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20/03/2009 - 10:27

Diebold ultrapassa R$ 1 bi em 2008 no Brasil

Companhia comemora 150 anos de fundação e dez anos no país; brasileiros se despedem da marca Procomp.

São Paulo– A Diebold anuncia que, pela primeira vez em sua história no país, ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em faturamento bruto. De acordo com João Abud Junior, presidente da empresa no Brasil, a principal razão dessa expansão foi a grande entrada de pedidos de equipamentos de autoatendimento, que significaram cerca de 60% do faturamento no ano, e também o crescimento de seus outros segmentos de atuação. Essa performance coloca o Brasil em primeiro lugar entre as subsidiárias que mais contribuiram para o resultado global da Diebold.

Na verdade, o resultado do ano foi uma somatória de bons e grandes negócios. “Só para citar alguns, vendemos grandes lotes de ATMs para a Caixa Econômica Federal, para o Banco do Brasil e para o Bradesco, entre outros, totalizando mais de 16.000 máquinas. Para o FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), 60.000 microcomputadores e para o Tribunal Superior Eleitoral, 50.000 urnas eletrônicas”, descreve Abud.

“Ganhamos grandes concorrências e o resultado geral da empresa melhorou em todos os indicadores. Registramos, por exemplo, uma entrada de pedidos de produtos três vezes maior que em 2007”, comemorou João Abud Junior. Por conta disso, as fábricas instaladas em Manaus passaram de dois para três turnos e estão produzindo em sua capacidade máxima, com quase o dobro da média diária registrada no ano anterior.

Na composição do faturamento, o segmento de serviços contribuiu com 46,4% do total, enquanto que a venda de produtos representou 53,6%. Em relação à venda de hardware, as ATMs puxaram os negócios atingindo 64,5%, seguido pelas vendas de urnas eletrônicas, PCs, OEMs e outros produtos.

Estratégia de produtos acertada - O presidente analisa esse momento do mercado e reconhece que a grande entrada de pedidos aconteceu, não só devido à renovação do parque dos grandes bancos, mas também graças à estratégia de produtos adotada pela Diebold no Brasil. Há cerca de três anos, a companhia decidiu investir fortemente em dois segmentos: uma linha premium, com a família Opteva e uma linha básica, a 4500. Essa segmentação foi bem aceita pelo mercado, especialmente pelas características sem concorrência da família Opteva.

“Fomos extremamente felizes quando optamos por investir em duas linhas de autoatendimento: e vemos os resultados na resposta do mercado. Também vale destacar a dedicação de nossa área de engenharia, especialmente na customização de produtos, e o crescimento de nossa área de desenvolvimento de software. Esses ingredientes somados trouxeram resultados excepcionais para a corporação”, afirma.

Com este cenário, a base instalada de terminais de autoatendimento da Diebold é de longe a maior do país. “O Brasil é hoje o segundo maior mercado mundial em auto-atendimento, só perdendo para a China”, comemora já comentando que os EUA são o terceiro mercado do mundo nesse segmento.

O presidente também mencionou a concorrência vencida pela Diebold para fornecer as urnas eletrônicas para o Tribunal Superior Eleitoral. “Contabilizamos um total de 350 mil urnas entregues ao TSE ao longo dos últimos anos”, conta ele.

Em relação ao Outsourcing, área responsável pelo crescimento do faturamento nos últimos anos, Abud adianta que a empresa está preparando um modelo de oferta sob medida. “Identificamos uma demanda no mercado de redes de autoatendimento de pequeno e médio portes e já estamos trabalhando para atender esse nicho com a flexibilidade que esses clientes desejam”, encerra.

Outro segmento com importante crescimento foi o corporativo – com soluções e equipamentos para automatizar empresas de saúde, tribunais, escolas, entre outros. “Estamos dando prosseguimento a uma estratégia de crescimento fora do mercado bancário, onde somos líderes há mais de 15 anos”, diz Abud.

Empresa se despede da marca Procomp - Todos esses bons resultados encerraram com chave de ouro um período importante da história da companhia no Brasil. É que desde 01 de janeiro deste ano, a marca Procomp deixou de ser usada no país. O nome da companhia agora é só Diebold. Na verdade, desde a aquisição da Procomp pela Diebold em 1999, esse período de transição da marca já estava previsto.

O presidente João Abud Junior, que trabalha na empresa há 21 anos, lembra que na época da aquisição, o desafio era explicar para os clientes que nada mudaria. “Todos os nossos esforços em relação à permanência da marca Procomp era mostrar para o mercado bancário brasileiro que a aquisição não alteraria nosso DNA e nossa essência”, relembra Abud.

Isso, de fato, aconteceu graças à visão de negócios da Diebold Inc e à habilidade dos fundadores da empresa durante as negociações. “A nossa empresa-mãe compreendeu as diferenças do nosso mercado e que o time advindo da Procomp conhecia, como poucos, o segmento bancário brasileiro e suas necessidades. Assim, não só tivemos a liberdade de permanecer conduzindo a empresa como acreditávamos – o quadro executivo quase não se alterou nesses dedz anos – mas, principalmente, pudemos manter uma linha de produtos totalmente concebida no Brasil para resolver as demandas locais”, resume Abud.

Diebold completa 150 anos: Nesse ano, a Diebold tem motivos de sobra para comemorar. A companhia ultrapassou os US$ 3 bilhões de faturamento global, a subsidiária brasileira teve um desempenho muito além do esperado e, para completar, está comemorando 150 anos de fundação.

Sua história é realmente peculiar. A empresa foi fundada em 1859, por Charles Diebold, em Cincinnati, Ohio (EUA). Nasceu como fábrica de cofres e 12 anos depois teve seu destino mudado quando, após um grande incêndio que abalou a cidade de Chicago descobriu-se que os objetos que estavam dentro dos cofres da Diebold foram os poucos que se salvaram da violência do fogo. Com uma forte reputação de segurança e qualidade, ampliou e mudou sua fábrica para Canton, Ohio, cidade onde está instalada até hoje sua sede.

Em 1875, fabricou a maior caixa-forte do mundo para a Wells Fargo e iniciou um processo de diversificação, passando a fabricar produtos para escritório. De 1944 a 1951, Eliot Ness, famoso combatente do crime e conhecido pelo filme “Os Intocáveis”, tornou-se presidente do conselho da empresa. Já em 1964, abriu seu capital e passou a fazer parte da New York Stock Exchange (Bolsa de Valores de Nova Iorque) sob a sigla "DBD". Quatro anos depois lançou o Futura Automatic Banking System, um modelo rudimentar que fornecia serviços de caixa automático 24hs. Já na década de 70, disponibiliza seus primeiros ATMs. Em 1991, começa sua parceria com a Procomp no Brasil. Depois de oito anos de namoro, adquire 100% das ações da empresa brasileira, período em que apresenta o primeiro ATM do mercado com dispositivo biométrico de reconhecimento de iris.

“A trajetória da Diebold revela solidez e valores extremamente importantes. O maior deles é seu talento para ouvir os clientes de todas as partes do mundo. O segundo mais importante, decorrente do primeiro, é sua sabedoria para reconhecer que cada país, cada mercado tem suas idiossincrasias e deve ser respeitado e atendido”, encerra Abud.

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