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04/04/2009 - 10:40

Ações, dólar e investimentos: perspectivas para o primeiro semestre de 2009

O primeiro trimestre, ou metade do primeiro semestre de 2009, já passou! E a sensação de que o pior também já passou começa a aparecer através dos números positivos do mês de março e do acumulado do primeiro trimestre de 2009. E aí aparecem as perguntas: o que vai acontecer até o final do ano? Onde investir? Devo comprar dólar para a viagem de julho? Nesse cenário de crise, estimar a evolução desses indicadores financeiros com certo grau de acerto até o meio do ano já será lucro!

Bolsas: o Ibovespa acumulou alta de 7,18% em março (acumulado no ano de 8,98%). Foi o primeiro trimestre no azul desde o período entre abril e junho do ano passado, quando o Ibovespa subiu 6,6%, sob o impacto da conquista da classificação de grau de investimento. Esse desempenho levou a bolsa ao topo do ranking dos investimentos no mês de março e no acumulado do ano. A bolsa brasileira se destaca entre as principais bolsas mundiais por causa do ganho positivo acumulado até março de 2009. Apenas as bolsas da Coréia do Sul (7,27%) e da China (30,34%) tiveram situação similar. Na Europa, todas acumularam perdas no primeiro trimestre: Paris (-12,76%), Londres (-11,46%), Frankfurt (-15,08%), Milão (-14,84%). A famosa bolsa de Nova York – Dow Jones também acumulou perda de 13,30%. Comentário: É possível dizer que a bolsa brasileira e as internacionais já conheceram o “fundo do poço” (no início de março). Essa recuperação foi impulsionada pela alta na cotação das commodities (matérias-primas), o esforço do governo Obama na ajuda às montadoras e aos bancos e a volta do investidor estrangeiro ao Brasil com um fluxo positivo acumulado, nesse primeiro trimestre, de R$ 2,3 bilhões. Sem dúvida, é um excelente momento para investir-se em ações. Privilegie ações da Petrobras, da Vale, dos grandes bancos brasileiros e empresas ligadas ao setor elétrico. Mas lembre-se: mantenha apenas 20% dos seus investimentos, a longo prazo, em ações!

Dólar: em março, o dólar comercial teve um desempenho negativo de 2,24%, superado apenas pelo ouro que teve queda de 4,29%. No trimestre, o dólar perdeu 0,73% ante o real. Mas, mesmo assim, ficou acima da inflação porque o IGP-M no trimestre caiu 0,92%. O dólar turismo teve o pior desempenho com a perda de 2,81% em março e no acumulado do ano, perda de 2,02%. Já o dólar paralelo teve alta tanto em março (0,40%) como no acumulado do ano (1,64%). Comentário: devido à tendência de queda da taxa Selic nas próximas reuniões do Copom e ao movimento de alta das bolsas mundiais é bem provável que se retome o movimento de desvalorização do dólar perante as moedas internacionais, inclusive perante o real. Muitos bancos já sinalizam um dólar comercial abaixo de R$ 2,00 para o final do ano. Para esse primeiro semestre, o provável patamar do dólar comercial é de R$ 2,10. Portanto, não é interessante comprar dólar agora para as próximas viagens ao exterior. E também não é vantajoso comprar dólar como diversificação de investimentos.

Fundos, CDB e Caderneta de Poupança: os fundos RF e DI tiveram rendimento médio positivo, em março, de 0,76%. Para pequenos investidores, a rentabilidade foi um pouco menor, de 0,60%. No acumulado do ano, os fundos RF e DI tiveram ganhos reais de 4,15% e de 3,84%, respectivamente. Já os CDBs de grandes bancos com investimento inicial acima de R$ 100 mil renderam, em média, 0,68% (acumulado real de 3,22%). Comentário: a maior parte dos investimentos deve estar em aplicações sem renda variável. Concentre seus investimentos em um único banco. Dessa maneira, é possível conseguir melhor retorno financeiro e são cobradas menores taxas de administração.

. Por: Marcos Crivelaro, professor PhD da FIAP e da Faculdade Módulo, especialista em matemática financeira e consultor em finanças. Coautor do livro “Como sair do vermelho e tornar-se um investidor de sucesso”.

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