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27/03/2007 - 07:44

Media training

Escrita por experientes profissionais, a obra traz informações práticas sobre como lidar com a mídia no dia-a-dia. O objetivo é estimular gestores e executivos a pensar nos riscos das lacunas de informação, evidenciando que a comunicação começa onde nem sempre a vemos: nas decisões cotidianas, das quais a imprensa tanto quer notícias.

A preparação de lideranças nas empresas para o relacionamento cotidiano com profissionais da imprensa tem crescido sensivelmente no Brasil. O motivo é simples: assumir uma postura low profile pode significar estar à margem da legitimidade social que só a opinião pública pode conferir. Em outras palavras: é péssimo para os negócios. O livro Media training – Como agregar valor ao negócio melhorando a relação com a imprensa, da Summus Editorial (192 pp., R$ 43,90), organizado por Luciane Lucas, oferece aos leitores – executivos e gestores – uma visão ampla dos desafios e oportunidades de um contato mais estreito com a mídia.

Com teor prático e linguagem direta, apresentando problemas reais e soluções viáveis, a obra reúne artigos de experientes profissionais. São consultores, assessores de comunicação e jornalistas que se debruçaram sobre o dia-a-dia do relacionamento da empresa com a mídia. “Selecionamos e organizamos os temas de maneira proposital para mostrar as várias faces que envolvem o treinamento de executivos e gestores”, esclarece Luciane.

No capítulo intitulado “A prova dos dez ou Agregando valor a marcas e empresas pela divulgação jornalística”, Nemércio Nogueira debate o caráter estratégico da relação empresa—imprensa, apresentando dados precisos sobre como o trabalho com a mídia adiciona valor ao negócio. “Ao negligenciar essa necessidade de interação, a empresa não só se arrisca a perder visibilidade para a concorrência, como também deixa ao sabor dos veículos a versão dos fatos que constituem notícias, à revelia do seu interesse imediato em divulgá-los (para se promover) ou explicá-los (para se defender), diz o autor.

“Guia rápido de sobrevivência na mídia”, tema desenvolvido por José Luiz Schiavoni, revela o que se deve considerar ao traçar um plano de mídia na empresa. O media training, segundo o autor, concentra todas as orientações para entender os códigos da imprensa e se beneficiar disso. “[...] certamente a esmagadora maioria dos jornalistas se lembrará, por décadas, daqueles executivos que enxergaram a mídia apenas sob o aspecto do oportunismo, nos momentos em que a cobertura lhes era plenamente favorável”, afirma, além apresentar os dez mandamentos, da boa comunicação com a mídia.

Luciane Lucas escreve sobre o tema “Comunicação de crise: como reduzir riscos e potencializar a relação com a imprensa” e traz respostas para questões do tipo: “Em que medida a transparência reduz a vulnerabilidade de uma empresa?” A autora mostra como lidar com casos de contaminação de produto, acidentes em plantas industriais, vazamentos com riscos socioambientais, entre outras possíveis contingências. “A crise mal administrada tem parentesco com a Lei de Murphy: se alguém ignora que está diante dela, é quase certo que a notícia virá à tona no pior momento, quando todas as perguntas possíveis já estiverem sobre a mesa.”

Contemplando o tema gestão pública, Ricardo Freitas assina o artigo “ A assessoria de imprensa e o gestor público: atenção à orquestra midiática”. “Pretendemos mostrar que o gestor que investe no entrosamento entre os públicos de seu órgão, valorizando a área de comunicação social, alcança com muito mais tranqüilidade suas metas administrativas e políticas”, afirma. Saber usar a assessoria de imprensa, segundo Freitas, é uma das saídas para atender os anseios da mídia ávida por notícias sobre a coisa pública”.

No capítulo “Como potencializar o trabalho de sua assessoria de imprensa”, Vera Dias fala da importância de selecionar corretamente a equipe de assessoria de imprensa e de entender em que consiste a natureza desse trabalho. Segundo ela, contar com profissionais que ajudem a estabelecer o relacionamento com a mídia é imprescindível. Mas a autora lembra que há limites éticos para a atuação: “Desconfie dos profissionais que lhe assegurarem capas de revistas e manchetes nas primeiras páginas de jornais, porque os milagres ainda não fazem parte do portfólio de serviços oferecidos pelos que levam a atividade a sério e a exercem dentro dos princípios éticos e de respeito à liberdade de imprensa”, diz.

Em “Coletiva de imprensa: quando e como?”, Renata Utchitel mostra como aproveitar o máximo dessa ação de comunicação para obter o retorno desejado. Ela lembra que, quando se propõe uma coletiva de imprensa, é preciso que o relacionamento da empresa com a mídia seja muito mais intenso do que simplesmente o contato publicitário. “Em um trabalho completo de comunicação, relacionamento com a imprensa e publicidade devem ser atividades casadas”, afirma. A autora conta alguns casos e mostra um passo-a- passo da organização do evento.

Beatriz Thielmann escreve o artigo “A presença do executivo no vídeo: o que a tela da TV conta e você não vê” e fala da importância desse veículo. “Com freqüência, o simples fato de estar diante de um repórter de TV já representa uma ameaça para muitos experientes executivos”, afirma. Postura, voz, gestual e toda a desenvoltura necessária para capacitar um bom porta-voz a falar para as câmeras estão neste capítulo. “Vale sempre lembrar que a comunicação na televisão é de corpo inteiro; por isso, é fundamental que os gestos não desmintam o que o porta-voz está dizendo.”

O livro também se preocupa em mostrar o caminho inverso para adequar as ações. Janete Oliveira analisou essa possibilidade em “O outro lado do media training: o que dizem os jornalistas?” Quanto mais sintonia, mais beneficiada será a relação empresa—mídia. Janete organizou uma pesquisa sobre a qual conclui: “No estudo proposto, clareza e objetividade aparecem como critérios imprescindíveis para o bom desempenho do executivo”. Neste capítulo, o leitor encontra o questionário aplicado no estudo de Janete e os diversos gráficos que demonstram em detalhes a conclusão da pesquisa. Ela comenta que “sempre haverá uma diferença de interesses entre as duas partes, mas o media training se mostra fundamental para melhorar/facilitar o relacionamento com a mídia, tornando-se uma ferramenta praticamente indispensável aos gestores”.

A organizadora - Luciane Lucas é analista de mercado e diretora da Ecológica Comunicação, Assessoria e Consultoria em Negócios Sustentáveis. É doutora em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ, atuando como professora pesquisadora do mestrado em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM/SP e como professora-adjunta da Faculdade de Comunicação Social da Uerj. Integra o corpo de instrutores do Uniethos (braço educacional do Instituto Ethos) e coordena o curso de Gestão Estratégica para a Sustentabilidade, promovido por ela e destinado a altos gestores. Desenvolveu recentemente os Indicadores de Gestão Responsável de Crise (IGRC) como ferramenta de autodiagnóstico para o setor produtivo, publicados no livro Com credibilidade não se brinca: a identidade corporativa como diferencial nos negócios, lançado pela Summus em 2004. Dedica-se, hoje, à pesquisa aplicada e à orientação de gestores públicos e privados na condução e comunicação de riscos socioambientais e na formulação de políticas amparadas nos critérios de sustentabilidade.

Media training – Como agregar valor ao negócio melhorando a relação com a imprensa, organizadora: Luciane Lucas | Editora: Summus Editorial |Preço: R$ 43,90 | Páginas: 192 (17 x 24 cm). Atendimento ao consumidor: (11) 3875-9092 | Site: www.summus.com.br

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