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28/03/2009 - 11:29

Como ser mais competitivo em tempos de crise

Não há dúvidas de que todo o mercado passa por uma série de instabilidades e que, nesse momento, o que mais vemos são atitudes assertivas e equivocadas por parte de grandes, médias e pequenas empresas. Avaliando as grandes e as médias, que dominam a maior fatia de mercado e empregam uma quantidade infinitamente maior de profissionais, é possível perceber quais são os acertos e erros de cada uma delas.

Em meio a uma crise, a redução de custos é sempre uma das melhores alternativas, mas não a única. Não é possível definir uma redução sem antes identificar o que gera custo desnecessariamente. Este processo de identificação dos pontos que devem ser trabalhados requer a análise de muitos aspectos, como: processos, tecnologia, pessoas, produto, qualidade e, principalmente, o modelo de gestão do negócio.

A redução de custos pode ser aplicada desde para evitar impressões desnecessárias, como para a criação ou eliminação de áreas como um todo. Bom exemplo disto é a centralização de serviços, que permite a concentração de recursos com alto nível de qualidade no serviço e baixo custo, com objetivo comum de satisfazer os clientes externos e internos, além de acrescentar valor à empresa. Mas este é um exemplo de redução a longo prazo, pois o serviço compartilhado requer investimento em conhecimento, infraestrutura e tecnologia.

Para reduzir custos é preciso entender exatamente como a sua empresa funciona. Pois isso têm grande impacto no negócio e poucas pessoas envolvidas conseguem explicar. Certamente, isso é prejudicial e deve ser corrigido, mas identifica efetivamente que sem que os processos estejam desenhados e claramente executados, não há como se ter o conhecimento amplo dos bastidores da empresa. Somente conhecendo os impactos é que mudanças podem ser promovidas e, para isso, o primeiro passo é conhecer os processos e estratégias do negócio.

Toda crise também promove a possibilidade de crescimento ou oportunidades para a melhoria de diversas situações dentro e fora da empresa. Esta busca pela evolução e pelo aprimoramento deve ser algo constante nas empresas, independentemente de um cenário de crise ou não.

A questão não é mudar somente porque existe crise ou alguma situação conflitante, mas mudar para melhor, sempre. As empresas têm dificuldade de estabilizar esta situação justamente pelo fato de ações de mudanças estarem intimamente ligadas ao problema cultural, à falta de profissionalismo e de comprometimento.

Devemos lembrar que as grandes mudanças, às vezes, são necessárias, mas são processos desgastantes e que demandam muito esforço, não podem acontecer periodicamente. É mais natural que isso ocorra ao longo do tempo, como atividade rotineira e cotidiana. Para isso, o trabalho deve ser feito em doses homeopáticas. Por essa razão, acredito que processos de grande mudança são necessários, ligados a uma estratégia maior de gestão. No entanto, se a empresa não absorver essa cultura, é melhor não apostar em um processo de reestruturação, já que este pode vir a ser engavetado na primeira oportunidade.

Por fim, é preciso conhecer bem o negócio e o DNA da empresa, conhecer sua estratégia para o futuro, entender como os processos estão estruturados e que melhorias podem ser aplicadas a estes processos. Esses são passos que, com certeza, tornam as empresas mais competitivas em tempos como esses.

. Por Robson Kossatz - Sócio Fundador e Diretor Comercial da Scyllis Gestão e Tecnologia. Bacharel de Informática e Especialista em Psicologia Organizacional. Consultor de Gestão, Processos e TI em empresas dos mais diversos segmentos como Honda Automóveis, Duas Rodas Industrial, ALL Logística, TIVIT Tecnologia, Caramuru Alimentos, HSBC, Perdigão, Bunge Alimentos, Hering, Marisol entre outras.

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