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09/04/2009 - 09:50

Pesquisa conjunta da Mayo Clinic com outras entidades identifica novos compostos que podem levar a nova classe de medicamentos contra depressão

Pesquisadores da Clínica Mayo, do campus de Jacksonville, Flórida, e da Virginia Tech de Blacksburg, Virgínia, licenciaram, para o laboratório AstraZeneca, compostos químicos que potencialmente podem ser aplicados para o desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento de depressão. A colaboração entre as duas instituições tem como objetivo o desenvolvimento de novos compostos e a pesquisa contínua de ambas instituições com inibidores de recaptação tripla.

De acordo com o pesquisador Elliott Richelson, médico do Departamento de Farmacologia da Clínica Mayo, esta pesquisa é importante porque os inibidores de recaptação tripla bloqueiam a recaptação dos neurotransmissores serotonina, norepinefrina (ou noradrenalina) e dopamina. Hoje, alguns antidepressivos disponíveis no mercado inibem ou bloqueiam a recaptação da serotonina, enquanto outros bloqueiam a recaptação de ambos, serotonina e da norepinefrina. Um elemento chave no modo de ação da célula nervosa é o retorno à célula de origem de um neurotransmissor liberado para conduzir sua mensagem a outras células. Este mecanismo é chamado de recaptação. Na depressão, poucos neurotransmissores são liberados no cérebro e, ao bloquear a recaptação desses três neurotransmissores, mais neurotransmissores poderiam ser enviados às células nervosas. É este o foco da pesquisa da Mayo – desenvolver uma nova classe de antidepressivos que bloqueie a recaptaçao dos três neurotransmissores.

Esta pesquisa foi iniciada há mais de 10 anos, quando o médico Elliott Richelson foi convidado, pela sua experiência em farmacologia psiquiátrica e em tratamento de pacientes com depressão e ansiedade, pelo químico Paul Carlier (hoje na Virginia Tech), a avaliar e colaborar com sua nova descoberta. Os esforços dos pesquisadores foram estimulados já que os atuais medicamentos não atendem todas as necessidades de tratamento da depressão. Em alguns casos, o tratamento com antidepressivos pode levar semanas antes que os sinais e sintomas da doença comecem a ser aliviados. Há também uma grande porcentagem de pacientes que não encontra alívio com o tratamento inicial, tendo que tentar outros medicamentos e de 10% a 15% dos portadores de depressão são considerados resistentes a tratamento. “Há esperanças de que os inibidores da recaptação tripla possam ter um início de ação mais rápido e propiciar alívio a uma porcentagem maior de pacientes, incluindo aqueles que são resistentes a tratamento”, diz Elliott Richelson.

Os inibidores de recaptação tripla também poderão ser mais convenientes para os pacientes, diz o pesquisador, já que a possibilidade dos inibidores de recaptação tripla reagirem com outros inibidores parece pequena e não há restrições a alimentos”, diz o pesquisador.

“A promessa dessa pesquisa é o desenvolvimento de novos compostos químicos para o tratamento de uma variedade de doenças psiquiátricas, além da depressão”, diz Elliott Richelson. “Com um melhor equilíbrio na regulação da recaptação da serotonina, dopamina e norepinefrina, os pacientes têm uma maior possibilidade de aliviar, com sucesso, seus sintomas psicológicos”.

O trabalho conjunto da Mayo, Virgina Tech e AstraZeneca continua e tem como meta identificar novos compostos químicos; esta colaboração está de acordo com a missão da Mayo de atender as necessidades dos pacientes, levando os resultados da pesquisa e as descobertas para o mercado mundial.

Mais informações sobre tratamento da depressão e outras doenças psiquiátricas na Clínica Mayo, na Flórida, contate o departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 1-904-953-7000 ou e-mail [email protected].

Perfil da Mayo Clinic - A Clínica Mayo é o primeiro e maior centro de medicina integrada do mundo. Médicos de todas as especialidades trabalham juntos no atendimento aos pacientes, unidos por um sistema e por uma filosofia comum, de que “as necessidades dos pacientes vêm em primeiro lugar”. Mais de 3.300 médicos, cientistas e pesquisadores, além de 46.000 profissionais de apoio, trabalham na Clínica Mayo, que tem unidades em Rochester (Minnesota), Jacksonville (Flórida) e Scottsdale/Phoenix (Arizona). Juntas, as três unidades tratam mais de meio milhão de pessoas por ano.

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