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27/03/2007 - 08:04

Pesquisa revela: 48% dos consumidores não relacionam produtos chamados “piratas” ao crime organizado

Com objetivo de traçar o perfil do consumidor do “comércio alternativo”, estudo realizado pelo Provar – Programa de Administração do Varejo em parceria com a Canal Varejo apresenta a atual situação do mercado em relação ao consumo ético e consciente. Os dados mensurados oferecem aos executivos varejistas elementos para a tomada de decisões e implantação de novas estratégias

Os números impressionam - Segundo o Ministério da Justiça, a cada ano cerca de R$ 30 bilhões deixam de ser arrecadados em impostos em razão da pirataria. Além disso, não é exagero afirmar que ao comprar um produto falsificado a pessoa provoca um efeito cascata que pode resultar no desemprego de um familiar. Entretanto, quem é este consumidor que investe em produtos falsificados? O que o motiva? Estas são algumas das questões respondidas pela recém-divulgada pesquisa “Ética – Consumo Ético e Consciente”, realizada pelo Provar – Programa de Administração de Varejo, da Fundação Instituto de Administração – FIA, maior centro brasileiro de estudos sobre o mercado de consumo, em parceria com a Canal Varejo – Consultoria: Mercado de Bens e Serviços.

Segundo dados da pesquisa, 35,2% dos entrevistados sempre fazem compras de produtos do comércio alternativo, enquanto que 55,4% do total dos entrevistados compraram recentemente algum produto “pirata”. “Estes resultados revelam que, embora o consumo responsável seja visto como um ato de escolha e de cidadania, e a cada dia mais os consumidores estejam atentos às atitudes das empresas, o mesmo critério não é referência quando o consumidor se vê diante de seu próprio ato de comprar”, afirma o Professor Dr. Claudio Felisoni de Angelo, coordenador geral do Provar/FIA. Isto é, 91,7% dos entrevistados afirmam que o preço é a principal motivação. Ou seja, na prática, a ética no consumo é deixada de lado em lugar da vantagem de pagar menos e levar um produto semelhante, embora sem garantias tanto de qualidade, quanto de procedência.

A pesquisa foi realizada com 500 consumidores da cidade de São Paulo e, além de traçar um perfil geral, também dividiu os resultados por gênero, idade, grau de instrução e faixa de renda e estado civil. Comparando os produtos mais escolhidos para as compras, os CDs e DVDs estão em primeiro lugar no ranking geral com 67,9%. Quando comparados aos resultados por gênero, os homens indicam pequeno aumento na preferência com 69,4%. Já as mulheres apresentam uma discreta diminuição nesta predileção com 64,6%. Comparados os resultados por faixas etárias, CDS e DVDs também vêm em primeiro lugar, apresentando 77,3% na faixa etária “até 25 anos”, 69,7% na faixa etária “dos 26 aos 35 anos”, 72,4% na faixa etária “dos 36 a 45 anos”. Na faixa etária “mais de 45 anos”, apesar de continuar no topo da lista, com 47,4%, os resultados apresentam significativa queda.

Quando indagados se vêem alguma relação entre o comércio alternativo, também conhecido como “pirata”, os resultados gerais impressionam: 48,1% afirmam não saber sobre a relação deste mercado com o crime organizado. Comparando os resultados por grau de instrução, o estudo revela que 40,3% dos entrevistados com o “Ensino Fundamental - completo ou incompleto” não percebem a relação com o crime, enquanto que 52% dos entrevistados com “Ensino Médio – completo ou incompleto” e 54,8% daqueles que têm “Grau Superior/Pós-Graduação – completo ou incompleto”, também não. “Observa-se que quanto maior o grau de instrução, menos as pessoas percebem a estreita relação entre estes universos da contravenção. É o reflexo de um dos maiores problemas do Brasil: considerar este crime tolerável, pois faz bem para o bolso”, explica Felisoni de Angelo.

Entretanto, se num primeiro momento, a compra parece vantajosa, dados do Conselho Nacional de Combate à Pirataria revelam o oposto. Estimativas apontam que para cada emprego informal criado (como uma nova barraca de camelôs nas ruas), seis formais são perdidos. Além disso, cerca de dois milhões de vagas de empregos são fechadas (ou deixam de ser abertas) todos os anos por causa da “pirataria”. “A pirataria é um problema cultura e social no Brasil. O consumidor, ao adquirir um produto falsificado, não sabe o mal que causa a si próprio e ao desenvolvimento do país. Ao contrário, nossa pesquisa indica que 21,2% acham que adquirir estes produtos clandestinos traz status. Um verdadeiro contra-senso”, alerta o professor.

Para os pesquisadores, mais do que apresentar um panorama atual desta modalidade clandestina do consumo, o dados apresentados pelo estudo também servem para indicar a necessidade de formar consumidores preocupados não só com a qualidade dos produtos, mas também com os impactos que as atividades econômicas causam ao planeta em que vivemos. “O papel das instituições privadas deve passar a ser visto pelos clientes como decisivo para o desenvolvimento sustentável das nações, principalmente em locais onde o governo regional se mostra ineficaz no tratamento das questões sócio-ambientais”, complementa o coordenador da pesquisa.

Perfil do Provar - Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (FIA) foi criado em 1992 com o objetivo de promover pesquisas e oferecer treinamento para o setor, que é um dos maiores do terciário da economia brasileira e grande empregador da mão-de-obra. O propósito do programa é manter uma estreita parceria entre acadêmicos e executivos de organizações ligadas direta ou indiretamente ao varejo, à distribuição, aos serviços e ao mercado de consumo. O programa também tem por objetivo promover pesquisas, estudos, publicação, consultoria e treinamento para o setor de varejo de bens e serviços. Consolidado como o maior centro acadêmico de investigação nas áreas do varejo e mercado de consumo do Brasil, o Provar envolve a participação regular de mais de cinqüenta professores, vinte pesquisadores em caráter permanente, além de alunos do mestrado e doutorado da FEA/USP. Sob sua supervisão já foram realizados mais de 5 mil horas por ano de programas de treinamento, bem como projetos de consultoria e educação no Brasil e na América Latina (México, Chile e Argentina), tendo registrado em 2005 o treinamento de mais de três mil profissionais.

Perfil da Canal Varejo - Consultoria em Varejo de Bens e Serviços, dedica-se ao estudo do mercado de consumo de bens e serviços no Brasil e no exterior. De seu corpo técnico participam pesquisadores ligados aos programas de pós-graduação da FEA/USP e outras importantes instituições de ensino e pesquisa. A Canal Varejo tem realizado diversos projetos de consultoria em parceria com o Provar, tanto no desenvolvimento e adequação de programas e pesquisas específicos para empresas e associação de empresas como na execução de pesquisas abertas periódicas. Por meio de um corpo técnico altamente capacitado para aliar a teoria dos negócios de pequenas, médias e grandes empresas, além da realização de parcerias técnicas e comerciais para obter habilidades complementares às suas, a Canal Varejo tem por objetivo ser referencia na produção do conhecimento aplicado ao mercado de consumo de bens e serviços.

Perfil da FIA - Eleita, pelo segundo ano consecutivo, a melhor Escola de Negócios do Brasil (Ranking Revista Você S/A), a FIA (Fundação Instituto de Administração), um dos mais tradicionais centros educacionais do país, possui 25 anos de atuação no setor. A entidade, credenciada junto ao MEC (Ministério da Educação), atua em três frentes: consultoria, pesquisa e educação, capacitando-a para desenvolver estudos e prestar serviços nos mais variados campos de especialização da Administração. Nesse período, foram atendidas mais de 850 empresas da iniciativa privada nacional e multinacional (48%), empresas do setor público e organizações da administração pública direta (40%), e associações de classe e entidades da sociedade civil (12%).

A FIA oferece 14 programas de MBAs com renomados professores e conteúdo atualizado com as tendências e necessidades de mercado. São cursos que vão desde Administração de Projetos, Banking, Comércio Internacional até Gestão e Empreendedorismo Social, Marketing de Serviços, Varejo, entre outros. Ao todo 56 professores atuam como coordenadores de projetos.

Todos os MBAs disponibilizados pela instituição alcançaram credenciamento junto à The Association of MBAs (AMBA), sediada na Inglaterra, que referencia diversas escolas de negócios pelo mundo. Outro reconhecimento importante foi fornecido pelo jornal britânico Financial Times. A FIA é a única escola de negócios do país a figurar no ranking Executive MBAs, publicado pelo Financial Times.

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