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14/04/2009 - 11:18

Mercado promissor na renovação de máquinas


Parque industrial brasileiro de transformação de plástico é composto em 80% por máquinas antigas e deve se atualizar nos próximos anos.

A indústria nacional de processamento de plásticos conta com cerca de 60 mil máquinas em seu parque fabril para atender ao setor automotivo, de embalagens, utensílios de cozinha e tantos outros que dependem destes produtos. Deste total, em torno de 80% das máquinas já estão na indústria há mais de 15 anos e apresentam tecnologia desatualizada. Para estimular a modernização deste segmento, aumentando a eficiência e a produtividade das máquinas, a Abimei fundou, recentemente, a Câmara Setorial de Plásticos, coordenada por Roberto Guarnieri, que atua no setor há 16 anos e é gerente da divisão de plásticos do Grupo Furnax.

Segundo Guarnieri, para suprir este mercado existem apenas seis fabricantes nacionais e grande parcela da demanda é atendida por empresas importadoras, que somam cerca de 30 em todo o Brasil. “As fábricas consomem por volta de 2.000 máquinas injetoras por ano; no máximo 300 sopradoras e menos de 80 extrusoras. Apenas 60% deste volume é de equipamentos novos, o resto vem do mercado de máquinas usadas”, esclarece o coordenador.

Guarnieri conta que a Furnax tem como prática oferecer gratuitamente aos seus clientes uma medição do consumo de energia dos equipamentos em atividade, como forma de mostrar o desperdício gerado pelo modelo ultrapassado. “Vejo muitas empresas gastando uma fortuna com o consumo de energia, enquanto poderiam investir em equipamentos novos e evitar este gasto no futuro”, revela. Além de gastar desnecessariamente com a energia, as máquinas antigas são ainda menos precisas e mais lentas na velocidade da produção.

Os países asiáticos são os principais fornecedores de máquinas plásticas para o Brasil. E, ao contrário de outros segmentos, os produtos feitos na China não são vistos com preconceito pelo setor. “Os fabricantes chineses têm uma margem de lucro baixa e ganham no grande volume de produção. É um país que oferece equipamentos bons – com alta performance, preço competitivo e uma grande variedade”, comenta Guarnieri.

O coordenador concorda com a filosofia chinesa de produzir pensando em exportar para o mundo e não apenas abastecer a demanda interna: “Até a Europa, reconhecida pelas máquinas de altíssima qualidade e tecnologia, utiliza produtos chineses para produções menores”. Segundo o profissional, o problema com as máquinas made in China está nas vendas realizadas por empresas não estruturadas no Brasil e, por isso, incapazes de oferecer serviços de pós-venda. “Essas empresas trabalham não mantêm estoque, peças de reposição ou equipe treinada para assistência técnica”, afirma.

Para Guarnieri, o mercado está concentrado na venda de máquinas pequenas e as injetoras representam a maior parcela das vendas para processos de transformação de plástico. “Este tipo de máquina produz menos do que uma sopradora, por exemplo, por isso é necessária em maior quantidade. Outro motivo é o fato de ser um equipamento flexível, capaz de produzir as mais diversas peças”, explica Guarnieri.

As injetoras atendem também ao setor automotivo e devem aumentar a presença nestas fábricas nos próximos anos, já que o setor pretende aumentar o uso de plástico em carros. "O uso do material em veículos deve aumentar de 10% para 30% da composição total. Já estão sendo desenvolvidas janelas de material plástico para carros, que substituem os vidros e podem tornar o automóvel mais leve e reduzir o risco de ferimentos em caso de acidente”, prevê o executivo.

Enquanto as novas tecnologias do setor automotivo não chegam, Guarnieri acredita que mesmo com a queda nas vendas que o segmento deve sofrer, o ano será positivo para os importadores. “Os investimentos anunciados pelo governo em construção civil devem estimular a demanda por máquinas para a produção de canos PVC”, avalia. Há ainda o mercado de substituição de máquinas, com cerca de 50 mil equipamentos com mais de 15 anos aguardando a troca por novos: “Este é o nosso grande desafio e também o nosso filão”. | Abimei.

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