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28/03/2009 - 09:40

Síndrome da fadiga crônica: como a prática ortomolecular pode melhorar a qualidade de vida deste paciente?

A vida moderna é marcada por síndromes, todos conhecemos alguém que sofre com uma delas, ou com várias, concomitantemente... Síndrome da Fadiga Crônica, Síndrome de Burnout, Síndrome de Down, Síndrome das Pernas Inquietas, Síndrome Metabólica, Síndrome da Tensão Pré-Menstrual, Síndrome do Pânico...

Uma síndrome é um agregado de sinais e sintomas associados a uma mesma patologia, que, em seu conjunto, definem o diagnóstico e o quadro clínico de uma condição médica. Em geral, são um conjunto de determinados sintomas, de causa desconhecida ou ainda em estudos. “Uma síndrome não caracteriza necessariamente uma só doença, mas um grupo de doenças que atinge o indivíduo ao mesmo tempo”, explica o geriatra Eduardo Gomes de Azevedo, terapeuta ortomolecular e diretor da rede de Clínicas Anna Aslan.

Queixas mais comuns - “Ando muito cansado, doutor. De manhã, para levantar da cama é o maior sacrifício. Mal chego no trabalho, já quero voltar para casa.”

Os pacientes ficam tão prostrados que pentear os cabelos ou acompanhar um filme tornam-se tarefas penosas...

"Força!" É o que normalmente diríamos a um maratonista a poucos metros da reta final ou à pessoa que acaba de sofrer uma perda. E, em geral, o sujeito que precisa da força física ou psicológica responde ao estímulo, mesmo que leve algum tempo. “Mas incentivos desse tipo não surtem o menor efeito em portadores de fadiga crônica, síndrome que leva a pessoa a um grau de lentidão e cansaço avassalador. O cansaço é uma das cinco queixas mais freqüentes dos que procuram os clínicos gerais”, diz Eduardo Gomes.

Diante de queixas como estas, cabe ao médico encontrar uma causa que justifique a falta de disposição. As mais comuns costumam ser:· Doenças cardiovasculares (insuficiência cardíaca, arritmias, etc.) | · Doenças auto-imunes (lúpus, polimiosite, etc.) | · Doenças pulmonares (enfisema, quadros infecciosos, etc.) | · Doenças endócrinas (hipotireoidismo, diabetes, etc.) | · Doenças musculares e neurológicas | · Apnéia do sono e narcolepsia | · Abuso de álcool e outras drogas | · Obesidade n| · Depressão e outros distúrbios psiquiátricos | · Infecções | · Tumores malignos.

Cansaço não é fadiga crônica: A experiência mostra que um contingente expressivo de pessoas que se queixam de cansaço não se enquadra em nenhuma das doenças crônicas relacionadas acima. A tendência, nesses casos, é atribuir a queixa às atribulações da vida moderna: noites mal dormidas, alimentação inadequada, falta de atividade física, problemas psicológicos ou até mesmo à falta de vontade de trabalhar.

“Alguns desses pacientes, no entanto, sentem-se muito mal, excessivamente cansados, sentem-se incapazes de se concentrar no trabalho e executar as tarefas diárias. Inconformados, procuram diversos tratamentos, fazem uma via sacra pelos consultórios atrás de um médico que leve a sério seus problemas, que lhes ofereça uma esperança de melhora ou, pelo menos, uma explicação para o mal que os aflige”, conta o geriatra Eduardo Gomes.

O organismo dos fatigados crônicos, segundo o médico, sofre uma diminuição gradual da tolerância para atividades físicas e mentais. “A sua capacidade de realização fica reduzida em pelo menos 50%. Com isso, o impacto na vida social e profissional passa a ser inevitável. Ele acaba fazendo ajustes no cotidiano para evitar que o ritmo ‘marcha lenta’ seja visto como negligência por familiares e colegas. Mas é difícil disfarçar...”, diz.

Nos Estados Unidos, a Síndrome da Fadiga Crônica é questão de saúde pública. Segundo pesquisa da Chronic Fatigue Syndrome Association of America, 3% da população americana sofre de fadiga crônica comprovada. No Brasil, não há dados sobre sua incidência. Mas a Associação Americana da Síndrome da Fadiga Crônica estima que ela atinja 0,5% da população.

“Essa canseira extremada pode acometer ambos os sexos - com maior ocorrência entre mulheres - e todos os grupos étnicos, raciais e sócio-econômicos. Atinge geralmente adultos, entre 20 e 55 anos”, informa Eduardo Gomes.

No final dos anos 80, a Síndrome da Fadiga Crônica começou a ser estudada mais a fundo. Até o momento, nenhuma pesquisa comprovou a sua causa. “Na maioria das vezes, a doença se instala insidiosamente depois de um episódio de resfriado, gripe, sinusite ou outro processo infeccioso. Por razões desconhecidas, entretanto, a infecção vai embora, mas deixa sintomas de indisposição, fadiga e fraqueza muscular que melhoram, mas retornam periodicamente, em ciclos, durante meses ou anos”, explica o geriatra.

Distinção entre estresse, cansaço e fadiga crônica: Como diferenciar esse estado de fadiga crônica, daqueles associados às solicitações da vida urbana? Cerca de 75% dos pacientes com fadiga permanente não podem ser considerados portadores da Síndrome. Nesses casos, a causa do cansaço extremo é uma ou mais de uma das doenças associadas. Mas, se após o tratamento, a sensação de exaustão permanente persistir, o médico terá dado um importante passo rumo ao diagnóstico da Síndrome da Fadiga Crônica.

“Calcula-se que metade dos portadores de fibromialgia, doença que causa fortes dores musculares, sejam também fatigados crônicos. O estilo de vida do paciente é fundamental para descartar outro problema associado à fadiga crônica: o estresse”, diz Eduardo Gomes.

Não há exames de laboratório específicos para identificar a fadiga crônica. De acordo com o International Chronic Fatique Syndrome Study Group, o critério para estabelecer o diagnóstico é o seguinte: considera-se portadora da Síndrome toda pessoa com fadiga persistente, inexplicável por outras causas, que apresentar no mínimo quatro dos sintomas citados abaixo, por um período de pelo menos seis meses:· Dor de garganta | · Gânglios inflamados e dolorosos | · Dores musculares | · Dor em múltiplas articulações, sem sinais inflamatórios (vermelhidão e inchaço) | · Cefaléia com características diferentes das anteriores | · Comprometimento substancial da memória recente ou da concentração | · Sono que não repousa | · Fraqueza intensa que persiste por mais de 24 horas depois da atividade física.

Sem causa, sem tratamento preciso - Alguns estudos sugerem que predisposição genética, doenças infecciosas prévias, faixa etária, estresse e fatores ambientais tenham influência na história natural da enfermidade. “Condições como hipoglicemia, anemia, pressão arterial baixa ou viroses misteriosas também são lembradas, mas, a verdade é que as causas da Síndrome da Fadiga Crônica são desconhecidas. A evolução da doença é imprevisível. Às vezes, ela desaparece em pouco mais de seis meses, mas pode durar anos ou persistir pelo resto da vida”, avisa o geriatra.

Infelizmente, até hoje, não reunimos nenhuma evidência científica de que um único tratamento modifique a evolução desta doença. “Muitas vezes, chegar ao diagnóstico já é um grande alívio. O paciente começa a compreender o seu quadro. O que antes era visto como lerdeza ou preguiça passa a ter fundamento médico. Isso eleva à autoconfiança da pessoa, além de melhorar a sua qualidade de vida, condição fundamental para o tratamento”, diz o terapeuta ortomolecular.

A ignorância em relação às causas da Síndrome explica a inexistência de tratamentos específicos para seus portadores. Os sintomas são passíveis de tratamentos paliativos: antiinflamatórios são recomendados para as dores musculares ou articulares; drogas antidepressivas podem melhorar a qualidade do sono. “Acreditamos também que mudanças no estilo de vida também possam ser úteis. Uma dieta equilibrada, uso moderado de álcool, exercícios regulares, de acordo com a disposição física, e a manutenção do equilíbrio emocional para controlar o estresse também integram o rol de tratamentos destes pacientes”, diz o médico. A reabilitação fisioterápica e o condicionamento físico também são fundamentais para equilibrar este paciente.

Segundo o diretor da rede de Clínicas Anna Aslan, “o paciente que apresenta a Síndrome da Fadiga Crônica se beneficia muito com o tratamento ortomolecular, porque esta prática busca suprir as deficiências nutricionais individuais. Hipócrates já dizia ‘faz da comida teu tratamento’. Precisamos fornecer ao corpo uma dieta personalizada, que vise obter uma boa resposta desta maravilhosa ‘máquina’ que é o corpo humano”, diz Eduardo Gomes. | http://www.annaaslan.com.br | [email protected] | Blog: http://annaaslan.blogspot.com

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