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26/03/2009 - 11:49

Contabilistas na era da sustentabilidade

Nas últimas décadas, o mundo desenvolveu maior percepção sobre a importância de administrar, correta e racionalmente, o uso de recursos naturais – renováveis ou não. O conceito aplica-se não só ao desenvolvimento das atividades econômicas, como à estruturação de uma nova postura de vida. Assim, pudemos observar o surgimento de forte consciência social sobre a importância do controle das organizações, na busca de informações referentes ao exercício produtivo e de que cuidados tomam, durante o processo, para zelar pelo desenvolvimento sustentável social, ambiental e econômico da corporação, sem esquecer das sociedades e meios em que estão inseridas.

Somado a esse movimento, está outro que, igualmente, manifesta-se em ritmo intenso e frenético. O progresso tecnológico permitiu às empresas ampliar grandemente sua produção. Ao mesmo tempo, oferece à sociedade ferramentas de observação plena das atitudes tomadas por aquelas instituições. Neste contexto, é natural que a gestão ambiental ganhe cada vez mais destaque em organizações públicas e privadas, que têm demonstrado cada vez mais preocupação com a questão.

A seriedade do assunto fez emergir novos tipos de profissionais, integrado com as questões socioambientais e capaz de responder às dúvidas de empreendedores e, naturalmente, de toda a sociedade sobre os impactos no meio ambiente decorrentes do desenvolvimento de sua atividade.

Obviamente, o contabilista não poderia manter-se alheio a essas impetuosas transformações sociais e também passou a participar deste processo. O seu papel foi o de assessorar com relatórios contábeis e financeiros os gestores ambientais no seu dia a dia. A função de identificar, quantificar e demonstrar os custos ambientais e seus impactos financeiros na organização, bem como todo o investimento realizado com o objetivo de promover o contingenciamento na área ambiental, é de suma importância nos dias de hoje.

O papel transcende também na tarefa de apresentar à sociedade todo o resultado relacionado ao controle, os gastos e a aplicação de recursos visando à sustentabilidade socioambiental. O exercício da demonstração da situação das organizações em seus aspectos financeiros e toda a influência que ela exerce dentro e fora da organização exige dos contabilistas ética profissional e transparência, atributos fundamentais da realização da atividade.

Por meio dos balanços que produz, a empresa é capaz de comunicar à sociedade quais projetos e iniciativas foram adotados pela empresa, minimizando os riscos de que surjam crises geradas por conta do controle das organizações por parte dos públicos com os quais ela se relaciona.

Apesar de não haver, ainda, obrigatoriedade para publicação de balanços ambientais, muito em breve, entretanto, deverá surgir um projeto legislativo que forçará a apresentação anual do referido demonstrativo. Quando isto for concretizado, o contador representará um protagonista-chave, capaz de assegurar a qualidade das informações contábeis ambientais dos balanços, auxiliando diretamente os gestores na tomada de decisão. Desta forma, o contabilista deverá ter competência para descrever ativos e passivos ambientais, independente das suas qualificações e responsabilidades atuais.

. Por: Vagner Jaime Rodrigues é especialista em controladoria, gestão empresarial e gestão de outsourcing; sócio da Trevisan Outsourcing e professor da Trevisan Escola de Negócios. | Email: [email protected]

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