Especialista comenta seqüestro de marinheiros britânicos pelo Irã

Cinco iranianos presos no Iraque, no último dia 23 de março, capturaram 15 fuzileiros britânicos. O Irã não pretende negociar a liberação dos marinheiros, pois afirma que tem evidências suficientes para provar que as forças britânicas estavam navegando em águas iranianas, embora o Reino Unido tenha declarado que os mesmos estavam em águas iraquianas quando foram presos. "A ação do governo iraniano de capturar e acusar soldados britânicos de invadirem águas territoriais, mostra que o impasse na crise do programa nuclear do Irã pode aumentar e até chegar em uma crise. A atitude dos iranianos - justamente quando o Conselho de Segurança voltou a discutir sanções ao país, ao mesmo tempo que o presidente Ahmadinejad cancelou sua visita ao CS - mostra que as autoridades iranianas não estão recuando de seu programa. Além disso, já anunciaram que vão diminuir sua cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica, num ato que pode ser considerado enfrentamento à comunidade internacional. Assim, volta à discussão se sanções econômicas têm os efeitos desejados, possibilidade que não tem sido confirmada pelo histórico de enfrentamentos diplomáticos anteriores. Ou seja, a possibilidade de crise está aumentando cada vez mais", diz Gunther Rudzit, professor do curso de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco, especialista em Segurança Internacional e doutor em Ciência Política.