A melhor amiga da Páscoa

Em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, o mercado brasileiro de chocolates, desafiando a crise mundial, cresceu 5% em volume de vendas e 11% no faturamento, revelam dados bimestrais da Nielsen. Além desses números, estimulam o otimismo dos produtores as boas perspectivas para a Páscoa, cuja comemoração significa o principal momento do ano para o setor. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), serão comercializados 113 milhões de ovos de Páscoa, 12% a mais do que em 2008. O faturamento deverá alcançar R$ 828 milhões, representando crescimento de 7,9% em relação a igual período do ano passado. Em volume, a expansão prevista é de 4,8%, significando 24 mil toneladas.

Diante de tais números, quem deve estar preocupado é o Coelhinho da Páscoa... Afinal, será imenso o trabalho de entrega de 113 milhões de ovos, desde as fábricas até o consumidor final, passando pelos atacadistas e centros de distribuição. Mas, para sorte do antológico e simpático personagem, a cadeia de suprimentos da indústria alimentícia no Brasil encontra-se bastante avançada em termos de automação, favorecendo a eficiência logística e o adequado abastecimento de todos os postos de venda. Código de barras, Intercâmbio Eletrônico de Dados (EDI), o moderníssimo EPC/RFID - Código Eletrônico do Produto e outras ferramentas e tecnologias garantem a eficácia na interação entre as fábricas, distribuidores, atacadistas e varejistas. A agilidade e segurança que propiciam, precisão nas informações e racionalização de custos também contribuem para que os preços dos chocolates não sejam ainda mais pressionados pela importação de cacau pelo Brasil. O consumidor percebe de modo muito claro esses avanços no segmento do varejo. E este está bem preparado para atender ao movimento de comercialização de ovos de Páscoa, em decorrência da crescente presença da automação nas lojas. O processo não se restringe à emissão de um cupom fiscal. Envolve controle eficaz dos estoques, reposição em tempo real das mercadorias, redução de custos, aumento de produtividade e acesso amplo a informações estratégicas para o negócio.

Trata-se de um conjunto de benefícios cada vez mais acessível, pois os softwares e equipamentos têm preço muito menor do que no passado e sua operação torna-se paulatinamente mais simples. É perceptível — em especial em momentos de maior demanda, como nas vendas de chocolates na Páscoa — a relação de causa-efeito entre os processos eficazes do varejo e a satisfação do consumidor, cada vez mais exigente, seletivo e ávido pelo bom atendimento.

A automação proporciona um panorama geral da loja, melhorando o controle de atividades como atendimento em balcão, encomendas e vendas. Com a substituição de processos manuais por informatizados, é possível agregar agilidade e redução de custos, aumentando, assim, a rentabilidade e a competitividade.

Esses avanços são viabilizados pelo código de barras e o EDI e, mais recentemente, pelo EPC/RFID, disseminados e administrados no País pela GS1 BRASIL, entidade multissetorial, sem fins lucrativos, voltada a multiplicar a automação em todas as cadeias de suprimentos. Essas ferramentas, embora invisíveis ao grande público, proporcionam imenso ganho de eficiência.

Para o consumidor final, contudo, o que importa é a qualidade que percebe, em especial nos momentos de elevada procura por um ou mais produtos, como ocorre em datas festivas. Ninguém quer enfrentar longas filas, mau atendimento ou, pior, a frustração de não encontrar o que procura. A automação, pela agilidade que oferece na ponta do consumo ,por facilitar a logística e a reposição contínua de mercadorias, propicia adequado gerenciamento de estoques e contribui de modo decisivo para a eficácia dos processos de produção, distribuição e venda. É por isso que o Coelhinho da Páscoa, sem pestanejar, a elegeu como sua melhor amiga...

. Por: Flávia Ponte Bandeira S. Costa, assessora de Soluções de Negócios da GS1 Brasil.