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26/03/2009 - 10:10

Custos da praticagem preocupam governo e Centronave

A praticagem brasileira custa caro para o exportador e importador, atestou recente trabalho do Centro de Estudos em Gestão Naval (CEGN) da Universidade de São Paulo (USP). A instituição coloca os custos deste serviço entre os mais altos da navegação brasileira. Para o Centronave, o setor produtivo nacional não pode conviver com custos desnecessários, que minam a sua competitividade.

"Nós consideramos estudos deste tipo fundamentais para que o Brasil possa, de fato, adequar as suas operações logísticas aos desafios de um mundo cada vez mais globalizado. Hoje, a competitividade e a produtividade devem ser uma preocupação permanente não somente do setor privado como também de governantes e de entidades que representam profissionais que, de alguma forma, prestam serviços atinentes à atividade portuária", afirma o diretor-executivo do Centronave, Elias Gedeon.

O estudo do CEGN compara os preços da praticagem no Brasil com as de outros países. Elias Gedeon sugere que sejam analisados, com rigor, os custos das praticagens informados no estudo da CEGN como ponto de partida para um amplo debate.

"É preciso fazer as análises comparando-se custos da praticagem no Brasil com os custos de praticagens no exterior. Em todo caso, levando-se em conta estritamente os custos portuários no país, a praticagem representa em torno de 50% dos mesmos", afirma.

Para Gedeon, é preciso lembrar que o estudo foi realizado por uma entidade idônea e de credibilidade. Por essa razão merece ser observado por todos os atuantes da cadeia logística e, em especial, pela própria categoria.

O diretor-executivo do Centronave afirma que não está em dúvida a qualidade do serviço prestado pelos práticos. Porém, os preços altos, em comparação ao exterior, e o fato de não haver chance de livre escolha de serviço, por parte dos armadores, são fatores que devem ser imediatamente revistos, em prol do desenvolvimento do comércio exterior brasileiro.

Quanto à recente declaração do ministro da Secretaria Especial dos Portos (SEP), Pedro Brito, de que a praticagem é um monopólio, Gedeon entende que o comentário revela a legítima preocupação do Poder Público com a questão.

"O Governo Federal, em linhas gerais, tem dado demonstrações de estar ciente quanto aos desafios do setor de navegação e das necessidades da infraestrutura portuária. Pensamos que as discussões são importantes como meio para se encontrar uma solução que assegure a qualidade e a segurança dos serviços prestados a custos compatíveis com a realidade do nosso país", ressalta.

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