões. Nós não renovamos alguns dos contratos temporários que estavam expirando. É uma pena, mas precisa ser feito quando se tem um número de empregos acima do que a demanda justifica”, explica Ardila. Ele também enfatiza que, apesar disso, a montadora emprega 23 mil trabalhadores em suas três fábricas no Brasil. “Somos uma empresa com uma das menores rotatividades de funcionários, mas nós não controlamos o mercado”, ressalta.

O presidente não quis dar detalhes sobre o lançamento do projeto Viva, que, segundo Ardila, irá começar a produção na segunda metade deste ano, primeiramente, na Argentina, e, alguns meses depois, virá para o Brasil. “Será uma família de veículos. Nossa expectativa de vendas é bastante otimista. Se isso acontecer, nós já prometemos para aquelas pessoas que têm contratos temporários não renovados, que elas terão a prioridade”, promete. | Site: www.iptvcultura.com.br/rodaviva

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