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28/03/2009 - 10:18

Empetur recebe Navio Polar Almirante Maximiano, mais novo navio brasileiro para pesquisa na Antártica


O Porto do Recife foi cenário, da chegada do Navio Polar Almirante Maximiano, no dia 26 de março (quinta-feira). O receptivo da Empetur, formado por passistas de frevo e caboclos de lança deu as boas-vindas ao navio. Os tripulantes receberam ainda peças informativas do Turismo estadual. Incorporado à Marinha no dia 03 de fevereiro de 2009, na cidade de Bremerhaven, Alemanha, o Navio Polar Almirante Maximiano tornou-se o mais novo meio operativo da Marinha para pesquisas na região Antártica. Sob o comando do Capitão-de-Mar e Guerra, Sérgio Ricardo Segovia Barbosa, teve a sua primeira atracação em solo brasileiro na capital pernambucana.

Após a aquisição foram realizadas mudanças estruturais no estaleiro Bredo, em Bremerhaven, para atender aos requisitos necessários para apoiar o Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Segundo o Capitão dos Portos de Pernambuco, Leandro Joese Andrade, entre essas alterações destacam-se a construção de um convés de vôo, apto a operar com aeronaves; a instalação de cinco laboratórios, os quais abrigarão os mais modernos equipamentos para o desenvolvimento de projetos científicos no ambiente antártico; e a ampliação das acomodações de 50 para 106 pessoas, sendo mais de um terço destinado à comunidade científica. “Poderão ser realizadas, através do navio, pesquisas nas mais diversas áreas como oceanografia, biologia e meteorologia.”

Os equipamentos de alta excelência científica serão instalados na estrutura do navio em setembro para, em outubro, serem iniciadas, de fato, as pesquisas no continente ártico. A mais nova aquisição da Marinha Brasileira também será utilizada em Águas Jurisdicionais Brasileiras, como em outras regiões do Atlântico Sul, com a finalidade de coletar dados hidroceanográficos destinados ao aprimoramento da cartografia náutica. O Almirante Maximiano fica atracado no Porto do Recife até o próximo dia 31, quando parte para o Rio de Janeiro.

E nesse deslocamento constante, quem está no comando é o Capitão-de-Mar e Guerra, Sérgio Ricardo Segovia Barbosa. De acordo com Segovia, que se diz um sortudo com a carreira que escolheu, quase sempre há tempo para se conhecer os locais por onde passa. A última vez em Pernambuco, no entanto, fazia algum tempo. “Minha última parada em Pernambuco foi há 18 anos, quando visitei Boa Viagem e a Ilha de Itamaracá. Vou novamente dessa vez para ver se as praias continuam com as mesmas belezas” disse. Ao escutar o som do frevo do receptivo da Empetur, o capitão brincou. “Gosto muito do ritmo mas só não é mais fácil do que sambar.”

Almirante Maximiano - O nome “Almirante Maximiano” é uma justa homenagem ao insigne Almirante-de-Esquadra Maximiano Eduardo da Silva Fonseca que, como Comandante da Marinha, ao adquirir o NApOc Barão de Teffé (1982 - Ex Thala Dan), abriu o caminho para a presença do Brasil na Antártica, permitindo a realização da Primeira Expedição Antártica Brasileira e o estabelecimento da Estação Antártica Comandante Ferraz. Esta estação, a partir de então, marca a presença de nosso país naquele Continente, na condição de membro do Tratado Antártico, e nos dá direito a voto nas decisões atinentes àquela região.

A aquisição - Em fevereiro de 2008, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, por ocasião de sua visita ao continente antártico, decidiu pela obtenção de um navio para, juntamente com o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel, apoiar as pesquisas brasileiras no continente gelado.

Com isso, iniciou-se o processo de seleção de um navio de pesquisa com capacidade de operar na região e, dentre os navios disponíveis, foi selecionado o Navio Ocean Empress, o que veio a ser ratificado pela comissão composta por engenheiros navais e oficiais, com relevante experiência em operações antárticas.

Assim, o Navio foi adquirido por meio de Convênio assinado em 2008 entre a MB, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP).

Após a aquisição foram realizadas alterações estruturais no estaleiro Bredo, em Bremerhaven, para atender aos requisitos necessários para apoiar o Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Dentre essas alterações destacam-se a construção de um convés de vôo, apto a operar com aeronaves, e de um hangar climatizado, com capacidade para acomodar 2 helicópteros; instalação de 5 laboratórios, sendo 2 laboratórios secos, 2 laboratórios molhados e 1 misto, os quais abrigarão os mais modernos equipamentos para o desenvolvimento de projetos científicos no ambiente antártico; ampliação das acomodações de 50 para 106 pessoas, sendo mais de um terço destinado à comunidade científica; e amplo passadiço com sistema de cartas eletrônicas, sistema de aquisição automatizada de dados hidroceanográficos, sistema de Posicionamento Dinâmico, sistema de Identificação Automático (AIS) e cinco estações de controle dos propulsores do Navio.

Conceito de Emprego - O Navio será empregado prioritariamente em coletas de dados oceanográficos na Região Antártica, em apoio aos projetos científicos do Programa Antártico (Proantar), podendo ser utilizado também tanto em Águas Jurisdicionais Brasileiras como em outras regiões do Atlântico Sul, com a finalidade de coletar dados hidroceanográficos destinados ao aprimoramento das previsões meteorológicas e oceanográficas bem como da cartografia náutica.

Histórico - O Navio, construído em 1974, no estaleiro Todd (EUA), foi comissionado como navio de apoio (Supply Vessel) às plataformas de petróleo no Mar do Norte e, posteriormente, em 1988, no estaleiro Aukra (Noruega), foi convertido em navio pesqueiro (Stern Factory/Processing Trawler), quando obras de grande vulto foram executadas, a ponto de ter sido preservada apenas a quilha como parte original, o que, segundo a Classificadora Lloyds Register, torna o ano de 1988, na prática, como o seu novo ano de construção.

Características.: São características do NPo Almirante Maximiano: Notação de Classe ICE-C (capacidade de operar em condições de gelo amenas, ou seja, campo de gelo fragmentado de até 40 cm de espessura), comprimento total 93,4 m, boca moldada 13,4 m, calado carregado 6,5 m, Deslocamento carregado 5.540 toneladas, sistema de propulsão: 2 Motores Caterpillar 3612 V12 2942 KW, geração de energia: 2 geradores de eixo Caterpillar 1464 KW, 1 motor Caterpillar 3512 V12 1424 KW, 1 Diesel gerador de emergência Cummins-KarstenMoholt 250 KW, Velocidade Máxima Mantida(VMM): 13 nós, Velocidade Econômica de Cruzeiro(VEC): 11 nós, autonomia: 90 dias, Tripulação: 54 militares, Acomodação (1/3 destinado à comunidade científica): 106 pessoas, Sistema de Posicionamento Dinâmico (DP),1 Bow Thruster BRUNVOLL SPT-AP-400, 2 Bow Thrusters BRUNVOLL SPK-300, 1 Azimutal Thruster AQUAMASTER US 630.

Com esta aquisição a Marinha e o Brasil passam a contar com uma plataforma de coleta de dados no estado da arte, capaz de atender as demandas das comunidades científica brasileira em relação as nossas pesquisas no Atlântico Sul em geral e na Antártica em particular.

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