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02/04/2009 - 09:37

AES Brasil comunica suspensão da operação da termelétrica Uruguaiana

Manutenção será realizada para preservar capacidade de operação da planta tão logo se encontre solução para o negócio.

Em função da interrupção no fornecimento de gás da Argentina desde maio de 2008, a empresa comunica oficialmente a interrupção da operação da planta. Com isso, o país deixa de contar com uma usina geradora com capacidade instalada de 639 MW (megawatts) – energia suficiente para atender cerca de 20% do crescimento anual da demanda nacional.

Esta decisão decorre única e exclusivamente da incapacidade de a geradora manter suas operações em decorrência da quebra de contrato da fornecedora de gás argentina, a YPF. Como a usina não tem perspectivas de curto e médio prazos de receber o gás argentino – objeto de acordo bilateral entre Brasil e Argentina – para gerar energia, a interrupção da operação é a saída, no momento, para reduzir custos fixos e para que seja possível a retomada das atividades no futuro, quando houver disponibilidade de gás.

Em mais de 1 ano de negociações, a YPF não apresentou qualquer proposta concreta, nem manifestou interesse em encontrar solução de curto e médio prazos para o problema do desabastecimento de gás natural à Uruguaiana. Deixando de gerar energia pela falta do fornecimento do combustível, a usina também deixa de ter a receita proveniente da venda da energia que poderia ser gerada.

Mesmo sem o gás argentino, a AES Uruguaiana honrou os contratos firmados com as distribuidoras de energia. Para tanto, a empresa se viu obrigada a comprar energia no mercado spot a um custo, por vezes, muito maior que seu preço de venda, sem repasse para as tarifas cobradas dos clientes (ver tabela abaixo).

Em 2005, a AES Uruguaiana pagava US$ 3,37/MMBtu, já embutido US$ 0,34/MMBtu a título de imposto de exportação. Em julho de 2008, o gás chegou a ser cotado a US$ 20,86/MMBtu, com imposto de US$ 17,15/MMBtu.

ANEEL reconhece a “exposição involuntária” decorrente da redução dos contratos das distribuidoras com a AES Uruguaiana: os esforços para honrar os compromissos de abastecimento de energia às distribuidoras desencadearam significativa deteriorização da situação econômico-financeira da usina que, em 2008, acusou prejuízo de R$ 434 milhões.

Diante da situação, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), entendeu que a falta de gás sofrida pela usina não possibilitaria a manutenção dos contratos com as distribuidoras de energia. O órgão regulador concedeu às distribuidoras que contratavam energia da AES Uruguaiana o “direito de exposição involuntária”.

Interromper as atividades operacionais da AES Uruguaiana é uma decisão circunstancial e não implica em quaisquer mudanças no planejamento do grupo AES Corp e a manutenção de seus investimentos no Brasil. O grupo americano reitera sua estratégia de manter e intensificar os investimentos no fornecimento de energia no Brasil, sobretudo, o negócio de geração térmica no Estado do Rio Grande do Sul.

Os números referentes à AES Uruguaiana: . EBITDA negativo de R$ 76,2 milhões em 2008 frente a um EBITDA negativo de R$ 632,4 milhões em 2007 | . Prejuízos de R$ 434 milhões em 2008 e de R$ 657 em 2007.

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