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24/03/2007 - 08:19

Embraer obteve lucro de R$ 215,6 milhões no 4º trimestre de 2006


No exercício de 2006 a receita líquida foi R$ 8.342,4 milhões, com lucro líquido de R$ 621,7 milhões, o que corresponde a um lucro por ação de R$ 0,84028, com destaques para expansão de clientes incluindo companhias como a norte-americana Northwest Airlines dos EUA, a Virgin Blue Airlines da Austrália, a Sirte Oil da Líbia, a Air Caraibes de Guadalupe, e a Kenya Airways do Quênia. Também reafirmou o seu compromisso em ser um dos grandes fabricantes de aeronaves no mercado de aviação executiva lançando em outubro o Lineage 1000, um jato executivo para a categoria ultra-large baseado na plataforma do Embraer 190.

São José dos Campos (SP) – A Embraer (Bovespa: EMBR3, NYSE: ERJ), empresa líder na fabricação de jatos comerciais com até 120 assentos, apresentou no quarto trimestre de 2006 (4T06), receita líquida de R$ 2.330,1 milhões e lucro líquido de R$ 215,6 milhões, correspondente a um lucro por ação de R$ 0,29135. No exercício de 2006 a receita líquida foi R$ 8.342,4 milhões, com lucro líquido de R$ 621,7 milhões, o que corresponde a um lucro por ação de R$ 0,84028.

No 4T06 a Embraer registrou 75 novos pedidos firmes de aeronaves para o segmento de Aviação Comercial, somando mais de 225 novos pedidos firmes no ano de 2006. A base de clientes da empresa expandiu-se nesse trimestre com a inclusão de companhias como a norte-americana Northwest Airlines dos EUA, a Virgin Blue Airlines da Austrália, a Sirte Oil da Líbia, a Air Caraibes de Guadalupe, e a Kenya Airways do Quênia. As vendas de jatos executivos também mostraram bom desempenho no 4T06 para todos os modelos oferecidos pela Empresa, com destaque para a família Phenom com mais de 350 ordens firmes com base em 31 de dezembro de 2006. A carteira de pedidos firmes da Embraer no final de 2006 atingiu o nível recorde de US$ 14,8 bilhões, 11,3% maior que o trimestre anterior. A família Embraer 170/190 continua mostrando um bom desempenho de vendas, tendo acumulado um total de 619 pedidos firmes e 568 opções de compra.

Em decorrência das dificuldades verificadas no aumento da cadência de produção das aeronaves Embraer 190 e Embraer 195, especialmente em relação à montagem da asa e a atrasos na cadeia de suprimentos, a Embraer entregou 37 aeronaves no último trimestre de 2006, totalizando 130 entregas no ano todo. Devido às ações tomadas e os resultados esperados, a Empresa alterou a sua previsão de entregas de 150 para 165 a 170 aeronaves em 2007.

A receita líquida do 4T06 caiu 14,6% quando comparada ao quarto trimestre de 2005 (4T05). No 4T06 foram entregues 37 aeronaves, 7,5% a menos que igual período do ano anterior, quando a Embraer entregou 40 jatos. O menor número de aeronaves entregues foi reflexo direto das dificuldades relacionadas à cadeia produtiva citadas anteriormente. No 4T06 a receita líquida da Embraer totalizou R$ 2.330,1 milhões, abaixo dos R$ 2.727,6 milhões registrados no 4T05. No exercício 2006, a receita líquida totalizou R$ 8.342,4 milhões, 8,7% a menos que os R$ 9.133,3 milhões do exercício de 2005.

A margem bruta de 23,5% registrada no 4T06 apresentou crescimento em relação aos 22,4% apresentados no 4T05. Apesar das adversidades já reportadas, enfrentadas em relação às entregas de aeronaves, a Empresa ficou exposta a uma volatilidade menor na moeda, tendo o Real valorizado na média 10,55% no período. No exercício de 2006, a margem bruta foi 24,6%, superior aos 23,7% do exercício de 2005, justificadas pelos mesmos motivos anteriormente citados.

No 4T06 as despesas operacionais incluindo a Participação dos Empregados nos Lucros e Resultados (PLR) somaram R$ 413,9 milhões, mostrando redução de 9,7% em relação aos R$ 458,2 milhões apurados no 4T05, em função do menor número de aeronaves entregues na comparação entre os trimestres, bem como à menor provisão de PLR. A margem operacional da Empresa ficou em 5,7% do 4T06, mostrando estabilidade em relação aos 5,6% apresentados no 4T05. No exercício de 2006, a despesas operacionais registraram um aumento de 12,7%, totalizando R$ 1.404,1 milhões, enquanto que em 2005 o total apurado foi de R$ 1.245,8 milhões.

O destaque ficou por conta do aumento de 35,1% nas despesas comerciais passando de R$ 617,4 milhões em 2005 para R$ 813,7 milhões em 2006, devido às contratações de executivos para reforçar o time de vendas da Aviação Executiva, da agressiva estratégia de marketing implementada para divulgar os novos produtos desse mercado, e ainda ao suporte dado a alguns clientes devido ao início das operações comerciais do Embraer 190, contando ainda que em 2006 não ocorreram reversões de provisões de despesas comerciais como em 2005. As despesas administrativas mantiveram-se estáveis, encerrando 2006 em R$ 512,7 milhões, comparadas aos R$ 483,2 milhões registrados em 2005.

O resultado líquido do 4T06 foi de R$ 215,6 milhões, com margem líquida de 9,3%, apresentando melhoria quando comparado aos R$ 205,2 milhões apurados no 4T05 que representaram uma margem líquida de 7,5%. Já o resultado líquido do exercício de 2006 foi 12,3% menor que o exercício anterior, ao compararmos os R$ 621,7 milhões apurados no ano de 2006 com os R$ 708,9 milhões de 2005. A margem líquida em 2006 foi 7,5%, portanto abaixo dos 7,8% registrados em 2005.

Destaques de 2006 - Em 2006, a Embraer atingiu uma importante etapa do programa da família de jatos Embraer 170/190, obtendo a certificação e iniciando as entregas do jato Embraer 195, a maior aeronave já produzida pela Companhia. A Embraer reafirmou o seu compromisso em ser um dos grandes fabricantes de aeronaves no mercado de aviação executiva lançando em outubro o Lineage 1000, um jato executivo para a categoria ultra-large baseado na plataforma do Embraer 190. Ainda no segmento da Aviação Executiva, a Embraer reportou mais de 350 vendas firmes de aeronaves da família Phenom, lançada em maio de 2005.

O segmento de Aviação Comercial registrou em 2006, mais de 225 novas ordens firmes encerrando o ano com US$ 14,8 bilhões em pedidos firmes. A carteira de clientes da Embraer continuou se diversificando com a entrada da AeroRepublica da Colômbia, da Royal Jordanian Airlines da Jordânia, da Mandarin Airlines de Taiwan, da Egypt Air do Egito, do grupo HNA da China, da Northwest Airlines dos Estados Unidos, da Virgin Blue da Austrália, da Sirte Oil da Líbia, da Air Caraibes de Guadalupe e da Kenya Airways do Quênia, confirmando o sucesso da família Embraer 170/190.

A Embraer tornou público o seu desapontamento no início do ano de 2006 quando o programa ACS (Aerial Common Sensor), destinado a fornecer aeronaves de patrulha e reconhecimento ao exército norte-americano, foi cancelado. A plataforma do ERJ 145, jato comercial de 50 assentos, havia sido escolhida como vencedora, mas devido a mudanças nos requisitos do projeto, essa plataforma tornou-se tecnicamente inviável.

Também no início do ano de 2006, a Embraer recebeu da agência de classificação de risco Standard and Poor’s a classificação BBB-, considerada grau de investimento, concluindo assim o processo de análise de risco da Empresa iniciado no final de 2005, quando recebeu da agência Moody’s a classificação Baa3, também considerada grau de investimento.

Em março de 2006, a Assembléia Geral de Acionistas aprovou a reorganização societária da Embraer, transformando todas as ações em circulação em ações ordinárias com direito a voto e 100% de Tag-Along, o que assegura a todos os acionistas direitos iguais em caso de aquisição do controle da Empresa. Essa reestruturação foi considerada a operação societária mais importante na Empresa desde a sua privatização em 1994. Com isso, a Embraer tornou-se a primeira empresa brasileira de grande porte a ter o controle pulverizado, eliminando o acordo de acionistas entre os antigos controladores.

Em meados de 2006, verificando a manutenção das dificuldades em relação à sua cadeia de suprimentos, principalmente problemas relacionados à montagem final das asas das aeronaves Embraer 190 e Embraer 195, a Embraer e a Kawasaki Heavy Industries (KHI) assinaram um acordo de transferência da fabricação e montagem final das asas dos referidos modelos para a Embraer, visando o processo de aumento da cadência de produção das aeronaves da família Embraer 170/190 em andamento na Empresa.

O mês de junho também foi marcado pelo corte da primeira peça de metal do Phenom 100, jato ultra-leve que tem o primeiro vôo previsto para 2007. O cronograma de desenvolvimento dessa aeronave segue conforme previsto.

O Conselho de Administração da Embraer aprovou em reunião realizada em 6 de agosto de 2006 a indicação de Frederico Fleury Curado como sucessor de Maurício Botelho na presidência da Empresa, a ser eleito em abril de 2007, quando Mauricio Botelho continuará exercendo a função de Presidente do Conselho de Administração, posição que ocupa desde março de 2006 e com mandato até abril de 2009.

Buscando otimizar a administração das suas posições de caixa e endividamento, a Embraer concluiu em agosto de 2006 uma linha de crédito rotativo do tipo stand-by no valor de US$ 500 milhões com um sindicato de bancos liderados pelo BNP Paribas. A Empresa também emitiu US$ 400 milhões em bônus no mercado internacional em outubro de 2006, com vencimento de 10 anos, mudando assim o perfil do endividamento.

No mês de outubro a Embraer participou da National Business Aviation Association (NBAA), onde foi reiterado o comprometimento da Empresa com a expansão dos negócios na área de Aviação Executiva. Parcerias estratégicas com a empresa canadense CAE, e com as instituições financeiras Bank of América e US Bank Equipment Finance Multi Service Aviation, foram anunciadas para melhor atender às demandas desse diferenciado mercado, que vão desde serviços de treinamento para pilotos, implementação de novos centros de serviços próprios, certificação de centros de serviços de terceiros, seleção de empresas para distribuição de peças de reposição, até a criação de soluções de financiamento especialmente desenhadas para as aeronaves da família Phenom.

EBTDA - O EBITDA, de acordo com o Oficio Circular CVM no.1/2005 representa o lucro líquido adicionado de receitas (despesas) financeiras líquidas, imposto de renda e contribuição social, depreciação e amortização, receitas (despesas) não operacionais, participações minoritárias e equivalência patrimonial.

Entregas, Receita Líquida e Margem Bruta. - No 4T06 foram entregues 37 jatos, 7,5% a menos que as 40 unidades entregues no 4T05. O faturamento líquido registrado no 4T06 foi de R$ 2.330,1 milhões, 14,6% menor em relação aos R$ 2.727,6 milhões apurados no 4T05, justificado principalmente pelo menor número de aeronaves entregues. Na comparação entre os exercícios a queda foi de 8,7%, pois em 2006 a receita líquida de vendas apurada pela Embraer foi de R$ 8.342,4 milhões enquanto em 2005 a mesma totalizou R$ 9.133,3 milhões.

Entregas identificadas em parênteses representam leasing operacional - A receita líquida do segmento de Aviação Comercial representou 59,3% do total das receitas da Embraer no 4T06, enquanto os outros segmentos da Empresa representaram 40,7% da receita total, comparados a uma participação de 34,1% em igual período de 2005. A Embraer continua empenhando-se na diversificação das suas receitas, e no exercício de 2006, a participação da receita líquida do segmento de Aviação Comercial totalizou 64,3% comparada a uma participação de 71,5% no total das receitas em 2005.

3º Trimestre - A receita do segmento de Defesa e Governo apresentou redução na sua participação sobre o total das receitas da Embraer no 4T06, totalizando R$ 160,7 milhões, comparado aos R$ 275,8 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. Na comparação entre os exercícios de 2006 e 2005, a variação na receita de vendas foi de 50,3% passando de R$ 989,7 milhões em 2005 para R$ 492,0 milhões em 2006. A variação apresentada é conseqüência do andamento dos contratos em carteira, uma vez que o reconhecimento de receita relativa ao mercado de Defesa e Governo se dá em função da etapa em que o contrato se encontra e não no momento da entrega da aeronave, salvo em casos como a entrega de aeronaves para companhias aéreas estatais e de transporte de autoridades.

Com a entrega de 10 aeronaves Legacy 600 no 4T06, quatro a mais que no 4T05, a receita do segmento de Aviação Executiva atingiu R$ 479,9 milhões, representando um aumento de 72,1% na comparação com R$ 278,8 milhões apurados no 4T05. A área de Aviação Executiva encerrou o período de 2006 com receita de R$ 1.309,4 milhões apresentando um crescimento de 99,7% em comparação aos R$ 655,7 milhões registrados em 2005.

O segmento de Serviços aos Clientes e Outros registrou faturamento de R$ 307,4 milhões no 4T06, abaixo da receita de R$ 376,5 milhões registrada no 4T05. No entanto, no exercício de 2006 a receita desse segmento foi de R$ 1.174,7 milhões, mostrando um crescimento absoluto de 22,4% em relação aos R$ 960,0 milhões apurados em 2005 refletindo o aumento das nossas instalações de manutenção em Nashville, EUA e as receitas da OGMA em Portugal.

A margem bruta de vendas no 4T06 foi de 23,5%, maior que a margem de 22,4% obtida em igual período do ano anterior. Em função da desvalorização média do dólar norte americano frente ao Real de 10,55% verificada no exercício de 2006, a margem bruta da Embraer manteve-se sobre pressão, e atingiu 24,6%, pouco superior aos 23,7% registrada no ano anterior. É importante ressaltar, que os atrasos de fornecimento de peças para a produção das aeronaves da família EMBRAER 170/190, provocaram o aumento do tempo de produção com a maior permanência das aeronaves nas docas de produção, aumentando os custos industriais, conseqüentemente afetando a margem bruta da Empresa no período.

Despesas Operacionais e Lucro Operacional - As despesas operacionais, incluindo a Participação dos Empregados nos Lucros e Resultados (PLR), totalizaram R$ 413,9 milhões no 4T06, 9,7% abaixo dos R$ 458,2 milhões apurados no 4T05. As despesas administrativas somaram R$ 180,9 milhões no 4T06 comparadas a R$ 150,4 milhões apurados no 4T05. As despesas comerciais totalizaram R$ 162,1 milhões no 4T06, representando uma queda de 24,3% em relação aos R$ 214,0 milhões no 4T05, diferença essa atribuída ao menor número de aeronaves entregues pelo segmento de Aviação Comercial na comparação entre os períodos e a reversão da provisão de garantias financeiras no 4T06. Na comparação entre o ano de 2006 e 2005, o comportamento das despesas administrativas foi estável atingindo R$ 512,7 milhões e R$ 483,2 milhões respectivamente. Já as despesas comerciais apresentaram crescimento de 31,8%, passando de R$ 617,4 milhões em 2005 para R$ 813,7 milhões em 2006, devido às contratações de pessoal e às campanhas de marketing voltadas principalmente para a área de Aviação Executiva e ao suporte dado ao início das operações comerciais do Embraer 190 para alguns de nossos clientes, contando ainda que em 2005 ocorreram reversões de provisões de despesas comerciais.

A conta Outras (Despesas) Receitas Operacionais Líquidas apresentou no 4T06 despesa de R$ 33,7 milhões comparada a uma despesa de R$ 45,0 milhões no 4T05, principalmente devido ao recebimento de seguros das perdas registradas em conseqüência do vendaval que atingiu a Empresa no início de 2006. Na comparação entre os exercícios de 2005 e 2006 a redução chegou a 43,4% quando a mesma atingiu R$ 78,2 milhões em 2006, em comparação a R$ 138,3 milhões em 2005, justificada entre outros fatores por receitas relativas a pleitos tributários encerrados no período.

O lucro operacional da Embraer antes das receitas e despesas financeiras foi de R$ 132,7 milhões no 4T06, ante R$ 151,8 milhões apurados no 4T05. A margem operacional atingiu 5,7% no 4T06, muito próxima dos 5,6% apurados no 4T05. No exercício de 2006, o lucro operacional da Embraer foi R$ 546,9 milhões, com margem operacional de 6,6%, abaixo dos R$ 787,2 milhões que representaram margem operacional de 8,6% em 2005, explicado pelo menor número de aeronaves entregues e pelo aumento das despesas.

A variação do Lucro Líquido - No 4T06 a Embraer apresentou uma receita financeira líquida de R$ 92,5 milhões, maior que os R$ 44,7 milhões apurados no 4T05, decorrente além de outros fatores, do maior saldo de caixa líquido disponível no período. Durante o ano de 2006 a Embraer apresentou uma sólida posição de caixa líquido que contribuiu para uma receita financeira líquida de R$ 293,9 milhões enquanto em 2005 a receita financeira líquida foi R$ 67,5 milhões.

A Embraer registrou no 4T06 uma receita com variações monetárias e cambiais de R$ 29,2 milhões, ante uma despesa de R$ 4,9 milhões apresentada em igual período do ano passado. Tal oscilação é explicada pelo impacto de variações cambiais sobre ativos e passivos denominados em outras moedas. Já no somatório dos 12 meses de 2006, a Empresa apurou uma despesa com variações monetárias e cambiais de R$ 28,6 milhões enquanto no mesmo período de 2005 apuramos uma receita de R$ 44,1 milhões.

A despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social foi de R$ 9,4 milhões no 4T06, comparada com uma receita de R$ 14,5 milhões no 4T05. A taxa efetiva de imposto apurada no 4T06 foi de 4,0% comparada à taxa de 7,0% no 4T05.

Para o exercício de 2006 a taxa efetiva de imposto apurada foi de 19,5%, mantendo-se estável quando comparada à taxa efetiva de imposto de 19,7% apurada em 2005.

O Lucro Líquido apresentado pela Embraer no 4T06 foi de R$ 215,6 milhões, com margem líquida de 9,3%, totalizando para o exercício do ano R$ 621,7 milhões e margem líquida de 7,5%, apresentando crescimento na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior quando o lucro líquido foi R$ 205,2 milhões e a margem líquida 7,5%, mas diminuindo na comparação como exercício de 2005, quando o lucro líquido foi R$ 708,9 milhões e a margem líquida 7,8%.

Gestão financeira - Em 31 de dezembro de 2006 a posição de caixa da Embraer, incluindo aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários, totalizava R$ 3.774,0 milhões. Na mesma data, o endividamento total era de R$ 2.896,7 milhões. Assim, no final do 4T06, a Empresa apresentava uma posição de caixa líquido de R$ 877,4 milhões.

Contas a Receber e Estoques - A rubrica de contas a receber apresentou redução de R$ 234,5 milhões, ou 27,2% em relação ao trimestre anterior, passando de R$ 862,9 milhões no 3T06, para R$ 628,4 milhões no 4T06, refletindo a recuperação do mercado de financiamento de aeronaves civis reduzindo a necessidade da participação da Empresa em estruturas temporárias de financiamento de vendas.

Os estoques apresentaram crescimento de R$ 273,0 milhões na comparação entre o 3T06 e o 4T06, totalizando R$ 4.683,0 milhões em 31 de dezembro de 2006. Esse crescimento decorre do representativo número de aeronaves em fase final de produção e dos estoques necessários ao aumento da cadência de produção.

Endividamento - No 4T06, o endividamento da Embraer diminuiu R$ 582,5 milhões, encerrando o período em R$ 2.896,7 milhões. O endividamento de curto prazo representou 37,2% do total das linhas de crédito da Empresa no 4T06 enquanto no 3T06 correspondia a 47,6%.

Buscando melhor gerenciar o seu endividamento, a Embraer concluiu no mês de outubro a emissão de US$ 400 milhões em bônus no mercado internacional, que em conjunto com a linha de crédito sindicalizado na modalidade standby de US$ 500 milhões reportada no último trimestre, alterou o perfil do endividamento da Empresa bem como possibilitou o melhor balanceamento entre disponibilidades e obrigações e a redução do custo total da sua dívida.

No 4T06, 22,2% do endividamento total estava denominado em Reais, a um custo médio ponderado de 9,12% ao ano, enquanto os restantes 77,8% estavam denominados em moedas estrangeiras, basicamente em Dólares, estando sujeitos a juros médios ponderados de Libor + 1,69% ao ano, acrescidos da variação cambial. O prazo médio do endividamento da Embraer é de 4,4 anos.

Caixa - Do total do caixa no 4T06, que inclui aplicações financeiras de curto prazo e títulos e valores mobiliários, totalizando R$ 3.774,0 milhões, 50,9% são aplicações denominadas em Reais e os restantes 49,1% em moeda estrangeira, principalmente em Dólar. A estratégia de investimento do caixa da Embraer está baseada no equilíbrio entre ativos e passivos quanto à exposição cambial e na perspectiva dos investimentos futuros que são em sua maioria realizados em Reais.

A posição total de caixa da Embraer, que inclui aplicações financeiras de curto prazo e títulos e valores mobiliários, caiu R$ 807,1 milhões no 4T06 em função também da liquidação de linhas de crédito de curto prazo.

Investimentos em P&D e produtividade: Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)-No 4T06 foram investidos R$ 135,4 milhões no desenvolvimento e acompanhamento de novos e atuais projetos das diversas áreas da Empresa e, em especial, nos novos projetos lançados pelo segmento de Aviação Executiva. A Embraer busca constantemente o aperfeiçoamento de seus produtos para a geração de valor aos operadores e usuários das suas aeronaves, fonte de geração dos seus resultados e criação de valor aos seus acionistas.

Produtividade e Capacitação Industrial -Os investimentos realizados em capacitação industrial da Empresa, incluindo melhorias e modernização dos processos industriais e de engenharia, máquinas e equipamentos totalizaram R$ 46,6 milhões no 4T06, com investimentos direcionados ao aumento da cadência de produção das aeronaves da família Embraer 170/190, bem como os investimentos na produção dos jatos executivos Phenom.

Informações complementares em US GAAP - A Embraer, nessa mesma data, também divulgou os resultados do 4T06 e do exercício 2006 de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (US GAAP). A seguir, são apresentados alguns dos resultados consolidados em US GAAP, em Dólares.

A receita líquida no 4T06 foi de US$ 1.084,1 milhões, totalizando US$ 3.807,4 milhões no exercício 2006; # O lucro bruto apurado no 4T06 foi de US$ 297,7 milhões correspondendo a uma margem bruta de 27,5%. No exercício 2006 o lucro bruto foi de US$ 1.071,2 milhões e a margem bruta foi 28,1%; # O lucro operacional no 4T06 foi de US$ 76,3 milhões, com uma margem operacional de 7,0%. No exercício 2006, o lucro operacional foi US$ 307,7 milhões e a margem operacional foi 8,1%; # No 4T06, o lucro antes dos impostos totalizou US$ 114,2 milhões, representando 10,5% da receita líquida, No exercício 2006, o lucro antes dos impostos totalizou US$ 444,2 milhões representando 11,7% da receita líquida; # O imposto de renda e a contribuição social totalizaram receita de US$ 15,0 milhões no 4T06 e despesa de US$ 44,4 milhões no ano de 2006, representando uma taxa efetiva de imposto de 10,0% nesse período; # O lucro líquido no 4T06 foi de US$ 124,4 milhões, com uma margem líquida de 11,5%. Em 2006, o lucro líquido totalizou US$ 390,1 milhões, com margem líquida de 10,2%.

Mercados de aviação comercial, executiva, e de defesa e governo - A Embraer anunciou em 5 de outubro de 2006 que a Northwest Airlines encomendou 36 jatos Embraer 175, com opção de compra para mais 36 aeronaves do mesmo modelo e direitos de compra de outras 100 aeronaves. Os novos E-Jets serão operados pela Compass Airlines, subsidiária da Northwest, e irão voar nas cores da Northwest Link. O início das entregas está previsto para o segundo trimestre de 2007.

No dia 2 de novembro de 2006, A Embraer anunciou que a empresa aérea australiana Virgin Blue Airlines Pty Ltd. encomendou 14 E-Jets para apoiar sua expansão nos mercados doméstico e regional pelas ilhas do sul do Pacífico. O acordo incluiu três jatos Embraer 170 e 11 Embraer 190, e mais opções para seis aeronaves. Trata-se do primeiro pedido de E-Jets da Embraer feito por uma empresa aérea regular da Austrália. Após confirmar em 29 de novembro de 2006 o exercício das últimas quatro opções da encomenda inicial feita em julho de 2004, a empresa finlandesa Finnair passará a operar também o Embraer 190, aumentando a sua frota para 20 EJets.

A Embraer anunciou no dia 5 de dezembro de 2006 que a Sirte Oil Company encomendou um jato Embraer 170, tornando-se o primeiro cliente da Embraer na Líbia. O pedido firme já havia sido incluído na carteira da Embraer como “cliente não divulgado” e a entrega está prevista para março de 2007.

No dia 18 de dezembro de 2006, a Embraer assinou um contrato com a Air Caraibes, de Guadalupe, para a venda de um jato Embraer 190. A entrega da aeronave está prevista para o final de 2007 e o negócio inclui ainda uma opção de compra de outro avião do mesmo modelo.

A Embraer anunciou em 21 de dezembro que a Kenya Airways escolheu o jato EMBRAER 170 para aumentar sua frota atual, dando continuidade à expansão da sua malha aérea. A empresa, com base na cidade de Nairóbi, Quênia, irá operar três jatos Embraer 170 sob contrato de leasing operacional com a GE Commercial Aviation Services (GECAS).

Mercado de Aviação Executiva - No mês de outubro a Embraer participou da National Business Aviation Association (NBAA), realizada em Orlando, Flórida. Nesta feira o comprometimento da Empresa com a expansão dos negócios na área de Aviação Executiva foi reiterado por meio de anúncios de parcerias estratégicas para melhor atender às demandas desse diferenciado mercado que vão desde a criação de estruturas de financiamentos especialmente desenhadas para as aeronaves da família Phenom, até a implementação de novos centros de serviços próprios, certificação de centros de serviços de terceiros, seleção de empresas para distribuição de peças de reposição e serviços de treinamento para pilotos.

Também durante a NBAA, A Embraer anunciou que a Avantair, empresa líder em serviços de aeronaves compartilhadas, realizou um pedido para a compra 20 jatos executivos Phenom 100. O pedido firme da Avantair totaliza US$ 58 milhões a preços de lista, baseado nas condições econômicas de janeiro de 2005. O Phenom 100 deve entrar em serviço em meados de 2008 e a entrega da primeira aeronave para a Avantair está programada para junho de 2009.

Ainda na NBAA, a Embraer anunciou que a Wondair, baseada em Valencia, na Espanha, encomendou 24 jatos Phenom 100. A operadora espanhola de vôos privados também adquiriu opções para outras 12 aeronaves, que poderão ser convertidas em Phenom 100 ou Phenom 300.

Outro anúncio importante feito na NBAA foi a encomenda de 12 jatos Phenom 100 e quatro Phenom 300 pela Eagle Creek Aviation Services, fornecedora de serviços de venda, gestão e manutenção de aeronaves. O pedido inclui outras cinco opções conversíveis em jatos dos dois modelos. A primeira entrega deverá ocorrer no final de 2008 e a aeronave será administrada, mantida e operada pela Eagle Creek.

Para reafirmar o seu comprometimento em expandir seus negócios no segmento de Aviação Executiva, a Embraer anunciou na NBAA a ampliação da rede de centros de serviços autorizados para seus jatos executivos nos Estados Unidos e Europa. Até meados de 2008, a rede de apoio aos clientes da Empresa deverá ter sete centros de serviço próprios e 38 autorizados em todas as regiões do mundo. Os critérios para seleção dos centros de serviços foram localização, infra-estrutura, capacitação, flexibilidade e experiência na prestação de serviços de alta qualidade.

Mercado de Defesa e Governo - Em 21 de dezembro, a Embraer firmou com a União, por meio do Comando da Aeronáutica, contrato para desenvolvimento do protocolo de enlace de dados em rede LINK-BR2, que tem como função viabilizar a comunicação de dados entre aplicações complexas - tais como comando e controle, inteligência e monitoramento - utilizadas pela Força Aérea Brasileira (FAB). O projeto permitirá ainda futura implementação do sistema em outras plataformas.

Pedidos em carteira e previsão de entregas - A Embraer entregou 37 aeronaves no quarto trimestre de 2006, três a menos que o quarto trimestre de 2005. No ano de 2006 a Empresa entregou um total de 130 aeronaves, abaixo da previsão anterior de 135 aviões, em decorrência das dificuldades verificadas no aumento da cadência de produção dos jatos Embraer 190 e Embraer 195, especialmente em relação à montagem da asa e a atrasos na cadeia de suprimentos. Medidas adequadas já foram tomadas para superar essas dificuldades e, em 2007, as entregas devem ficar entre 165 e 170 unidades.

A carteira total de pedidos firmes da Embraer encerrou o ano de 2006 totalizando o valor recorde de US$ 14,8 bilhões.

Relações com investidores - No mercado doméstico as ações ordinárias da Embraer negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerraram o ano de 2006 cotadas a R$ 22,05, com valorização de 22,5% em relação ao fechamento de R$ 18,00 do dia 29 de dezembro de 2005. Por sua vez o índice Bovespa valorizou-se 32,9% no mesmo período de apuração, registrando fechamento a 44.474 pontos no dia 28 de dezembro de 2006, contra o fechamento de 33.456 pontos do dia 29 de dezembro de 2005.

Já as ADS (American Depositary Shares) da Empresa, representadas por quatro ações ordinárias e negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), atingiram a cotação de US$ 41,43 no último pregão de 2006, apresentando valorização de 6,0% em relação ao fechamento de US$ 39,10 de 30 de dezembro de 2005.

O volume médio diário das ações ordinárias (ON) da Embraer em 2006 foi de 558 mil títulos negociados, representando um volume financeiro médio diário de R$ 11,7 milhões, maiores que o volume médio diário de 199 mil títulos, e o volume médio financeiro diário de R$ 3,1 milhões registrados em 2005. O volume médio diário das ADS’s foi de 589 mil títulos negociados, equivalentes a uma média financeira diária de US$ 22,4 milhões durante o exercício de 2006, com crescimento frente ao volume médio diário negociado de 537 mil títulos, e o volume médio financeiro diário de US$ 18,2 milhões negociados durante 2005.

A partir do lucro líquido consolidado de R$ 621,7 milhões, a Embraer distribuiu aos seus acionistas em 2006, sob a forma de juros sobre capital próprio e dividendos, R$ 327,3 milhões equivalente a R$ 0,44 por ação ordinária. A distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio aos acionistas, foi aprovada pelo Conselho de Administração em cada trimestre e realizada em julho e outubro de 2006 e janeiro de 2007. A distribuição de proventos deste ano representou 52,7% do lucro líquido consolidado da Empresa, mantendo assim a sua política de distribuição aos seus acionistas acima do mínimo obrigatório de 25%.

Embraer conclui oferta secundária de ações ordinárias -A Embraer concluiu no dia 12 de fevereiro de 2007, uma operação de colocação de 72.903.806 ações ordinárias ao preço de R$ 21,35 por ação. A oferta oferecia possibilidade de ampliação em 15% no volume, sendo esse totalmente subscrito para atender à demanda, totalizando R$ 1.789.970.677,60 e 83.839.376 ações. Participaram da oferta como acionistas vendedores Previ, Sistel, Bndespar, EADS e Dassault Aviation. As ações distribuídas na Oferta Global representam aproximadamente 11,33% do total de ações de emissão da Companhia. Após a conclusão da oferta, a Embraer passou a ter 42,8% do seu capital negociado na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE) e o restante na Bovespa em São Paulo.

Embraer e M1 Travel firmam contrato para a compra de até 10 jatos Embraer 190 -A Embraer e a M1 assinaram em 26 de fevereiro de 2007, contrato para aquisição de cinco E-Jets do modelo Embraer 190, com opção de mais cinco aeronaves do mesmo modelo ou do Embraer 195, com maior capacidade, dependendo das necessidades de mercado. A M1 Travel Ltd. é subsidiária do M1,Group, um dos maiores acionistas da Flybaboo SA, sediada em Genebra, Suíça. A M1 arrendará à Flybaboo as três primeiras unidades do Embraer 190, com início das entregas previsto para 2008.

Programas dos jatos executivos Phenom completam etapas -A Embraer anunciou em 27 de fevereiro de 2007 que os programas Phenom 100 e Phenom 300 progridem conforme previsto. O protótipo do jato executivo Phenom 100 está sendo montado na Unidade Botucatu, onde a montagem das principais secções da fuselagem e estruturas já foi completada com sucesso. A montagem final do protótipo do Phenom 100 começará em março na principal unidade produtiva da Empresa, em São José dos Campos. O primeiro vôo do Phenom 100 está programado para meados de 2007, enquanto que sua certificação e entrada em operação deverão ocorrer em meados de 2008.

Embraer entrega primeiros jatos Embraer 175 à Republic Airlines - No início de março, a Embraer entregou os dois primeiros jatos Embraer 175 à operadora norte-americana Republic Airlines. Os E-Jets marcam a estréia desse modelo no mercado doméstico daquele país. A Republic Airlines tem 30 pedidos firmes para o Embraer 175 e as aeronaves serão operadas pela empresa com a marca US Airways Express.

O novo Embraer 175, configurado com 86 assentos em classe única, é o segundo modelo dos E-Jets da Republic Airlines a voar nas cores da US Airways Express. Em 2004, A US Airways Express foi o cliente-lançador, nos Estados Unidos, do Embraer 170.

Foto: (esq./dir.) Frederico Fleury Curado, vice-presidente executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Comercial; Mauricio Botelho, presidente do Conselho e diretor-presidente da Embraer; e Antonio Luiz Pizarro Manso, vice-presidente executivo Corporativo e de Relações com Investidores da Embraer

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