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18/03/2009 - 10:47

O renascimento do varejo fotográfico


Uma tendência que evoluiu junto com o comportamento de seus consumidores.

Nos últimos anos, temos observado o que chamamos de renascimento do varejo fotográfico.

Muitos enxergam esse renascimento apenas como uma retomada de mercado, sem se ter dado conta de que mais do que apenas uma simples retomada, este pode ser o início de todo um novo processo, uma verdadeira revolução dentro deste varejo, com possibilidades e ganhos maiores do que qualquer previsão antes feita.

O consumidor mudou. Se por um momento, imaginava-se que a digitalização das imagens seria a ruína de todo um mercado, por outro lado, o avanço e a popularização da tecnologia vem trazendo novas possibilidades. Há um novo perfil de consumidor que vem retomando o gosto pela revelação, e está em busca de novos formatos, produtos e serviços.

Se por um momento os totens e terminais de auto-atendimento pareciam uma excelente oportunidade, os resultados têm se mostrados tímidos se comparados às expectativas, mesmo estas sendo ainda em um primeiro estágio.

Não é possível introduzir um novo serviço, sem ter criado uma nova cultura, ou uma familiaridade do novo formato junto ao consumidor. Já é provado que quando assistida, a venda de serviços vinculados aos terminais aumenta imediatamente.

Por não estarem familiarizados com os novos terminais ou ainda encontrarem grandes dificuldades com os programas utilizados, os consumidores preferem o atendimento antigo via balcão. Estamos assistindo a um crescimento cada vez maior na busca por novos produtos e serviços que a fotografia digital possa criar.

O atendimento em terminais especializados, assim como a venda assistida, veio para ficar. A customização de produtos, como no caso dos fotolivros, ainda não pode ser feita inteiramente pelo consumidor. Um funcionário capacitado é capaz de oferecer agilidade no serviço, auxiliando o cliente no processo de decisão de formatos, cores, temas, etc.

Entretanto, os clientes são ávidos por participarem do processo. Querem e desejam a todo momento participar e escolher todos os itens que possam compor seu produto final.

Para se ter uma idéia de que este não é um fato isolado, mas uma tendência de mercado, é possível encontrarmos casos similares em diversos formatos de varejo.

Dentro do varejo de construção, o departamento de tintas de alguns home centers tem funcionado quase da mesma maneira. Ao invés de latas, vendem-se soluções de decoração. A escolha, antes feita apenas pelo consumidor, hoje é auxiliada por promotores treinados, que utilizam modernos programas em que é possível inclusive representar ambientes e texturas, facilitando e agilizando o processo de decisão do consumidor.

Da mesma maneira, lojas de móveis possuem arquitetos e projetistas que representam virtualmente até mesmo a própria casa do cliente, dispondo as opções de mobiliário encontrados na loja.

Oferecer serviços como estes não significa um desperdício de tempo ou dinheiro, tampouco um excesso de capricho. Quando oferecido da maneira correta, esse tipo de atendimento chama a atenção e cria valia e um grande interesse de compra. Se consumidores buscam num pimeiro momento produtos e opções apenas por questão de preço, quando exemplificadas e exibidas aos clientes, opções mais caras ou de maior valor agregado possuem um giro muito maior. A qualidade do serviço se torna mais importante até mesmo do que o produto oferecido.

Entender esse conceito cria todo um novo contexto para nosso mercado, pedindo uma compreensão diferente de nosso ponto de venda. As lojas passam a ter características que atraiam e sirvam às necessidades do novo consumidor, e não apenas atendam os serviços básicos.

Quem pretende apenas atender, entrará cada vez mais na briga de menor preço para sobreviver. Quem souber servir, criará valia no que oferece e poderá obter melhores resultados. Qual a sua opção?

. Por: Caio Camargo, Arquiteto e MBA em Marketing pela FGV. Especialista em PDV e assuntos ligados ao varejo, como merchandising e atendimento, é autor do blog “Falando de Varejo” (http://falandodevarejo.blogspot.com), onde responde à dúvidas enviadas pelos leitores, além de trazer informações úteis à varejistas e profissionais do ramo.

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