Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

18/03/2009 - 09:17

Por que o acompanhamento ginecológico é indispensável na idade adulta e na terceira idade?

Na idade adulta, com o fim da infância e da adolescência, a mulher entra na fase adulta, onde as influências hormonais determinam sua saúde e capacidade reprodutiva...

TPM - Ansiedade, dor muscular, dor de cabeça, tontura, depressão, inchaço, ganho de peso, irritabilidade, mamas doloridas, hostilidade, instabilidade emocional, choro fácil, ondas de calor, esquecimento, insônia, pânico, fadiga, gases, desejo alimentar alterado, queda de motivação, idéias suicidas... Esses são apenas alguns dos 150 sintomas listados que a mulher pode sentir durante a tensão pré-menstrual (TPM), síndrome que se manifesta de quatorze a dois dias antes da menstruação e desaparece com a chegada do fluxo. “Não bastassem as alterações físicas e emocionais, há as comportamentais, como confusão, indecisão e tendência a ficar estabanada. Os sintomas variam de uma pessoa para outra e podem ser diferentes no mês seguinte. Hoje, felizmente, é consenso entre os profissionais de saúde que os sintomas se referem a uma síndrome, que atinge o sexo feminino de forma diferente e merece atenção”, observa o ginecologista Aléssio Calil Mathias, diretor da Clínica Genesis.

Sabe-se que 30% dos casos de tensão pré-menstrual apresentam-se de forma moderada. Isto é, incomodam, mas o desempenho geral da mulher não é afetado. Estudos recentes mostram que 10% das mulheres apresentam sintomas de forma significativa. E em 6 a 8%, as alterações são tão intensas que chegam a comprometer a vida cotidiana. Estes casos são classificados como disforia luteal. Todas as mulheres em idade fértil convivem com as alterações bioquímicas nos níveis dos hormônios sexuais - estrógeno e progesterona -, responsáveis pela instabilidade feminina no período. “Mas só isso não basta para desencadear a síndrome. Sua manifestação depende de outros fatores, físicos e emocionais. A predisposição genética, por exemplo, é um deles. Isso quer dizer que o histórico de mães e avós permite predizer como serão os períodos menstruais de filhas e netas”, explica Aléssio Calil Mathias.

Displasia mamária - Esta é uma alteração do tecido glandular das mamas que provoca dor, principalmente no período pré-menstrual. "Cerca de 30% de mulheres avaliadas pelos mastologistas reclamam de dor na região. Em 67% dos casos, a dor tem início no quinto dia antes da menstruação e termina após o fluxo menstrual", diz o diretor da Clínica Genesis. As principais causas para o aparecimento da displasia mamária são alterações hormonais com alto nível de prolactina, alterações na relação estrogênio/progesterona, uso abusivo de cafeína, estresse e predisposição genética. “O tratamento abrange ingestão de vitamina E, ácido gamalinoléico, dieta balanceada e, em alguns casos mais específicos, administração de analgésicos e antiinflamatórios”, explica o ginecologista.

Miomas uterinos - Geralmente, o primeiro sintoma da presença dos miomas é o aumento do fluxo menstrual. Numa proporção muito pequena, o mioma pode causar infertilidade na mulher. Há casos em que, só depois de ter-se submetido sem sucesso ao tratamento para engravidar durante dois ou três anos, a mulher descobre ser portadora de um mioma que interfere na cavidade endometrial, tornando impossível a gravidez. “Nos quadros de infertilidade, quando a mulher vai pesquisar as causas do problema, a presença de um mioma uterino isoladamente explica 5% dos casos, de 15% a 20% quando associado a outras doenças, como a endometriose, ou a alguma outra moléstia inflamatória pélvica aguda”, explica Aléssio Calil Mathias.

Outro sintoma importante da presença de miomas é o aumento do volume abdominal. Às vezes, mulheres magras parecem grávidas por causa do aumento do abdômen provocado pelo crescimento do mioma. “Dor pélvica é outro sintoma freqüente. A compressão do mioma sobre a bexiga pode confundir-se com os sintomas das infecções urinárias e, sobre o reto, provocar alterações do trato gastrintestinal”, explica o especialista.

Menopausa precoce - A menopausa precoce é causada por um motivo conhecido que marca o fim das funções reprodutivas femininas. É o que acontece com mulheres portadoras de câncer – que se submeteram ao tratamento quimioterápico ou radioterápico, terapias que prejudicam a fertilidade feminina – e com as que tiveram que remover cirurgicamente os ovários. “Tanto a menopausa resultante do processo de extração dos ovários, quanto a que resulta de tratamentos de câncer produzem sintomas intensos de calores e suores, bem como secura vaginal e os demais desconfortos que caracterizam a menopausa porque provocam uma queda brusca na produção hormonal”, explica o ginecologista.

Quando a menopausa ocorre antes dos 40 anos, sem uma causa aparente, costuma-se identificar o processo como Falência Ovariana Prematura ou FOP. “Os desconfortos da transição hormonal, neste caso, ocorrem gradualmente, como na menopausa natural. Os ciclos menstruais tornam-se irregulares e os demais sintomas e outros distúrbios típicos do desequilíbrio hormonal começam de forma branda e recrudescem, como na fase normal de transição ou perimenopausa”, afirma o médico. A FOP pode ter causas genéticas ou ser conseqüência de doenças auto-imunes como a artrite reumatóide, o lupus e o diabetes. “As doenças auto-imunes levam o organismo a desenvolver anticorpos que, em alguns casos, afetam o sistema reprodutivo e interferem na produção dos hormônios que regulam a ovulação e as demais funções ovarianas”, explica o diretor da Clínica Genesis.

Endometriose - Relacionada ao ciclo menstrual e ao sistema imunológico, a endometriose atinge até 10% das mulheres em idade fértil e é encontrada com mais freqüência nas que têm mais de 35 anos. Porém, 20% delas nem sempre sabem que têm a doença porque não apresentam nenhum sintoma. “A paciente que tem algum parente em primeiro grau com endometriose corre mais risco de desenvolver a doença, que se desenvolve na adolescência. Entretanto, o diagnóstico, geralmente, só é feito entre mulheres de 25 a 35 anos”, observa o diretor da Clínica Genesis.

A endometriose é caracterizada pelo implante de células endometriais fora do útero. “O nome da doença vem da palavra endométrio, camada que reveste o interior do útero e que é eliminada durante a menstruação, todos os meses, se a mulher não engravidar. A endometriose ocorre quando, por algum motivo, o endométrio se encontra fora do útero”, explica o ginecologista. A razão de parte das células do endométrio sair do útero e se reagrupar em outras regiões como ovários, tubas uterinas, superfície do útero, bexiga, dentre outros órgãos, ainda não foi completamente esclarecida pela ciência. “Porém, com o conhecimento que já adquirimos, sabemos que os focos de endométrio alojados em outros órgãos continuam estimulados pelos hormônios, a cada ciclo menstrual, e se comportam como se estivessem dentro do endométrio. Dessa maneira, a cada menstruação, nos focos de endométrio também ocorre um sangramento semelhante ao fluxo menstrual normal”, explica Aléssio Calil Mathias.

Todo este desequilíbrio no organismo e o crescimento do tecido endometrial em lugares incomuns causam sintomas bastante dolorosos. “O primeiro a aparecer, em geral, é a cólica menstrual (dismenorréia). Ela é progressiva. Ou seja, no princípio, a mulher refere-se a ela como leve. Entretanto, com o passar dos anos, a dor vai piorando até ficar muito intensa, o que a impede de fazer suas atividades habituais. Outro sintoma comum é a dor durante a relação sexual (dispaneuria)”, alerta o ginecologista. As cólicas menstruais que caracterizam a endometriose não melhoram com medicação, apresentam-se muito severas e requerem repouso. A dor que acontece durante a relação sexual, em geral, aparece quando a penetração é profunda e tende a ser mais intensa no período pré-menstrual.

Infertilidade - Muitos casais se deparam com o inesperado quando decidem ter um filho: a infertilidade permanente ou temporária. Normalmente, a mulher que não faz uso de métodos contraceptivos pode levar até 12 meses para engravidar. “Em princípio, mulheres que utilizam anticoncepcionais orais, podem engravidar assim que o uso das pílulas for interrompido. Já os anticoncepcionais injetáveis de aplicação mensal ou trimestral podem ter um efeito cumulativo no organismo”, explica o médico.

Problemas ovulatórios, obstruções na trompa, doenças uterinas, infecções no colo do útero e fatores imunológicos estão entre as principais causas de infertilidade feminina. Muitas mulheres apresentam dificuldades para ovular causadas pela Síndrome dos Ovários Policísticos ou por disfunções na tiróide ou nas glândulas supra-renais. As obstruções nas trompas podem ser causadas pela endometriose ou algum tipo de aderência que dificulte a mobilidade, ou seja, o transporte do óvulo até o útero que é realizado pela trompa. Em alguns casos, os problemas estão localizados no útero, causados por miomas e pólipos. “As infecções do colo do útero também impedem a gravidez porque deixam o muco vaginal hostil, não permitindo a sobrevivência e a passagem do espermatozóide”, explica o médico.

Na terceira idade: Climatério - O climatério corresponde ao período de transição entre a vida reprodutiva e a não reprodutiva, quando a mulher pára de menstruar. Acontece alguns anos antes da menopausa. O principal sintoma - cerca de 70% a 80% das mulheres nesta fase sofrem com ele - são os fogachos (ondas de calor). Outros sinais comuns podem ser tristeza, cansaço, depressão, ansiedade, irritabilidade, insônia, diminuição de atenção, de concentração, de memória e da libido. “Porém, a característica mais marcante é a menstruação irregular. O período de fluxo vai diminuindo e os intervalos entre cada menstruação se tornam cada vez maiores, até cessar por completo. Depois de um ano sem menstruação, a mulher entrou em sua nova etapa de vida: a menopausa”, explica o ginecologista.

Menopausa - Ocorre por volta dos 50 anos, quando a mulher deixa totalmente de menstruar. “A atenção precisa ser redobrada neste período, afinal, a ausência de hormônios sexuais femininos pode levar a doenças cardiovasculares por alterar os vasos sangüíneos e os níveis de colesterol. Surge também a osteoporose, tornando os ossos fracos”, alerta o médico. Nesta fase da vida, a vulva e a vagina perdem os hormônios naturais que as nutriam, deixando a pele ressecada devido à falta de lubrificação. Por isso, a penetração durante o ato sexual pode tornar-se dolorosa. Com a presença de menos hormônios, os tecidos da bacia também ficam frouxos, favorecendo a caída da bexiga e do útero e levando à incontinência urinária, em muitos casos.

“A principal forma de tratamento para esta etapa da vida é a reposição dos hormônios sexuais, que só deve ser feita com rigorosa supervisão médica. Mas um estilo de vida saudável, desde o climatério, melhora os sintomas da menopausa”, afirma o ginecologista Aléssio Calil Mathias. | www.clinicagenesis.com.br

[ Para saber mais sobre os cuidados com a saúde da gestante, acesse a coluna do Dr. Aléssio Calil Mathias no site Minha Vida: http://www.minhavida.com.br/EspecialistasPerfil.vxlpub?CodEspecialista=161&CodSecao=67].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira