Presidente da CNI pede redução dos spreads bancários dos bancos públicos

Brasília - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, cobrou dos bancos públicos brasileiros medidas políticas para atenuar os impactos da crise financeira mundial. De acordo com Monteiro Neto, os bancos precisam cumprir o papel de irrigar o crédito, melhorar as condições de financiamento para as indústrias brasileiras e reduzir os spreads bancários (a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a taxa cobrada dos clientes).

“É preciso atuar para que os spreads bancários, esses custos tão elevados de financiamento, possam ser reduzidos para ativar a economia. Não há razão para que as condições de financiamento não melhorem”.

De acordo com o presidente da CNI, o país não segue a postura que está sendo adotada para reduzir custos e combater os efeitos da crise econômica.

“O Brasil tem taxas muito altas que não harmonizam com a experiência de todos os países de reduzir a taxa básica de juros e fazer esforço para redução dos spreads”, disse Monteiro Neto.

Ele participou nesta quarta-feira, 8 de abril, da reunião do Grupo de Acompanhamento da Crise (GAC) realizada no Ministério da Fazenda no período da tarde

Segundo o presidente da CNI, a pauta do Grupo de Acompanhamento da Crise está centrada na preocupação com a falta de crédito ao setor industrial, sobretudo aos pequenos e médios empresários.

“As empresas nacionais estão deslocadas nas concorrências porque estão em desvantagem na área tributária. Num momento em que o país precisa manter os empregos é preciso oferecer, em algumas áreas, condições isonômicas para as empresas nacionais”, concluiu Monteiro Neto.