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27/03/2009 - 10:11

União Europeia investirá 1,6 milhões de euros em pesquisa de bioetanol no Brasil

As instituições pesquisam o desenvolvimento do bioetanol de segunda geração, o álcool fabricado a partir do bagaço de cana-de-açúcar, usado hoje somente na produção de energia elétrica.

São Paulo - A União Europeia (UE) irá investir 1,6 milhões de euros em pesquisas sobre desenvolvimento do bioetanol de segunda geração, realizadas por um grupo de cinco instituições nacionais.

O projeto envolve a Novozymes Latin America, fabricante de enzimas industriais, instalada em Araucária – PR, juntamente com a Universidade Federal do Paraná e o Centro de Tecnologia Canavieira, de Piracicaba – SP. As instituições pesquisam o desenvolvimento do bioetanol de segunda geração, o álcool fabricado a partir do bagaço de cana-de-açúcar, usado hoje somente na produção de energia elétrica.

Ainda fazem parte do projeto a Novozymes da Dinamarca, dos Estados Unidos e a Universidade de Lund, na Suécia. O investimento inclui a construção de um novo laboratório de pesquisa e desenvolvimento na Novozymes de Araucária, Região Metropolitana de Curitiba.

O objetivo do contrato de dois anos com a União Europeia é desenvolver uma tecnologia de biocombustível limpo e com boa relação custo-benefício. Esta é a maior ação em pesquisas já feita pela Novozymes, com a participação de cerca de 150 funcionários trabalhando em várias partes do mundo para a conversão da biomassa em etanol.

Steen Skjold-Jørgensen, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da Novozymes na Dinamarca informou que até 2010 a Novozymes vai disponibilizar em grande escala enzimas para fazer a conversão da biomassa obtida de resíduos agrícolas em etanol.

Segundo ele, “as pesquisas estão bastante adiantadas, mas com este apoio da UE iremos trabalhar para obter mais usando menos. Com o atual bioetanol, obtido da cana-de-açúcar nós podemos reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 90%, comparado com a gasolina. Ao utilizarmos o derivado de bagaço, podemos aumentar o rendimento por acre em cerca de 50%”.

Ele afirmou ainda que “está satisfeito com o interesse e o apoio que a União Européia, que apoia o projeto, o que seguramente irá acelerar as nossas metas para a conversão do bagaço de cana-de-açúcar em etanol a preços competitivos”.

No Brasil, ano passado, segundo a Agência Udop, foram produzidos 23 bilhões de litros de bioetanol derivado de cana-de-açúcar. Cerca de 3,8 bilhões de litros foram exportados e os 19,2 bilhões restantes foram usados para abastecer o setor de transporte brasileiro. Noventa por cento dos carros novos no Brasil utilizam o sistema flex que permite que os veículos funcionem com misturas que contêm até 100% de bioetanol.| Portugal Digital.

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