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25/03/2009 - 08:56

Celpa implantará projetos-piloto para geração de energia no Marajó

A concessionária investe na geração de energia limpa, utilizando como matérias-primas o vento, o sol e até mesmo lixo.

A Celpa está desenvolvendo novos modelos de gestão para levar energia elétrica a comunidades isoladas do estado do Pará. Os modelos serão avaliados com a implantação de dois projetos-piloto na Ilha do Marajó, no nordeste do Pará. Os projetos vão atender os locais com eletricidade gerada por fontes renováveis de energia. Um deles será implantado na comunidade de Santo Antônio, no município de Breves, por meio de termelétrica a biomassa, enquanto o outro será desenvolvido em Araras, localizada em Curralinho, baseado em sistema híbrido solar-eólico-diesel.

No projeto da comunidade Santo Antônio, serão implementados dois tipos de sistemas: uma usina de geração utilizando biomassa como combustível, que atenderá cerca de 54 famílias moradoras de uma das margens do rio; e sistemas individuais fotovoltaicos, cujos painéis solares produzirão energia para 6 famílias da outra margem. A Celpa já recebeu a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a implantação do sistema e fez a aquisição de parte dos equipamentos necessários para isso. De acordo com o cronograma da concessionária, a instalação dos sistemas será realizada nos meses de novembro e dezembro deste ano.

O sistema terá 50kW de potência instalada que produzirá energia elétrica com qualidade 24 horas por dia, por meio de uma usina de geração a biomassa com queima direta de resíduos vegetais produzidos pela serraria da comunidade. O processo é baseado no ciclo vapor, no qual o lixo em estado natural é queimado na fornalha de uma caldeira que produz vapor para alimentar uma turbina. A energia mecânica aciona um gerador de energia. Materiais como pó de serragem, caroços de açaí, cascas de árvores, pedaços de madeira ou qualquer outro material a base de carbono também podem ser utilizados no processo de queima. Neste caso, a biomassa utilizada será serragem, aparas e costaneiras.

Com o novo sistema, os moradores de Santo Antônio não precisarão mais depender da luz elétrica cedida pela serraria existente na comunidade, que possui gerador a diesel, e o fornecimento dura em torno de quatro horas.

Em Araras serão implantados um sistema híbrido de energia e três sistemas fotovoltaicos, que atenderão a demanda no local, que é de aproximadamente 10 kW: o sistema híbrido é composto por um aerogerador, no qual a geração de energia se dará por turbinas eólicas que geram energia a partir da velocidade do vento, módulos fotovoltaicos, cuja energia é gerada a partir da radiação solar, um banco de baterias e um grupo gerador diesel de reserva, projetado para operar como backup somente nos períodos de pequena disponibilidade de recursos eólicos e solares, visto como complemento para a geração de energia com fontes alternativas, que serão as principais fontes. Os sistemas puramente fotovoltaicos serão constituídos por painéis fotovoltaicos e bancos de bateria.v

“Os sistemas propostos empregam tecnologia de ponta para conversão das fontes renováveis de energia eólica e solar, visando reduzir o número de horas de operação de grupos geradores diesel a um mínimo e evitar o consumo excessivo de óleo diesel, bem como a diminuição do consumo de óleo lubrificante e produção de resíduos sólidos como borra, filtros e outros, além de diminuir os riscos de vazamentos durante o transporte, armazenagem, transferência do óleo diesel e lubrificante”, avalia Giorgiana Pinheiro, do Departamento de Engenharia e Planejamento da Celpa.

Os projetos também poderão gerar empregos, uma vez que os moradores da Comunidade Santo Antônio receberão treinamento para atuar tanto na usina quanto nos sistemas individuais fotovoltaicos (solar). No final do ano passado, os moradores participaram de capacitação para atuar em sistemas a vapor realizada por técnicos da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Breves, ao longo do ano de 2009 serão realizados outros treinamentos.

Em Araras, a previsão é de 78 unidades consumidoras, sendo 64 residências, quatro igrejas, três unidades destinadas para a escola, dois depósitos, dois comércios, um salão comunitário, um posto de saúde e uma casa pastoral. Em Santo Antônio, o projeto atenderá 44 unidades consumidoras, sendo 39 residências, duas igrejas, uma escola, e o excedente atenderá parte da demanda da serraria e fábrica de vassouras da comunidade.

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