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03/04/2009 - 09:43

Plano de negócios da Petrobras prevê criação de 43 mil empregos no Rio de Janeiro


Investimentos destinados a novos projetos totalizarão, neste período, US$ 174,4 bilhões, o equivalente a US$ 100 milhões por dia, recursos já garantidos apenas pela descoberta de poços identificados e mapeados. Ele destacou a participação da empresa no Rio de Janeiro, estado que abriga 80% das reservas já descobertas pela Petrobras no Brasil, além de responder por 83% da produção média nacional de petróleo.

O imponderável não faz parte dos planos da Petrobras para os próximos cinco anos. Quem garante é o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, que apresentou, no dia 1º de abril (quarta-feira), no plenário da Assembleia Legislativa do Rio, o Plano Estratégico de Negócios 2009-2013. De acordo com ele, os investimentos destinados a novos projetos totalizarão, neste período, US$ 174,4 bilhões, o equivalente a US$ 100 milhões por dia, recursos já garantidos apenas pela descoberta de poços identificados e mapeados. Ele destacou a participação da empresa no Rio de Janeiro, estado que abriga 80% das reservas já descobertas pela Petrobras no Brasil, além de responder por 83% da produção média nacional de petróleo. Gabrielli citou as ações que estão sendo feitas para modernizar e ampliar a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), além dos recursos para a implantação do Complexo Petroquímico do Rio, o Comperj, projetos que deverão criar 43.300 novos postos de trabalho.

"Grande parte destes investimentos da Petrobras, cerca de US$ 48 bilhões, é referente a ações de desenvolvimento de descobertas na chamada camada do pré-sal. Nisso sabemos da importância que terão as reservas existentes no Rio", admitiu Gabrielli. Para o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), o Parlamento poderá ser um grande articulador para trazer estes investimentos para o estado. Picciani disse acreditar que a necessidade da exportação e da compra de equipamentos para estes investimentos poderá fazer com que o Poder Executivo necessite de "leis específicas de exoneração" para a aquisição de tal maquinaria. "A Alerj vai proceder como sempre procedeu nestes casos, com agilidade e buscando atender a demanda, pois entendemos que este é um fator de desenvolvimento positivo para o Rio de Janeiro", declarou. O parlamentar, que também preside o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, responsável pela organização do evento, fez questão de salientar que estes investimentos farão com que o Rio "siga um caminho que permitirá fugirmos da crise para distribuirmos melhor a renda e diminuirmos as desigualdades sociais".

Durante a apresentação do plano, o presidente da Petrobras ressaltou que, dos US$ 174,4 bilhões, 91% serão usados no Brasil, sendo a maior parte alocada em exploração e produção de petróleo. A exploração da camada do pré-sal figura como uma das principais ações da companhia para o próximo quinquênio: "Serão 219 mil barris por dia somente na chamada província do pré-sal, área de 112 mil quilômetros quadrados entre o norte de Santa Catarina e o sul do Espírito Santo", declarou Gabrielli. O representante da Petrobras disse ainda que, somente no pré-sal, a empresa prevê investimentos de US$ 111,4 milhões entre 2009 e 2020. Gabrielli mostrou também que a companhia pretende adquirir 153 novas embarcações até 2013, investir US$ 3,7 bilhões na construção de dutos e terminais e gerar, através do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), 243 mil novos postos de trabalho associados aos programas que serão desenvolvidos a partir do Plano de Negócios.

Sobre o Complexo Petroquímico do Rio, o Comperj, e os municípios por ele afetados, os deputados petistas Gilberto Palmares e Rodrigo Neves, este presidente da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia, usaram a tribuna para fazer perguntas ao representante da Petrobras e demonstraram preocupação com o abastecimento de água para a região. O deputado Wilson Cabral (PSB) salientou a importância das descobertas na camada do pré-sal. Líder do PSDB, o deputado Luiz Paulo quis saber da negociação de uma dívida, que hoje encontra-se em R$ 1,3 bilhão, para a quitação dos débitos contraídos entre a Petrobras e o Governo do estado para a utilização do Campo de Marlim – Gabrielli comentou que esta é uma questão que está tramitando na Justiça. O deputado Domingos Brazão (PMDB) criticou uma emenda constitucional que taxa de forma diferenciada a produção de petróleo e energia, enquanto que o presidente da Comissão de Economia da Alerj, deputado André Corrêa (PPS), quis saber como a Petrobras irá captar recursos para a realização dos projetos apresentados. O pedetista Paulo Ramos mostrou-se preocupado com o futuro da Refinaria de Manguinhos e quis saber por que apenas cinco – Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, Sapucaia e Três Rios – dos 92 municípios fluminenses não são contemplados com recursos dos royalties do petróleo.

Presidente da Comissão de Minas e Energia da Casa, o deputado Glauco Lopes (PSDB) perguntou a Gabrielli sobre investimentos da companhia em refinarias no Norte e Noroeste do estado e na implantação de uma fábrica de fertilizantes na região Sudeste do País. "Vamos fazer investimentos significativos nas UTEs Barbosa Lima Sobrinho, em Seropédica, Leonel Brizola, em Caxias, e Mário Lago, em Macaé. Sobre a fábrica de fertilizantes, temos recursos para construir uma, mas não sabemos ainda onde", informou o presidente da Petrobras. O deputado Altineu Côrtes (sem partido) quis saber se os preços dos combustíveis poderiam ser mais baratos. "Os preços do diesel e da gasolina seguirão sendo determinados pelas cotações internacionais. Não tem como fugirmos disso", admitiu Gabrielli.

Presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), a prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho, participou do evento e falou sobre as ações que realizou em prol do setor quando era governadora do Rio. "Os estaleiros, que estavam abandonados, foram revitalizados nos governos do Garotinho e meu, bem como a importação de equipamentos para o pólo gás-químico e a implantação do programa de beneficiamento do Gás Natural Veicular, o GNV", relatou. A ex-governadora disse ter ficado satisfeita com a explanação de Gabrielli, mas mostrou-se preocupada com o fato de o presidente da Petrobras não ter indicado investimentos específicos para a criação de uma refinaria em Campos e para a construção de um aeroporto aa área do Farol de Barra do Furado. "O que queremos é realizar ações conjuntas entre municípios, Petrobras e Agência Nacional de Petróleo (ANP)", garantiu Rosinha.

Também compuseram a mesa de cerimônia o vice-governador e secretário de Estado de Obras, Luiz Fernando Pezão; o presidente da Associação Comercial do Rio, Olavo Monteiro de Carvalho; o presidente da Associação de Engenharia do Estado do Rio, Francis Bogosian; o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio, Raul Sanson; o chefe do Gabinete da Presidência da Petrobras, Armando Ramos Tripodi, e o coordenador da Presidência da Petrobras, Fernando Paes de Carvalho. Na platéia estiveram presentes os secretários de Estado de Fazenda, Joaquim Levy, e da Agricultura, Christino Áureo, deputados federais, deputados estaduais e prefeitos e vereadores de 30 cidades do interior fluminense. | Site www.alerj.rj.gov.br

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