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19/03/2009 - 09:22

Universitários do interior levam 14 carros à Competição Baja SAE, em Piracicaba

Na 15ª edição, a tradicional Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS reunirá 73 equipes, de 57 instituições de ensino do Brasil e EUA

15ª Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, começa nesta quinta-feira, 19 de março, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), em Piracicaba (SP). Até domingo, 22, a competição de estudantes de engenharia reunirá 73 carros off-road, construídos dentro de 57 instituições de ensino do Brasil e Estados Unidos. Só do Interior de São Paulo serão 14 equipes de 12 escolas, que aceitaram o desafio de projetar e construir os veículos exclusivamente para a competição, onde serão avaliados em provas estáticas e dinâmicas, por especialistas das principais indústrias da mobilidade do País.

Na parte dinâmica, os chamados SAE Baja farão provas de tração, aceleração, velocidade máxima e um enduro de quatro horas, em pista de terra cheia de obstáculos. Ao final da competição, as duas equipes que conquistarem as maiores pontuações poderão representar o Brasil na Baja SAE Wisconsin, que será realizada pela SAE International, de 16 a 19 de junho, em Milwaukee, EUA. Na competição internacional, que reúne mais de 100 equipes de vários países e é organizada há 40 anos, o Brasil é tetracampeão.

Nesta edição, o interior paulista será representado por equipes da Faculdade de Tecnologia de Sorocaba (Fatec), Universidade Estadual Paulista/Unesp campi Bauru, Guaratinguetá e Ilha Solteira, Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), Escola de Engenharia de Piracicaba, Universidade de Taubaté (Unitau), Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), Faculdades Anhanguera de Campinas, Faculdade de Tecnologia de Moji Mirim (Fatec), Universidade Estadual Paulista (Unicamp) e Universidade Paulista de Campinas (UNIP Campinas).

Hexacampeã - Única instituição hexacampeã no Brasil, a EESC USP terá duas equipes, com 31 integrantes ao todo. Entre outros diferenciais, os dois carros possuem duas marchas, sistema de telemetria que informa, em tempo real, todas as condições do veículo até se o cinto está engatado. Além disso, utilizam materiais leves, como alumínio aeronáutico e fibra de vidro e carbono, e sistema de distribuição de frenagem adaptável a qualquer terreno, suspensão independente nas quatro rodas e amortecedores usinados em alumínio. Um dos veículos pesa 115 kg.

“Nossos carros são robustos, confiáveis, totalmente reguláveis, oferecem ótimo desempenho dinâmico e visam obter o melhor resultado em todas as provas”, resume André Silva, capitão da equipe EESC USP 1, a campeã de 2008 em Piracicaba. Em junho, a equipe representou, com alunos da FEI e da Poli USP, o Brasil na competição em Montreal, onde obteve a 21ª colocação, entre 122 equipes presentes. Foi considerada a melhor equipe nos quesitos Custos e Design. Uma das escolas fundadoras do Projeto Baja SAE, a Escola de Engenharia de São Carlos da USP começou em 2009 a criar disciplinas com enfoque no gênero de veículo.

Campinas - A equipe Baja Unicamp, composta de 14 estudantes, participará da competição com o mesmo carro do ano passado, porém com modificações. Uma delas é o uso do sistema de suspensão dianteira tipo McPherson, considerada mais simples, de fácil manutenção e leve. A equipe buscou solucionar problemas que prejudicaram o desempenho do carro em 2008, como as freqüentes quedas de corrente na parte de transmissão do carro, que deixaram a equipe em 51º lugar. “Utilizamos a simplicidade de uma roda de skate para criar um esticador de corrente de forma econômica e eficiente”, conta Fernando Romeu Miassi, capitão da equipe, cujo carro pesa 150 kg e usa sistema de transmissão com redução primária por CVT e outras duas reduções por corrente, para evitar que o veículo funcione como ‘arado’.

Veículos - Os Baja SAE são protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora-de-estrada, com quatro ou mais rodas e devem ser capazes de transportar pessoas com até 1,90m de altura, pesando até 113,4 kg e motor padrão de 10 HP. Os sistemas de suspensão, transmissão, freios e o próprio chassi são desenvolvidos pelas equipes, que têm, ainda, a tarefa de buscar patrocínio para viabilizar o projeto.

Besaliel Botelho, presidente da SAE BRASIL, conta que o Projeto Baja SAE é um dos programas de maior sucesso organizados pela associação na capacitação dos futuros engenheiros, no qual estudantes são envolvidos em caso real de desenvolvimento de um veículo em todas as ações correlatas. "Além de praticarem os conceitos teóricos adquiridos em sala de aula, eles são submetidos às experiências da vida real, como trabalho em equipe, atendimento de prazos, busca de suporte financeiro para o projeto e atividades diversas, muitas delas em áreas não exploradas nos cursos regulares, mas que incentivam a criatividade e o surgimento de lideranças", diz. Segundo Botelho, muitas empresas têm priorizado a contratação de ex-participantes do Projeto por terem a certeza de que eles estão bem preparados. "Isso comprova a importância da competição, um dos orgulhos da SAE BRASIL", completa.

[Evento de 19 a 22 de março de 2009, Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo/ECPA - rodovia SP 135, km 13,5, bairro Tupi, Piracicaba, SP].

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