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04/04/2009 - 10:13

É hora de observar oportunidades no exterior, diz Luiz Fernando Furlan

Presidente da Sadia defende maior presença de empresas brasileiras em outros países

São Paulo– O presidente do Conselho de Administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, sugeriu ontem à noite aos 175 empresários presentes ao workshop JLIDE – Jovens Líderes Empresariais, no teatro VIVO, em São Paulo, aproveitar o período de crise nos mercados financeiros internacionais e observar oportunidades de negócios fora do Brasil. “Em vários setores, isso é possível”, afirmou Furlan, que fez apresentação com o tema “Gestão nos Tempos de Escassez”. “Com essa maior participação dos empresários brasileiros em outros países, vamos consolidar a imagem do País como figura fundamental no centro das decisões econômicas”, explicou o ex-ministro do Desenvolvimento, referindo-se à reunião do G-20 em Londres, da qual participou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Furlan mostrou otimismo sobre a posição do Brasil frente à crise. “Nossas chances são melhores que a dos outros países. E hoje o Brasil é visto como parte da solução”, afirmou, acrescentando que o Brasil tem talentos para avançar seus negócios em outros países e se consolidar na liderança econômica não apenas no agronegócio, mas em diversos outros setores, como aviação, calçados e até mesmo tecnologia da informação. “Estamos acompanhando o surgimento de multinacionais neste segmento, e o mundo quer alternativas aos indianos”, disse o empresário.

“Nosso país hoje está nas melhores condições entre os emergentes para sair fortalecido da crise. Quando ela passar, teremos condições de estar entre os primeiros do mundo. É preciso apenas reunir três fatores fundamentais: oportunidade, preparo e ousadia, vontade de fazer as coisas acontecerem”, explicou Furlan durante sua apresentação.

O ex-ministro destacou ainda que as vendas da Sadia cresceram 10% no primeiro trimestre do ano, apesar da crise, o que prova a capacidade do país de encontrar saídas para crescer, mesmo nas adversidades. “Nós temos hoje um classe média equivalente a 52% da população que vai lutar para não perder a posição. Nosso mercado interno e nossa economia diversificada, além dos programas sociais, são variáveis que estão fazendo a diferença, nos colocando em situação mais confortável que os demais países.”

Furlan defendeu a redução da burocracia como o fator mais urgente para ajudar os empresários brasileiros a crescer neste momento. “Atualmente perdemos cerca de 5% do PIB todos os anos com demoras, entraves, despachantes, custos de intermediação. É como andar vários quilômetros com uma mochila de 20 quilos nas costas. Quando tirarmos esse peso, imagine o quanto poderíamos andar mais do que fazemos hoje”, destacou.

Ao ser questionado sobre um suposto quadro de hostilidade que vem sendo enfrentado pelas multinacionais brasileiras que atuam em países da América do Sul, Furlan foi taxativo: a projeção das empresas brasileiras no exterior incomoda os concorrentes locais, e isso não pode ser motivo para recuar. “Temos que nos acostumar com esse tipo de jogo. Passou-se o tempo em que éramos coitadinhos. Não podemos ter medo do risco.”

O workshop JLIDE foi comandado pelo presidente do LIDE, João Dória Jr. Também participaram da reunião a presidente do LIDEM – Grupo de Mulheres Líderes Empresariais, Silvia Coutinho, e do LIDE-EDH, Osmar Zogbi, além do presidente do JLIDE, André Martins.

Perfil do JLIDE: O Grupo de Jovens Líderes Empresariais é formado por executivos e empreendedores, com até 40 anos, que ocupam posição de liderança em empresas associadas ao LIDE – Grupo de Líderes Empresariais. Atualmente, 53 empresas participam da associação do JLIDE.

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