G20: Brasscom defende livre comércio de TI em Londres

Com foco na crise, associação representa o Brasil em reunião e assina carta que foi entregue ao governo.

A Brasscom - Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação representará o Brasil na reunião do G20, que acontece hoje em Londres, pedindo a discussão da liberalização do comércio de tecnologia da informação. Com a crise global em pauta, a associação teme que alguns países barrem o livre comércio de serviços de tecnologia. Em comunicado, a Global Services Coalition, organização mundial americana que coordena entidades de serviços, ressalta a importância da discussão e pedem a sua inclusão no documento final do G20.

A associação e os demais países pretendem, assim, prevenir um possível retrocesso que poderia prejudicar o mercado global de TI. Segundo Antonio Carlos Rego Gil, presidente da Brasscom, o setor continua crescendo independente da crise já que é uma ferramenta utilizada para a redução de custo e aumento de controle nas empresas. Além disso, a entidade tem se empenhado para promover a marca TI Brasil no exterior, mostrando o potencial do país para crescer no exterior e se tornar um dos três principais players globais. "Claro que ainda temos que resolver questões internas para que o Brasil se torne competitivo para o mercado internacional, como o custo de mão de obra, que é 50% mais cara, e a carga fiscal muito alta", afirma Gil.

Para este ano, a previsão do IDC é de que o crescimento de TI no mercado interno brasileiro seja da ordem de 6% a 7%, o que representa um crescimento saudável em relação a 2008. Já as exportações devem aumentar 20% apesar da crise, segundo estudo da consultoria A.T. Kearney, com uma previsão de US$ 2 bilhões em offshore outsourcing. "Em 2008 as exportações brasileiras de TI foram de US$ 1,4 bilhão, o que representou um crescimento de 75% em relação a 2007", diz Gil.