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14/04/2009 - 11:41

Cheque cresce como opção de financiamento

Se existe uma redução da oferta de crédito por parte dos bancos para o consumidor, pequenas e médias empresas do varejo, o cheque torna-se uma rápida maneira de obter financiamento. A possibilidade de negociação direta entre o consumidor e o varejista, além da flexibilidade de prazos e parcelamentos, explicam o crescimento da preferência pelo cheque pré-datado. Mas deve existir uma relação de mútua confiança porque o cheque é uma ordem de pagamento à vista. Ao emiti-lo, ele poderá ser descontado imediatamente. Se o cheque estiver sem fundos e este for devolvido duas vezes pelo banco, o comprador passará a fazer parte do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) do Banco Central.

Devido à maior utilização dos cartões de débito e de crédito, muitos consumidores e lojistas estão desacostumados a preencher e receber cheques. Ambos devem ter cuidados para evitar o aumento nos índices de inadimplência e de fraude com cheques. Isto porque, do total de cheques emitidos, a fraude atinge na cidade de São Paulo o índice de 0,48%, seguido do interior do estado (0,46%). Os estados do Espírito Santo, Bahia e Pará vêm em seguida com 0,24%, 0,24% e 0,20%, respectivamente. Portanto, esses índices de fraudes são significativos perante o total da inadimplência registrada com cheques, que chega a 3%.

Cuidados na hora do preenchimento e recebimento do cheque:

1) Evite receber talões pelo correio, prefira retirá-los na própria agência. Caso você receba os talões pelo correio, analise se o envelope não tem nenhuma espécie de violação e/ou se os dados referentes ao nome, número da conta corrente, CPF e a quantidade de cheques do talonário estão corretos;

2) Guarde os talões em local seguro e ande apenas com algumas folhas na carteira. Nunca deixe cheques assinados em branco, soltos ou no talão. Separe os cheques de qualquer documento pessoal. Destrua os talões de contas inativas;

3) Confira o preenchimento do valor numérico: nunca deixar espaços em branco entre os números. Antes e depois do número preencha com os símbolos #. Por exemplo, R$ #3.000,00#;

4) Confira o preenchimento do valor por extenso, elimine os espaços vazios e evite rasuras. Dica: se o cheque for de R$ 1.000,00, escreva Hum mil reais. Isto para evitar que Um se transforme em Cem mil reais;

5) Confira a assinatura do cheque junto a um documento de identificação com foto do portador do cheque e o cartão do banco;

6) Anotar o número de telefone e endereço do emitente no verso, além de uma declaração de sua finalidade e o endosso do emitente;

7) Não utilize caneta hidrográfica ou com tinta que possa ser facilmente apagada. Evite canetas oferecidas por estranhos;

8) Emita sempre cheques nominais e cruzados, e não deixe que outra pessoa preencha as folhas. Muito cuidado ao pagar contas de pequeno valor com cheques (sobretudo a pessoas ou lojas desconhecidas) e confira cuidadosamente os dados do canhoto com seu extrato bancário, para verificar se a compensação foi feita de maneira correta;

9) Não aceite cheques com valor diferente da compra ou cheques de terceiros com valor já preenchido, cheques rasurados ou com manchas e borrões;

10) Não utilize máquina de escrever com fita à base de polietileno, pois os valores preenchidos poderão ser facilmente apagados e modificados;

11) Verifique se não há rasuras na numeração do cheque e da conta bancária (a tonalidade da tinta deverá ser sempre a mesma). Compare se os dados impressos em código de barras localizados no rodapé de cada cheque conferem com os dados impressos na 1.ª linha na parte superior do cheque;

12) Certifique-se que o cheque que está recebendo não é clonado (uma folha de cheque verdadeira que tem o nome e os números do RG e CPF originais apagados e substituídos por outras informações. Na prática, isso significa que uma pessoa com nome “sujo” pode utilizar o nome de outra - sem registro de débitos).

. Por: Marcos Crivelaro, professor PhD da FIAP e da Faculdade Módulo, especialista em matemática financeira e consultor em finanças. Coautor do livro “Como sair do vermelho e tornar-se um investidor de sucesso”.

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