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10/04/2009 - 10:12

Condor vai zerar o lixo orgânico gerado em suas lojas


Rede supermercadista e IAP encontram alternativa sustentável para zerar e reaproveitar 100% os resíduos orgânicos.

O Condor Super Center vai zerar o resíduo orgânico gerado por suas lojas em Curitiba e Região Metropolitana. Com um projeto revolucionário, o novo sistema vai possibilitar que o lixo, que seria depositado no aterro do Caximba, seja 100% reaproveitado voltando para a cadeia produtiva da alimentação animal e compostagem, contribuindo na geração de empregos e renda para a sociedade. O Condor é a primeira rede supermercadista do Brasil a utilizar este novo processo, cujo projeto foi idealizado e acompanhado pessoalmente pelo Diretor-Presidente do IAP – Instituto Ambiental do Paraná, Dr. Vitor Hugo Burko, e o desenvolvimento e implantação ficou a cargo da Abdalla Ambiental.

Hoje o Caximba recebe cerca de 2.300 toneladas/dia de lixo orgânico e com a implantação do novo programa nas lojas de Curitiba e Região Metropolitana, serão 20 toneladas/dia a menos de lixo depositadas no local, contribuindo assim decisivamente para minimizar o problema do aterro e contribuir para a preservação da natureza.

“O lixo deveria ser uma das maiores preocupações da sociedade, pois afeta diretamente os recursos naturais do planeta e a qualidade de vida das futuras gerações. Sabendo que os aterros estão saturados e causam graves impactos ambientais, o Condor vinha estudando uma solução ambientalmente correta e eficiente para zerar o lixo de forma limpa e segura e o novo programa vem ao encontro da política da empresa, acabando com o problema e contribuindo para transformar o passivo ambiental em fonte produtiva e sustentável”, relata Pedro Joanir Zonta, presidente e fundador do Condor Super Center.

Antes da implantação, o Condor fez uma experiência de 90 dias no Hipermercado da Nilo Peçanha, que atestou o projeto como a melhor alternativa para diminuir os impactos ambientais causados pelo lixo no Brasil, transformando os resíduos em ração animal e compostagem. Pelo fato de ser um programa automatizado e fechado, não existe mau cheiro, evita a proliferação de insetos, doenças e contaminações, além de gerar empregos.

Segundo o Diretor-Presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, após o lançamento o IAP vai disponibilizar a tecnologia para todos os grandes geradores de resíduos orgânicos do estado.

O programa: O processo consiste na transformação de resíduos orgânicos em ração animal e adubo orgânico (composto). Em um local montado dentro de um padrão de higiene e segurança no depósito do supermercado, o processo inicia-se com a separação criteriosa do lixo orgânico do reciclado. Após a separação, a parte orgânica é acondicionada em um processador que torna o resíduo pastoso apropriado para ser transportado por um caminhão especial até a granja. Nesse local, é acondicionado em um outro processador, onde é novamente triturado. Em seguida passa por um outro processo que consiste em uma caldeira com serpentina, que faz a pasteurização em 90ºC para eliminar qualquer tipo de contaminação, conforme determina a legislação federal. Após este procedimento, segue canalizado por um sistema automatizado até o tanque receptor, que vai conduzir de forma homogênea a ração animal nas baias para alimentar os suínos. O lixo, que seria altamente prejudicial ao meio ambiente, se transforma em um alimento nutritivo e saudável para os animais.

Para fechar o elo da cadeia produtiva e reaproveitar 100% os resíduos orgânicos, o processo referente ao tratamento dos resíduos líquidos e pastosos gerados na granja de criação de suínos, passará por lagoas anaeróbicas, leitos de secagem de lodos e compostagem. A água tratada será reutilizada para a manutenção de lagos criadouros de peixes e o lodo, após a compostagem, será beneficiado e transformado em um condicionador organomiral para solos.

Segundo o engenheiro agrônomo, Benno Doetzer, do Emater, este sistema além de apresentar benefícios ambientais por reciclar o resíduo e transforma-lo em proteína animal e adubo orgânico, também contribui com a redução dos custos de produção e sanitários, além de utilizar corretamente os resíduos na alimentação.

O objetivo do processo é procurar fechar o ciclo dos produtos agropecuários, que são enviados para o consumo urbano e retornam como adubo orgânico para os agricultores familiares. “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, diz Marco Antonio Zanini, da Aballa Ambiental, citando o famoso químico francês, Antoine Lavoisiel.

Na granja são 3000 suínos beneficiados pelo novo programa, que chegam ao local com 45 kg e são tratados para atingirem 100 Kg.

“Para implantar e manter este novo processo de zerar o ciclo de resíduo, o custo para o Condor é superior do que destinar ao aterro, mas os benefícios ao meio ambiente compensam esses investimentos. O mundo está no limite e precisa de ações rápidas e concretas para encontrar soluções sustentáveis que garantam a qualidade de vida das futuras gerações”, completa Zonta.

Condor - O Condor Super Center foi a primeira grande rede a adotar o uso das sacolas oxi-biodegradáveis em suas lojas. É uma empresa genuinamente paranaense, sendo a 12ª maior rede de supermercados do Brasil, segundo o Ranking da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados. Conta com mais de 6 mil colaboradores, possui 02 centrais de distribuição e 27 lojas, entre hiper e supermercados e, está em 10 cidades do Paraná, sendo: 01 em Campo Largo, 14 em Curitiba, 01 em Londrina, 02 em Paranaguá, 03 em Ponta Grossa, 01 em São José dos Pinhais, 01 em Apucarana, 02 em Araucária, 01 na Lapa e 01 em Maringá.

Em 2008 teve um faturamento de R$ 1,196 bilhão e a meta é atingir em 2014 um faturamento anual de R$ 2 bilhões.

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