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19/03/2009 - 09:10

Terminal de GNL da Baía de Guanabara utiliza tecnologia pioneira


O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou no dia 18 de março (quarta-feira), Terminal de Regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) da Baía de Guanabara, que está em fase de pré-operação e vai garantir ao país novas fontes de suprimento de gás e maior segurança energética.

“Foi um trabalho extraordinário porque mostra que um País do tamanho do Brasil, quando quer fazer as coisas, faz e acontece. Quero fazer um reconhecimento à Petrobras pelo fato de ter assumido a responsabilidade de transformar esse dia em um dia possível e também ao pessoal liderado pela Graça Foster [diretora de Gás e Energia da Petrobras] e pela Transpetro”, afirmou o presidente.

Sergio Machado, presidente da Transpetro – subsidiária de transporte e logística da Petrobras, que vai operar o terminal – ressaltou o cuidado com a capacitação dos operadores, todos treinados no exterior:

“Foi como se cada operador que vai trabalhar aqui tivesse tirado um brevê de avião. Hoje nós dominamos completamente a tecnologia para operar. É o DNA da Petrobras de superar desafios. Temos o controle absoluto do processo”, disse Machado.

Os cuidados na operação mereceram também um elogio da diretora de Gás e Energia, Graça Foster: “Sou uma vendedora de gás e tenho o melhor operador que poderia desejar, a Transpetro.”

O presidente Lula ressaltou que o novo terminal contribuirá para evitar outra crise de fornecimento de energia como a que ocorreu em 2001: “Essa planta de regaseificação e a ligação de linhas de transmissão no Brasil me garantem afirmar que não vamos ter mais apagão”, afirmou o presidente.

“O gás funciona para nós como um reserva. Enquanto tivermos energia hídrica, vamos utilizá-la. Mas, se houver algum problema, aí nos acionamos todas as termoelétricas. Os investidores podem ficar tranqüilos, porque energia vai haver de sobra no País”, disse Lula.

A produção do terminal, de 14 milhões de metros cúbicos/dia de gás – quase o consumo médio do mercado térmico brasileiro no ano passado – servirá para suprir prioritariamente as usinas térmicas da Região Sudoeste. O Terminal da Baía de Guanabara custou R$ 819 milhões, gerou 1.700 empregos diretos.

O terminal, que tem 365 metros de comprimento e pode receber navios de até 143 mil toneladas de porte bruto, possui três braços para receber o GNL do navio supridor, a 160 graus centígrados negativos. Do outro lado, são mais três braços para carregar o navio regaseificador, além de dois braços para receber o produto e injetá-lo no duto.

A Transpetro – subsidiária de logística da Petrobras – capacitou no país e no exterior equipes para operar navios e terminais e utilizou os serviços dos mais avançados centros mundiais especializados. Técnicos da empresa foram treinados nos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Portugal, Polônia e Cingapura, nas diversas fases do processo.

O processo usual de regaseificação utiliza terminais terrestres, que demandam mais tempo para a sua instalação, o que seria contraproducente face às necessidades do país na geração de energia. O sistema adotado é o mesmo do que já foi testado com sucesso no Terminal de Pecém, no Ceará, inaugurado no ano passado pelo Presidente Lula.

Pelo novo sistema, os braços de carregamento recebem o GNL do navio supridor e passam para o navio regaseificador, que funciona como um terminal de regaseificação flutuante. Depois de processado, o gás é injetado em um duto. Desde o Terminal até chegar à malha de gasodutos da Transpetro em Campos Elísios (Duque de Caxias) são nove quilômetros por duto submarino e mais sete por duto subterrâneo.

Os testes com os braços de carregamento foram acompanhados por técnicos da Transpetro na Alemanha e na Polônia, países fabricantes das peças. Esse acompanhamento era necessário, em razão da diferença de pressão entre o GNL e o gás natural regaseificado.

Em parceria com a Diretoria de Portos e Costas da Marinha, foi criado um sistema para garantir segurança máxima na operação. O controle de aproximação dos navios e do volume de cargas é automatizado. A velocidade de aproximação também é controlada automaticamente, para aumentar a eficiência do processo. Além disso, o sistema monitora fogo, gás e baixa temperatura (um indício de vazamento de GNL, mantido a baixíssimas temperaturas). A Capitania dos Portos criou zonas de exclusão (proibindo a aproximação de outras embarcações), para prevenir acidentes.

O alto grau de automatização do sistema permite que o píer na Baía de Guanabara funcione com apenas dois operadores por turno. São, ao todo, 23 operadores, todos treinados no exterior.

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