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31/03/2009 - 09:45

MMX Mineração e Metálicos deve negociar minério de ferro em torno de 2,0 milhões de toneladas por ano até 2011


Com esta disponibilidade através do Terminal de Itaguaí da CSN, no Estado do Rio de Janeiro, a MMX está apta a firmar contratos de fornecimento de minério de ferro de longo-prazo com siderúrgicas estrangeiras, tornando-se, assim, um player internacional.

A MMX Mineração e Metálicos S.A. (“MMX” ou a “Companhia”) (Bovespa: MMXM3) divulgou o resultado consolidado do quarto trimestre (4T08) e do ano de 2008 de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, em Reais.

Com a operação de cisão ocorrida em 19 de junho, a Companhia decidiu apresentar seus resultados do primeiro e segundo trimestres de 2008 desconsiderando a contribuição dos negócios cindidos no Consolidado, visando permitir uma melhor análise da performance da Companhia e assegurar melhor entendimento do negócio. O presente relatório não apresenta comparação entre os anos de 2008 e 2007, uma vez que em 2008 dois ativos da Companhia foram vendidos e ocorreu ainda a aquisição de minas já em operação, que passaram a constituír o Sistema Sudeste.

A cotação do dólar em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 2,337, os destaques do Ano de 2008: Ö 1T08: Em janeiro de 2008, o acionista controlador da MMX e a Anglo American Participações em Mineração Ltda. (“Anglo American Participações”) iniciaram negociações exclusivas para compra e venda de 51% do Sistema MMX Minas-Rio e de 70% no Sistema MMX Amapá.

Ö 1T08: Através da AVX, concluímos em março de 2008 a aquisição da Minerminas, mineradora de ferro localizada no Quadrilátero Ferrífero, no Estado de Minas Gerais, em área contígua à da AVG Mineração, a qual já havia sido adquirida em dezembro de 2007.

Ö 2T08: Em AGE realizada em 19 de junho de 2008 foi aprovada a cisão parcial da MMX, no âmbito da operação de venda dos ativos citados acima da MMX para a Anglo American.

Participações em Mineração Ltda. (“Anglo American”),com versão de parcelas de seu patrimônio à IronX e à LLX. Ö 3T08: Em 5 de agosto de 2008 a MMX, a IronX Mineração S.A. e a Anglo American Participações em Mineração Ltda., comunicaram ao mercado a conclusão da operação de compra e venda da totalidade das ações de emissão da IronX detidas diretamente pelo acionista controlador da MMX e por outros acionistas vendedores a ele relacionados. Como resultado, a Anglo American adquiriu, mediante pagamento em dinheiro, 193.462.160 ações ordinárias representativas de 63,3% do capital social da IronX, por valor equivalente a cerca de R$ 5,4 bilhões, representando um preço por ação da IronX de R$ 28,147.

Ö 3T08: A MMX iniciou o desenvolvimento de novos negócios no Chile, adquirindo dois direitos minerários de minério de ferro e firmando contrato de opção para aquisição de outros dois direitos pelo valor total de até US$ 44,5 milhões, caso todas as opções seja exercidas.

Ö 4T08: Start-up Planta de Concentração Magnética da MMX Sudeste em 30 de outubro, atingindo a capacidade anual instalada de 8,7 milhões de toneladas de minério de ferro no Sistema Sudeste o que, somada à capacidade instalada do Sistema Corumbá – 2,1 milhões de toneladas – totaliza uma capacidade anual de produção de 10,8 milhões de toneladas;

Ö 4T08: Suspensão temporária, a partir do final de novembro, das atividades da mina de minério de ferro e da usina de ferro-gusa de Corumbá, em função do cenário de desaceleração do crescimento mundial e do impacto direto na indústria siderúrgica, evidenciado pela retração da demanda por minério de ferro e ferro-gusa. A retomada das operações está condicionada à melhora das condições do cenário macro econômico mundial;

Ö 4T08: Em dezembro, a MMX ganhou a concorrência privada para utilização de serviços portuários do Terminal de Itaguaí da CSN, no Estado do Rio de Janeiro, viabilizando as vendas no mercado externo de 1,2 milhões de toneladas de minério de ferro em 2009 e 2,0 milhões de toneladas nos anos de 2010 e 2011 do Sistema Sudeste, prorrogável por igual período. Com esta disponibilidade portuária, a MMX está apta a firmar contratos de fornecimento de minério de ferro de longo-prazo com siderúrgicas estrangeiras, tornando-se, assim, um player internacional;

Ö 4T08: A reestruturação, em dezembro, de dívidas referentes à aquisição de ativos, antecipando pagamentos - inclusive com desconto - e adequando parcelas futuras, o que foi viabilizado pela contratação de nova linha de financiamento de longo prazo, com o ItaúBBA, no montante de US$120 milhões, o que permitiu que o prazo médio da dívida da MMX passasse de 13 para 16 meses;

Ö 4T08: Reforçando seu compromisso com as melhores práticas de Sustentabilidade na utilização de carvão vegetal, a MMX promoveu, em dezembro e em parceria com o Ministério Público Estadual, a primeira reunião sobre o Diagnóstico da Cadeia Produtiva do Carvão Vegetal no Mato Grosso do Sul. Este Diagnóstico representa o ponto de partida para a execução de um mapeamento do setor produtivo de carvão vegetal no Estado.

De acordo com mensagem da administração: “ Em seus três anos de existência, a MMX desenvolveu e implementou importantes projetos no setor de mineração brasileiro e, em um curto espaço de tempo, efetivamente entregou valor aos seus acionistas, e de forma expressiva. Neste particular, 2008 foi um ano especialmente marcante na história da MMX.

Entre 2006 e 2007, a Companhia desenvolveu e colocou em operação dois sistemas integrados de minério de ferro – Sistemas Amapá e Corumbá – e obteve todas as licenças necessárias para implantação do Sistema Minas-Rio, dando início efetivo ao projeto. Ainda em 2007, a MMX alienou uma participação de 30% no Sistema Amapá para a Cleveland Cliffs e de 49% no Sistema Minas-Rio para a Anglo American, neste último em conjunto com a Centennial Asset Participações Minas-Rio S.A.

Em janeiro de 2008, o acionista controlador da MMX e uma subsidiária integral da Anglo American plc (“Anglo American”) entraram em negociação exclusiva para aquisição, pela Anglo American, das participações detidas pela MMX de 51% no Sistema Minas-Rio e de 70% no Sistema Amapá. Esta transação foi concluída em agosto de 2008 e requereu ainda a cisão prévia da MMX em três empresas, ocorrida em junho: a IronX, empresa que passou a reunir os ativos objeto da venda para a Anglo American; a LLX, até então uma subsidiária da MMX com o objetivo de prover a infraestrutura logística necessária para escoamento do minério de ferro produzido pela MMX; e a MMX remanescente, que passou a compreender os Sistemas Corumbá e Sudeste, este último então recém constituído.

O Sistema Sudeste foi criado com base na aquisição, entre o final de 2007 e o início de 2008, da AVG e da Minerminas, empresas mineradoras em operação localizadas no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, que passaram a compor a Unidade Serra Azul do Sistema Sudeste. Adicionalmente, em julho de 2008 a MMX adquiriu direitos minerários no Município de Bom Sucesso, a 250 km do Porto Sudeste da LLX e a 40 km da ferrovia operada pela MRS, os quais passaram a integrar a Unidade Bom Sucesso do Sistema Sudeste. O valor total das aquisições de AVG, Minerminas e Bom Sucesso monta a US$ 530,6 milhões, já contemplando o desconto pela antecipação de parcelas da AVG, dos quais US$ 266 milhões foram efetivamente desembolsados em 2008.

À época da aquisição de AVG e Minerminas, a capacidade de produção dos dois ativos juntos montava a 2,7 milhões de toneladas anuais. Mediante investimentos e melhorias operacionais realizadas pela MMX, em especial a entrada em operação da unidade de concentração magnética em outubro de 2008, a Unidade Serra Azul atingiu uma capacidade instalada de produção de 8,7 milhões de toneladas de minério de ferro, e conta com logística garantida para escoamento dessa produção. Considerando a capacidade instalada de produção do Sistema Corumbá, de 2,1 milhões de toneladas por ano de minério de ferro, a MMX na nova configuração tornou-se uma empresa com capacidade de produção de 10,8 milhões de toneladas anuais.

No momento da cisão da MMX, em junho de 2008, cada acionista da MMX recebeu uma ação da LLX e da IronX. A IronX, sob o controle da Anglo American, anunciou uma Oferta Pública de Ações (“OPA”) para fechamento de capital, que acabou sendo realizada conjuntamente com a OPA de alienação de controle, esta obrigatória conforme as regras do Novo Mercado às quais a MMX está sujeita. Com isto, os acionistas minoritários tiveram o direito de receber da Anglo American valor equivalente àquele pago ao acionista controlador da MMX no momento da alienação da IronX. Esse evento promoveu uma importante realização de valor por parte dos acionistas da MMX. Com a alienação de ativos para a Anglo American e a constituição do novo Sistema Sudeste, em julho de 2008 a MMX revisou o seu plano de negócios. Baseada na avaliação do potencial deexploração e de crescimento de seu novo portfólio de ativos, em especial do Sistema Sudeste, a MMX verificou a possibilidade de expansão de sua produção total de minério de ferro para até 40 milhões de toneladas – base úmida, sendo 33,7 milhões de toneladas no Sistema Sudeste. Isso representa um crescimento de 5% em relação ao plano de negócios da MMX em sua configuração anterior, quando era composto pelos Sistemas Corumbá, Minas-Rio e Amapá e atingiria capacidade de produção de 38,0 milhões de toneladas anuais.

A MMX vinha desenvolvendo suas atividades operacionais e seus novos projetos de crescimento a pleno vapor até que, em setembro de 2008, o ciclo virtuoso vivenciado no setor de mineração nos últimos anos começou a sofrer forte deterioração. Os impactos da crise financeira chegaram à economia real e provocaram significativa retração da demanda em diversos segmentos industriais, como de construção civil e automobilístico, importantes consumidores de produtos siderúrgicos. A expressiva retração na produção de aço afetou fortemente a demanda global por minérios e metais. Frente a esse cenário, a MMX precisou reavaliar seus projetos e atividades, visando melhor adequar-se à nova realidade de mercado. Assim, em novembro de 2008 a MMX suspendeu as atividades da mina e da usina de metálicos do Sistema Corumbá, ficando a retomada das atividades condicionada à melhoria das condições do cenário econômico mundial. Além disso, ajustou a produção do Sistema Sudeste ao novo cenário de vendas para seus clientes siderúrgicos, que anunciaram reduções de produção de aço, e adiou indefinidamente o investimento em uma nova planta de tarugos também em Corumbá, orçada em US$ 200 milhões e prevista no plano de negócios divulgado em julho.

Dessa forma, o plano de negócios da MMX, que previa originalmente um investimento total da ordem de US$ 1,5 bilhão, encontra-se em revisão em função do novo cenário de preços de equipamentos, materiais e serviços e será implementado conforme o restabelecimento do cenário econômico e a recuperação do setor de mineração e siderurgia no mundo. O plano de negócios da MMX foi construído de forma modular, o que confere flexibilidade à sua execução. Além disso, o plano não prevê desembolsos relevantes no primeiro semestre de 2009, uma vez que as atividades programadas para o período estão essencialmente ligadas aos processos de licenciamento ambiental, pesquisa geológica, desenvolvimento tecnológico e de projetos de engenharia conceitual e básica, sem grande comprometimento de recursos. Montantes mais expressivos só serão compromissados caso a conjuntura setorial ofereça o conforto necessário à tomada de decisão.

Antes mesmo do cenário de crise se instaurar de maneira mais contundente, a MMX já vinha trabalhando para a melhora do perfil de sua dívida, orientada pelos princípios de disciplina de capital que norteiam suas atividades. O encerramento do terceiro trimestre já refletiu os primeiros resultados dos esforços envidados pela MMX, quando o endividamento de curto prazo recuou de 76% para 56% do total da dívida da Companhia. No encerramento do ano, apesar do cenário já prejudicado pela crise financeira internacional, a MMX foi capaz de dar continuidade às ações para melhoria do perfil do seu endividamento. A Companhia renegociou o cronograma de pagamento referente à aquisição dos direitos minerários de Bom Sucesso e também as condições de aquisição da AVG, efetuando o pagamento antecipado, com desconto de 11,7%, de duas das três parcelas originalmente devidas sobre a aquisição da AVG.

Apesar do empenho da MMX para melhor adequar-se à nova conjuntura de mercado, os resultados da Companhia em 2008 foram impactados de forma significativa. A maturação dos investimentos que elevaram a capacidade instalada de produção da MMX para 10,8 milhões de toneladas anuais de minério coincidiu com esse cenário adverso, que provocou a parada do Sistema Corumbá e impossibilitou o pleno aproveitamento do potencial do Sistema Sudeste. Aliado a isso, visando reduzir exposições cambiais que derivariam do seu programa de investimentos, no momento em compasso de espera, a MMX utilizou instrumentos de hedge que acabaram por provocar uma provisão de perda de R$ 425,2 milhões no ano, que, juntamente com a variação cambial sobre a dívida contratada em dólares, ensejaram um resultado financeiro negativo de R$ 790,0 milhões no período. O prejuízo líquido em 2008, de R$ 848,0 milhões, foi basicamente impactado pelo resultado financeiro auferido no exercício. A margem operacional bruta do exercício foi de 39%.

A despeito desse cenário menos favorável, ao menos no curto prazo, em novembro a MMX adquiriu direitos minerários no Chile por ter identificado oportunidades com potencial geológico bastante atrativo para produção de concentrados de magnetita, produto diferenciado para aplicação nos processos de pelotização. Estes direitos minerários poderão representar o estabelecimento de um novo sistema integrado de minério de ferro, e com infraestrutura logística já mapeada e competitiva para o escoamento da produção, em função da sua localização na costa do Pacífico. O valor total de aquisição destes direitos minerários monta a US$ 44,5 milhões, dos quais US$ 27,9 milhões foram efetivamente desembolsados em 2008.

Ainda que existam incertezas no curto prazo, nota-se mais recentemente uma realidade mais positiva do que aquilo que se antevia há poucos meses atrás. A China, importante impulsionador do setor de mineração, tem contribuído para uma performance do mercado um pouco melhor do que o esperado, o que tem trazido um tom mais positivo para as perspectivas de recuperação setorial.

Neste particular, o Brasil desponta em posição privilegiada em relação aos demais países produtores de minério de ferro, dada a reconhecida qualidade de seu minério, necessária para a produção de diversos produtos siderúrgicos. Assim, em se mantendo uma recuperação gradual do mercado, o produto brasileiro poderá ser um dos primeiros beneficiados por ser necessário na composição dos diversos blends consumidos pela indústria siderúrgica.

A MMX possui condição diferenciada de qualidade de seus ativos minerais e a visão de conceber projetos integrados, com logística assegurada, é que garantem o diferencial estratégico da MMX, em especial do Sistema Sudeste. No curto prazo o Sudeste é a única e talvez a última solução integrada no Brasil de mina e logística para exportação de minério de ferro de alta qualidade, de forma independente e segura. Além disso, a MMX estará pronta para capturar as oportunidades de negócios por já contar com capacidade de transporte contratada com a MRS e capacidade portuária para exportar seu minério, graças à concorrência ganha para uso de serviços portuários do Terminal de Carga do Porto de Itaguaí da CSN, no Rio de Janeiro. O contrato de prestação de serviços portuários entre MMX e CSN vigorará pelo período de três anos a partir de janeiro de 2009, e poderá ser renovado por período adicional de até tres anos. O contrato prevê embarques de 1,2 milhão de toneladas de minério de ferro em 2009 e 2 milhões de toneladas em cada um dos dois anos subseqüentes, 2010 e 2011. Esse contrato vigirá até a entrada em operação do Porto Sudeste, em desenvolvimento pela LLX Logística S.A., por onde será escoado o minério proveniente do Sistema Sudeste da MMX, já garantido pelo contrato de prestação de serviços de manuseio e embarque minério assinado entre a MMX e a LLX. A logística integrada está permitindo que a MMX inicie negociações para fornecimentos de minério de ferro através de contratos de longo prazo com importantes consumidores externos.

A MMX realizou importantes ações em 2008 para consolidar e ampliar suas práticas de sustentabilidade. Merece destaque o trabalho de diagnóstico da cadeia produtiva do carvão vegetal no Mato Grosso do Sul com base nos fornecedores de carvão da Companhia, com ampla participação de entidades dos setores produtivo, público e ONGs ambientalistas. Esse trabalho acontece no âmbito do TAC (Termo de Ajuste de Conduta) formalizado com o Ministério Público daquele Estado e foi fruto de um compromisso público assumido pela MMX de demonstrar a transparência e a lisura de seus processos de compra de carvão vegetal. Este trabalho baseia-se na premissa de sustentabilidade com validação social embasada no diálogo estruturado.

Levando a sustentabilidade para suas operações, a nova unidade de concentração magnética do Sistema Sudeste é alimentada por finos, que eram considerados rejeitos e passaram a ser reaproveitados, evitando assim a contaminação de cursos de água da região. Outro exemplo é Bom Sucesso, que, bem antes de operar na região, já conta com diversas ações de relacionamento com a comunidade local por meio de um programa de reconhecimento e diálogo. Com isso, a MMX busca estabelecer uma discussão permanente e transparente com os diversos segmentos da sociedade e, com isso, conquistar a licença social para operar.

A Administração da MMX agradece a confiança na capacidade da Companhia de implementar o seu plano de negócios, adequar-se às alterações de mercado e perseguir sempre a máxima criação de valor para todos os seus acionistas”, concluiu.

Cenário Econômico 2008: Na opinião da nota, durante o ano de 2008, o mundo vivenciou duas realidades econômico-financeiras bastante distintas, no primeiro e no segundo semestres. A economia brasileira, no primeiro semestre, foi marcada pelo aquecimento da atividade econômica, evidenciada pela forte expansão do crédito, câmbio apreciado, expectativa de crescimento do PIB e aumento na taxa Selic, como forma de controlar a inflação. No âmbito internacional o grande destaque no primeiro semestre foi o início da desaceleração da economia norte-americana com a retração do crédito bancário, reflexo do problema das hipotecas de alto risco nos EUA, que afetou principalmente essa economia, mas também muitos bancos europeus que estavam expostos aos ativos hipotecários norte-americanos.

Já havia o temor da recessão global, mas a ameaça ainda não havia efetivamente se concretizado. Já iniciando o terceiro trimestre, o ambiente econômico-financeiro mundial demonstrou mais claramente a retração do consumo, trazendo uma grande incerteza para o setor financeiro e desacelerando ainda mais as atividades da economia mundial. Para a economia brasileira, a despeito de seu alto nível de reservas em dólares norte-americanos, os sinais de crise chegaram através da forte depreciação do real, da redução do ritmo da produção e da contração do crédito, ao final do trimestre. Os bancos centrais dos principais países adotaram políticas monetárias expansionistas com a intenção de reduzir o período de recessão e de criar bases sólidas para uma recuperação sustentável e duradoura.

No quarto trimestre a crise apareceu de forma intensa e abrangente, retraindo o desempenho de diversos setores, principalmente na indústria de construção civil, máquinas – com destaque para o setor automobilístico - e infra-estrutura. O baixo desempenho no setor de mineração apresenta um retrato fiel da crise econômica, com forte queda nos preços dos metais básicos e com contínuos sinais de queda durante o ano de 2009.

“A despeito da crise, o Brasil apresentou, em 2008, indicadores econômicos sólidos, encerrando o ano com um crescimento do PIB de 5,1%, nível de reservas internacionais em US$ 206,8 milhões, segundo dados do Banco Central, porém, com forte depreciação cambial do real frente ao dólar, por volta de 32%. O conjunto dos indicadores sugere que, em 2009, o país possa continuar sofrendo impactos negativo menores, em comparação com economias mais desenvolvidas”, terminam. | www.mmx.com .br/ri

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