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06/04/2009 - 12:09

Panorama dos setores na França


Indústria aeronáutica - As empresas estrangeiras encontram-se muito bem representadas na França, por meio de consórcios europeus dos quais participam empresas francesas (EADS, ATR etc.) ou de terceirizadas e fornecedores independentes. Atualmente, elas respondem por 47% do faturamento do setor. Cinquenta fabricantes de componentes elétricos e eletrônicos originários do mundo inteiro atuam, por exemplo, no projeto do A380. Várias empresas estrangeiras, principalmente americanas, participaram do projeto do Falcon.

Uma indústria sólida - A indústria aeronáutica francesa, cuja competitividade foi conquistada graças a diversos programas europeus de cooperação, desfruta de reputação mundial. Atualmente, representa uma capacidade industrial de primeira linha: 131.000 assalariados altamente qualificados e mais de 30 bilhões de euros de faturamento em 2006, sendo três quartos exportados, a metade ligada ao programa Airbus. Com atuação em todos os segmentos, a indústria aeronáutica francesa marca presença em termos de P&D, de balança comercial, de crescimento e de criação de empregos qualificados. Graças ao dinamismo do mercado e ao sucesso de seus novos programas, para os quais encomendas importantes foram anunciadas, a indústria francesa obteve em 2005 e 2006 um crescimento bastante expressivo, muito superior aos 10% da média anual.

Grupos líderes em seu mercado - O setor encontra-se estruturado por meio de aproximadamente dez grupos. Cada um deles ocupa uma posição de destaque, até mesmo de líder mundial, em sua especialidade. Eis alguns exemplos: • EADS/Airbus - líder em aviões de linha, ao lado da Boeing; | • Safran - líder em motores; | • Turbomeca - líder mundial na construção de motores para helicópteros; | • Eurocopter - filial da EADS, principal fabricante mundial de helicópteros com os programas Tigre e Puma; | • Dassault Aviation - líder mundial em jatos particulares com o programa Falcon e um dos principais fabricantes da aeronáutica militar com o Rafale; | • Arianespace - ocupa as primeiras posições mundiais no mercado de satélites.

Estes construtores mobilizam uma rede de várias centenas de empresas terceirizadas e de fornecedores que ocupam posições de destaque em áreas especializadas, tais como: informática embarcada, sistemas de navegação e de detecção e materiais compósitos.

Mão de obra qualificada - A qualidade da mão de obra constitui um grande trunfo em um setor no qual o quadro de funcionários é formado por 60% de engenheiros e executivos. Escotas mundialmente reconhecidas -- dentre as quais podemos citar Sup'aéro, Ensica, Enac e Ensma — são responsáveis pela formação de engenheiros de alto nível.

Uma atividade de pesquisa intensa - As empresas aeronáuticas francesas aplicam mais de 16% de seu faturamento em P&D, um nível superior ao das empresas dos grandes países concorrentes. As despesas privadas de P&D atingem 2,3 bilhões de euros, possibilitando a contratação de 15.600 assalariados, sendo 8.400 pesquisadores. Os órgãos públicos também marcam presença, principalmente com o centro francês de pesquisa aeroespacial ONERA (2.000 assalariados, sendo 1.500 pesquisadores) e a agência francesa espacial CNES (que participa ativamente dos programas da agência espacial europeia). E, ainda, os centros nacionais de pesquisa e tecnologias especializadas (CNRT). Dentre as áreas de excelência da pesquisa francesa, podemos citar: propulsão e combustão, materiais compósitos, aerodinâmica, acústica, sistemas eletrônicos e informatizados embarcados.

Destinado à concepção e à fabricação assistidas por computador, o software CÁTIA constitui um exemplo de case bem-sucedido. Inicialmente criado pela Dassault Aviation para uso interno, progressivamente afirmou-se como uma ferramenta no mercado internacional.

França, terra acolhedora - As companhias estrangeiras encontram-se muito bem representadas na França, seja por meio de consórcios europeus dos quais participam empresas francesas (EADS, ATR etc.), seja por meio de empresas terceirizadas e fornecedores independentes. Atualmente elas respondem por 47% do faturamento do setor.

Agroindústria e indústria alimentícia - Na França, a tradição do setor alimentício baseia-se na... inovação! Os líderes mundiais sabem disso e, cada vez mais, têm implantado seus centros de P&D em território francês, onde são elaborados produtos de vanguarda.

Alimentos-saúde - Derrubando as fronteiras existentes entre nutrição, saúde, bem-estar e cosmética, o setor de alimentos-saúde (dietética, produtos funcionais e complementos alimentares) continua a se expandir. A expansão baseia-se em parcerias e uaiitJÍtMtíiiuias út; knuw-iiuw, qutí íimiumúmimiiLt; uuunem pui iniuicúiva uub puiub úe competitividade franceses dedicados à nutrição, como: Vitagora (Vallée du Rhône), Qu(3)Jimed (Lanquedoc-Roussillon), Prod'lnnov (Aquitaine), Aliments de Demain (Bretanha), Nutrition Santa Longévité (Nord-Pas-de-Calais). Apenas na região Oeste da França, a indústria de alimentos-saúde emprega 6.000 trabalhadores.

Ao lado de líderes nacionais, como Danone e Lactalis, altamente envolvidos com a fabricação de alimentos bioativos e lights, multinacionais como Unilever e Nestlé escolheram a França para sediar seu departamento de P&D mundial nessa área.

Biorrecursos energéticos - A diminuição dos recursos fósseis e a preocupação com a proteção ao meio ambiente abrem grandes possibilidades para os agrorrecursos, tanto em termos de bioenergias (biocombustíveis, biogás, cogeração elétrica etc.) quanto de biomoléculas (biossolventes, biolubrificantes, biopolímeros) ou agromateriais — tais como cânhamo ou linho, cujo uso não para de crescer nas indústrias da construção, automobilística, têxtil etc. O polo de competitividade Agrorecursos, nas regiões de Champagne-Ardenne e Picardie, especificamente, serve como um importante catalisador entre as indústrias e os laboratórios de pesquisa. Seu objetivo é tornar-se, até 2015, a referência europeia em matéria de valorização não alimentar de recursos agrícolas. Esse contexto estimulante, bem como as perspectivas de desenvolvimento dos mercados na Europa, constituem argumentos poderosos para motivar as empresas estrangeiras a se instalarem na França. Em 2006, o grupo espanhol Acciona, o alemão Saria, o americano Cargill e o inglês Ineos escolheram o país para ali desenvolver suas atividades na área de biocombustíveis.

Produtos alimentícios intermediários - As trocas de semiprodutos entre indústrias representa um segmento de mercado particularmente ativo. Com um crescimento anual médio de cerca de 10% nos últimos dez anos, os produtos alimentícios intermediários (PAI) e os aditivos alimentares representam hoje 25% da atividade da agroindústria e da indústria alimentícia francesa. Em 2006, as irlandesas Moy Park e Kerry Ingrédients (instaladas na região Nord-Pas-de-Calais) e as japonesas Ariake e Ajinomoto (presentes na Normandie, na Picardie e no Norte da França) contribuíram para o desenvolvimento do setor.

Tais trunfos fazem da França um dos países mais atraentes para projetos relacionados à agroindústria e à indústria alimentícia na Europa. Não por acaso, o país recebeu entre 2002 e 2005 mais de 15% dos projetos internacionais realizados nessa região do mundo, gerando em média 2.500 empregos por ano. Vale destacar que, na França, as empresas estrangeiras oferecem cerca de um em quatro dos empregos no setor da agroindústria e da indústria alimentícia.

Indústria automobilística - O setor automobilístico francês oferece às indústrias estrangeiras interessantes perspectivas de desenvolvimento no âmbito de projetos inovadores.

Opção pela inovação - A indústria automobilística mundial representa um mercado de proporções gigantescas, de mais de 1 bilhão de dólares por ano e 66,5 milhões de veículos produzidos, mas também uma atividade na qual a concorrência dos fabricantes asiáticos e de países com baixo custo salarial se faz sentir cada vez mais. Para manter níveis de produção competitivos, os países desenvolvidos devem apostar na inovação e na concepção de novos equipamentos e de veículos com alto valor agregado, uma escolha que a França deliberadamente privilegiou.

Forte base industrial - Em suas 20 unidades de montagem, a França fabrica hoje 3,5 milhões de veículos, ocupando assim o 2° lugar da produção europeia, com participação de 17,1 %. Suas duas principais montadoras nacionais - PSA e Renault - situam-se, respectivamente, na 8a e na 10a posições mundiais. Juntas, elas abrem perspectivas para os fabricantes de componentes elétricos e eletrônicos, permitindo a estruturação de uma importante cadeia em torno de empresas de dimensão internacional, a exemplo da Faurecia e da Valeo.

A indústria automobilística francesa emprega no total 300.000 funcionários, aos quais devem somar-se 400.000 trabalhadores contratados pelos fornecedores de semiprodutos e serviços. Sua qualidade reconhecida apoia-se em uma ampla rede de centros de formação especializados, dentre os quais podemos citar Cesti/Supmeca, Escola Nacional dos Profissionais da Indústria Automobilística (GARAC), Ensam, Estaca e Instituto Francês do Petróleo.

Um setor voltado para a inovação - As montadoras francesas PSA e Renault aplicam 5% do seu faturamento em P&D, fazendo da indústria automobilística o primeiro investidor industrial em P&D do país, empregando, no total, 30.000 pesquisadores e técnicos. Estes últimos encontram-se engajados em programas que envolvem a disponibilização de competências oriundas de setores dos mais diversos, da eletrônica aos materiais, passando pela energia; daí a importância das parcerias transversais. A PSA, por exemplo, firmou alianças estratégicas com a Fiat, para a produção de veículos utilitários na região de Nord-Pas-de-Calais (Sevelnord). E, ainda, com a Saint-Gobain, a Faurecia e a japonesa Ibiden, para a produção de motores diesel "limpos", com filtro de partículas.

Os fabricantes de componentes não ficaram de fora: a Faurecia, por exemplo, está na vanguarda da pesquisa mundial em matéria de proteção ativa e passiva de pedestres e passageiros. As indústrias também podem apoiar-se em uma ampla rede de centros de pesquisa públicos, como Inrest, Aec, Inria, CNRS, LCPC e IFP-Ensmp. Mais especificamente, a França encabeça a pesquisa mundial nos segmentos de motores híbridos (veículo de demonstração com motor híbrido HDi), de veículos elétricos, de eletrônica para automóveis, de materiais inovadores e de tratamento de superfícies.

A implantação de poios de competitividade -- como Mov'eo (Vallée de Ia SeineJ, Véhicules du futur (Alsace e Franche-Comté), Automobile haut de gamme (Pays-de-la-Loire e Rennes), Lyon Urban Truck&Bus 2015 (Rhône-Alpes), Mobilité et transports avances (Poitou-Charentes) — permitiu valorizar esses trunfos, abrindo novas perspectivas para o lançamento de projetos inovadores em termos de parcerias que envolvem diversas empresas estrangeiras.

Múltiplos projetos estrangeiros - A França ocupa há dez anos as primeiras posições em termos de captação de investimentos no segmento automobilístico na Europa - com 40.000 empregos criados pelos projetos estrangeiros nesse período. Dentre as várias montadoras estrangeiras presentes no país, podemos citar a Toyota, que elegeu a cidade de Valenciennes para a produção de seu modelo Yaris (4.000 funcionários) e implantou seu centro de design ED2 no tecnopolo Sophia Antipolis. Sem falar da Daimler Chrysler, que produz o modelo Smart em Hambach, na região da Lorraine, captando numerosos fabricantes de componentes para seu parque industrial fornecedor. Quanto aos estrangeiros - dentre os quais podemos citar os principais nomes do setor, como Delphi, Bosch, Sanden e Magna -, eles representam 64% das vendas e 70% das exportações do setor.

Entre os projetos marcantes de 2006, podemos mencionar o da empresa americana Modern Engineering, que, em setembro do mesmo ano, anunciou a criação de uma nova unidade no parque tecnológico de Metrotech, em Saint-Jean-de-Bonnefonds, cidade próxima a Saint-Étienne. O empreendimento previu 150 novos postos de trabalho com alto valor agregado, em um período de três anos. Fundada em 1946, a Modern Engineering trabalha na otimização de processos de fabricação e da cadeia de fornecedores de material rodante.

Logística - Centralidade geográfica, qualidade das infraestruturas e da mão de obra, disponibilidade de espaços. No total, a logística representa na Europa cerca de 5 milhões de empregos e 200 projetos internacionais, que todos os anos buscam uma localização ideal no continente. A França dispõe de inúmeros atrativos para captar esses investimentos.

Logística - A globalização se traduz pela implantação de redes de produção e de distribuição cada vez mais complexas e extensas, pelas quais circulam quantidades de produtos cada vez maiores. Transportá-los de maneira confiável e eficiente, a um custo moderado, tornou-se para as empresas um fator-chave de competitividade. A função logística ganha então uma importância capital — seja ela administrada interna ou externamente (como cada vez mais ocorre), graças a prestadores de serviço especializados.

Localização geográfica excepcional - Fazendo fronteira com seis países europeus, a França situa-se na confluência dos eixos de transporte norte sul e leste-oeste do continente e nas proximidades imediatas de seu centro económico. Em um raio de 2.000 km de Paris, vivem 600 milhões de consumidores - o maior mercado do mundo - acessíveis em menos de 48 horas. Segunda economia da Europa, o país conta com uma vocação natural para desempenhar o papel de centro de intercâmbio dos transportes internacionais, oferecendo uma base industrial e de mercado de primeira linha.

Ofertas locais de infraestruturas e equipamentos de alta qualidade - A França dispõe de 11.000 km de rodovias, da mais extensa rede de TGV da Europa, de 190 aeroportos (seis deles internacionais) e de um hub mundial (apenas Paris representa 20% do transporte europeu de passageiros), e, enfim, de vários portos importantes como Marseille, 1° porto do Mediterrâneo, e Lê Havre, 5° porto de contêiner europeu). O país propõe ainda uma oferta imobiliária com boa relação custo-benefício em suas várias plataformas multimodais. Na região parisiense, por exemplo, o volume total dos entrepostos existentes atinge 20 milhões de metros quadrados, com preços três vezes mais baixos que os de Londres.

Contexto legislativo e administrativo favorável - A França prevê serviços gratuitos de consultoria oferecidos pela alfândega em 40 centros de informação, procedimentos informatizados e em sinergia com outros 22 países europeus, atendimento rápido e personalizado.

Indústria de serviços logísticos: solidez e modernidade - O setor logístico francês é encabeçado por empresas especializadas, de renome internacional, como Gefco, Norbert Dentressangle, FM Logistics, CAT e STEF-TFE. Se levarmos em conta também as atividades realizadas internamente pelas empresas industriais e de varejo, a França possui cerca de 800.000 pessoas contratadas nessa área.

A busca constante por eficiência e inovação - A contínua busca da França pela excelência pode ser traduzida pela implantação, em 2005, do polo de competitividade Logistique Seine-Normandie, que visa fazer do eixo Rouen-Le Havre a plataforma multimodal mais eficiente da Europa. E ainda do polo l-trans, na região de Nord-Pas-de-Calais, que tem como propósito o desenvolvimento de sistemas de transporte eficientes que integram o conceito de multimodalidade, sobretudo no setor ferroviário.

Todas essas razões explicam o fato de os profissionais internacionais da logística terem feito da França um de seus destinos privilegiados na Europa, ali criando em média 2.500 empregos anualmente, na última década. A partir de seu hub de Roissy (77.000 m2), a FedEx, por exemplo, processa diariamente 750 toneladas de correspondências para atender 215 países.

Saúde e biotecnologia - Em 2005, o segmento de saúde e biotecnologia representava 400 empresas com cerca de 20 mil funcionários (ocupando a 3a posição na Europa, atrás do Reino Unido e da Alemanha). A Europa é o segundo mercado de medicamentos do planeta, com 30% da demanda mundial. Dentro desse continente, o francês situa-se em segundo lugar, ao lado da Alemanha.

Crescimento rápido do mercado mundial de medicamentos - O mercado mundial de medicamentos, estimado em cerca de US$ 600 bilhões, está crescendo rapidamente (cerca de 7% por ano, nos últimos três anos). Nessa área, a inovação representa a própria condição de sobrevivência dos laboratórios farmacêuticos, confrontados com a baixa duração de vida dos produtos e a concorrência dos genéricos.

Daí vêm os esforços consideráveis em termos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), sendo que a concepção de um novo medicamento custa, em média, US$ 800 milhões. E, ainda, vários projetos internacionais de investimento, motivados pela necessidade de acesso aos maiores mercados e aos melhores recursos tecnológicos e científicos. Nessa área, a França oferece vantagens significativas.

Indústria farmacêutica sólida - Na França, a indústria farmacêutica emprega diretamente cerca de 100 mil profissionais, aos quais podemos acrescentar o setor de materiais médico-cirúrgicos (45 mil profissionais), os fornecedores de semiprodutos (química fina) e os prestadores de serviço (600 empresas especializadas). Na Europa, a França é a número um na produção de medicamentos, contando com cerca de 220 unidades industriais exclusivas e 550 empresas, sendo várias delas líderes em seus respectivos setores de atividade (Sanofi-Aventis, 3a empresa do setor, Mérial, Pierre Fabre, Servier, Beaufour etc.)..

Capacidade global de pesquisa - Com 22 mil pesquisadores e técnicos, o setor farmacêutico ocupa na França a segunda posição na área de pesquisa, atrás apenas da indústria automobilística. Os esforços privados unem-se aos importantes centros públicos de pesquisa, tais como CNRS, INSERM, CEA, institutos Pasteur e Pierre et Marie Curie, cujo orçamento total para pesquisa é de 2,3 bilhões de euros. Desde a criação do Pasteur, a prática de transferência de tecnologia entre pesquisadores e indústrias representa uma tradição no país.

Exemplos disso são as indústrias de alimentos e de cosméticos, que investem em novos tipos de produtos voltados para a saúde, como aiicamentos (alimentos com efeito de medicamentos) e dermocosméticos. Por essas e outras, a França é hoje um país bastante atraente para projetos farmacêuticos. Nos últimos dez anos, os projetos de origem estrangeira criaram mais de 12 mil empregos apenas no setor de medicamentos.

Dentre as empresas estrangeiras que já optaram pela França, podemos citar Daiichi-Sankyo, Takeda, AstraZeneca, Baxter, Chugai, Boehringer-lngelheim, GSK, Johnson & Johnson, Lilly, MSD, Merck AG, Novartis, Novo-Nordisk, BSQ, Pfizer, Roche, Serono e Schering Plough. Elas são responsáveis por 51 % do faturamento do setor farmacêutico, sendo que essa porcentagem atinge 69 % no setor de material médico.

Cooperação com setores conexos -Em 2006, a atratividade do país foi confirmada, sobretudo em razão de um grandioso projeto da GSK, perto de Valenciennes. Outros investimentos foram realizados por Novartis, Boehringer ingelheim, Merz e, no setor de material médico, pela Elektra. Naquele ano, mais de 1.500 empregos foram criados na área de biofarmácia, graças a esses investimentos.

Química, materiais, energia e meio ambiente - Compósitos, química fina, plasturgia, nuclear. Na imensa área de materiais e energia, a França dispõe de vários pontos fortes que não passaram despercebidos pelos investidores internacionais. Os materiais e a energia representam, globalmente, uma fonte importante de investimentos internacionais. Há mais de 16% dos projetos catalogados na Europa (exceto aquisições) pelos observatórios da AFII (Agência Francesa para os Investimentos Internacionais), desde 2002.

No setor químico - A indústria francesa é a 5a maior produtora e a 3a maior exportadora mundial. Na Europa, fica atrás apenas da Alemanha, com faturamento na ordem de 60 bilhões de euros e um quadro de 194 mil funcionários (considerando-se os setores de borracha e pneus, com destaque para farmácia e transformação de plásticos). A indústria química de base apoia-se em cinco grandes plataformas (sendo as duas principais Fos-Lavera, no Sul, e Lê Havre-Port-Jérôme, na Normandie). Diversas delas contam com grandes áreas disponíveis.

Quanto à indústria química de aplicação e de especialidade, o parque industrial francês ocupa, com seus 57 mil assalariados, a segunda posição na Europa, apresentando pontos fortes, principalmente na área da química fina (princípios-ativos para a indústria farmacêutica).

Por fim, dentre as principais empresas de capital francês, podemos citar TotalAtofina (4° grupo petroquímico mundial) e Michelin (líder mundial em pneus).

Outras indústrias de base - A França também dispõe de trunfos importantes, como demonstra a lista de seus campeões nacionais: Saint-Gobain, primeiro produtor mundial de vidro; Lafarge, líder mundial de materiais de construção, e Air Liquide, líder mundial de qases industriais.

A França também é o 3° produtor de aço e o 1° produtor de alumínio primário da União Europeia.

Esses produtos passam, em seguida, por transformação. E, inclusive nessa área, a França está presente. Com seus 171 mil assalariados e distritos industriais, como Oyonnax ou Alençon, a plasturgia francesa desempenha papel fundamental no cenário europeu. Tal competência é particularmente reconhecida em setores com alto teor de inovação, como materiais compósitos e artigos têxteis técnicos.

As empresas francesas também ocupam posições de líder mundial no setor energético (sobretudo nuclear, com a Areva, líder mundial do ciclo do combustível, e a EDF, a número um em energia elétrica da OCDE), bem como no setor de tratamento de água e esgoto (Suez, Veolia e Vivendi).

Um país aberto aos investimentos - As empresas estrangeiras representam 55,4% do faturamento das indústrias de processamento, 44,9% de sabonetes e perfumes, 40% de química de base e 38% de transformação de matérias plásticas. Além das multinacionais petroquímicas, como Shell ou ExxonMobil, vários especialistas da química fina e de especialidade, como Rohm & Haas, Toray Soficar, TBI Synthesia, Dupont e BASF estão presentes. A abertura do mercado energético francês começa a despertar interesse. Em 2006, vários projetos de centrais elétricas (Atei e Verbund, principalmente) foram realizados. Esse ano também foi muito proveitoso para as indústrias químicas (com o projeto Bluestar, por exemplo), bem como para a metalurgia (Sapa, Oyako, Silpro etc.).

Duas vantagens principais: • Mão de obra qualificada - Além de centros de formação universitária, existem 17 escolas de engenharia química em atividade na França. Entre elas, as principais são ENSCPB (Bordeaux), ENSCPESPCI-ESCOM (Paris), CPE-ITEHC (Lyon), EGIM (Marseille) e INSA (Rouen). | • Grande capacidade de pesquisa e inovação - Mais de 19 mil pessoas estão empregadas na área de P&D das empresas químicas, de plasturgia e de borrachas, que destinam mais de 2 bilhões de euros para seus gastos com pesquisas. Vários poios de competitividade foram implantados no setor de química e plasturgia, como o Exelera (química meio ambiente), Plasturgie, na região de Rhônes-Alpes, e MIPI (novos materiais), na região da Lorraine.

Tecnologias da informação e comunicação (TIC) - Com seus polos de competitividade internacionais nas áreas de microeletrônica, softwares e tecnologias de telecomunicações, a França oferece oportunidades de negócios de primeira linha às empresas internacionais.

As tecnologias da informação e comunicação (TIC) constituem um imenso setor, que engloba as áreas de eletrônica, informática e telecomunicações, e integram materiais, softwares e serviços. Várias tendências contribuem para o dinamismo dos fluxos internacionais de investimentos nessas atividades, como crescimento rápido do mercado (ligado ao surgimento constante de novos produtos e aplicações), fenômenos de convergência tecnológicos (acompanhados por constantes reestruturações do setor) e necessidade das empresas em adquirir status mundial (a fim de financiar e amortizar seus gigantescos gastos com pesquisas). Apenas na Europa, mais de 700 projetos internacionais (exceto aquisições) foram catalogados anualmente, entre 2002 e 2005. A França oferece vantagens importantes para atraí-los: Componentes eletrônicos e de equipamentos de comunicação - Principalmente nas áreas de componentes eletrônicos e de equipamentos de comunicação, com respectivamente 60 mil e 54 mil assalariados, a França ocupa as primeiras posições na Europa. Dentre as empresas francesas líderes em sua atividade no âmbito internacional, podemos mencionar Thomson Multimedia (MPEG mp3), Alcatel, France Telecom, Gemplus, ST Microelectronics e Sagem.

Competência real em softwares e serviços de informática - O setor de softwares e serviços de informática emprega na França 321 mil funcionários e atinge um faturamento de mais de 40 bilhões de euros. Dentre os principais segmentos de excelência franceses, podemos citar CAD/CAM (Dassault systemes Lectra), e-tradíng (GL Trade), linguagem natural (Itesoft, AZIa composants logiciels), apoio à decisão (Business Objects), softwares de gestão (Adonix), softwares ligados à eletrônica de uso doméstico (Thomson), efeitos especiais e vídeo games (Infogrammes, Ubisoft e Visgames).

Pessoal qualificado - A França é o segundo país europeu em número de graduados nas áreas ligadas às TIC. O país dispõe de uma rede de estabelecimentos de ensino superior de renome, a exemplo da Supélec (École Superieure d'Électricité), de escolas nacionais de telecomunicações de Paris e da Grã-Bretanha e do Instituto Nacional de Telecomunicações.

Grande capacidade de inovação - Os 45 mil pesquisadores na área de telecomunicações (principalmente na France Telecom e nos grandes laboratórios públicos GET, INRIA, CEA e CNRS) têm um papel de destaque em várias inovações marcantes, como ATM, GSM, UMTS e códigos turbo para processamento do sinal. Tais trunfos permitiram que a França atraísse um fluxo importante de projetos estrangeiros, que vem criando mais de 6.500 empregos por ano, ao longo da última década. A maioria das multinacionais estrangeiras implantou na hrança bases importantes de operação. Dentre as empresas presentes no país, podem ser citadas Motorola, LG Electronics, Atmel, IBM, NXP e Freescale. As companhias estrangeiras representam 71,5% do faturamento da indústria francesa.

A área de P&D, por sua vez, representa um dos setores preferidos desses investidores, que frequentemente estabelecem parcerias com a França. A Microsoft, por exemplo, criou um laboratório comum com o INRIA (Instituto Nacional de Pesquisa em Informática e Automação) na área de ciências do cálculo. Já a Hitachi trabalha em parceria com o INRIA e a Eurecom no desenvolvimento da quarta geração de sistemas de comunicação (IP, WIFI tecnologias). A Motorola dispõe, desde 1967, em Toulouse, de um grande centro de excelência em telecomunicações (GSM, GPRS, UMTS) e a LG Electronics instalou em Paris seu centro de P&D europeu, dedicado à telefonia móvel.

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