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29/03/2007 - 08:03

Quatro países Latino-americanos estão entre os 50 melhores no Relatório Global 2006-2007 de Tecnologia da Informação do World Economic Forum


Chile e Barbados são os líderes da América Latina com o 31º e 40º lugar entre 122 países. O Brasil ocupa a 53ª posição, mantendo-se praticamente estável em relação ao ano passado.

Genebra, Suíça - O Índice de Tecnologia da Informação do World Economic Forum (Networked Readiness Index- NRI) 2006-2007 demonstra o progresso tecnológico da América Latina durante o ultimo ano, com avanços registrados na maioria das nações da região. Não apenas os grandes países, como México (49º), Argentina (63ª) e Peru (78º) subiram várias posições, mas a mesma tendência foi ainda mais aparente em países menores da América Central e Caribe, como Jamaica (45ª), Costa Rica (56ª), República Dominicana (66ª) e Guatemala (79ª), que registraram grandes avanços. Chile (31º), Brasil (53º), Colômbia (63ª) e Venezuela (83ª) estão praticamente estáveis comparados com o ano passado.

Os avanços registrados na região podem ser atribuídos às estratégias de TCI (Tecnologia da Comunicação e Informação), que fazem parte das agendas políticas da maioria dos países latino-americanos desde o ano passado, numa tentativa de reduzir a exclusão digital e aumentar a competitividade.

“Os resultados do NRI 2006-2007para a América Latina apontam para uma estratégia bem-sucedida de diminuição da exclusão digital quando comparada com outras regiões com o mesmo nível de desenvolvimento, como a Europa Oriental e a Ásia. As estratégias tecnológicas adotadas e implementadas na região na última década e a crescente conscientização da necessidade de desenvolver infra-estruturas para o setor e oferecer acesso em grande escala estão começando a surtir efeito, possibilitando um aproveitamento muito mais efetivo na América Latina. Entretanto, há ainda uma série de obstáculos a ser vencida para suprir o potencial da região. Entre eles: os sistemas de educação e capacitação devem ser ampliados e ganhar mais eficiência para enfrentar os desafios de uma economia interligada; além disso, a área de Pesquisa & Desenvolvimento precisa de mais investimento público e privado”, disse Irene Mia, economista Sênior da Rede de Competitividade Global do World Economic Forum e editora conjunta do Relatório.

Com o número recorde de 122 economias incluídas em sua sexta edição consecutiva, o Relatório Global de Tecnologia da Informação (Global Information Technology Report - GITR) se tornou referência para medir o impacto de tecnologias de comunicação e informação (TCI) sobre o processo de desenvolvimento e competitividade entre nações. O Índice de mede a capacidade dos países em aproveitar as oportunidades oferecidas pelo setor de tecnologia para alavancar seu o desenvolvimento e competitividade. O ranking também oferece uma ferramenta de comparação internacional, estudando os fatores que possibilitam o desenvolvimento competitivo de cada avaliado.

O estudo é publicado pelo World Economic Forum em cooperação com a INSEAD, uma das principais escolas internacionais de administração de empresas, e patrocinado esse ano pela Cisco.

“Nos últimos anos, o mundo presenciou o poder da Tecnologia da Informação revolucionando o cenário econômico e empresarial, capacitando as pessoas, criando redes sociais e comunidades virtuais. Reconhecendo o valor do segmento como catalisador de crescimento e prosperidade global, o World Economic Forum – em conjunto com a INSEAD desde 2002 – produz anualmente o Relatório Global de Tecnologia de Informação, desde 2001, avaliando os avanços em mais de 100 economias. A pesquisa é um instrumento confiável para facilitar o diálogo público-privado, servindo como ferramenta para permitir que políticos, líderes empresariais e outras partes interessadas possam avaliar melhor e de maneira contínua seu progresso”, disse Professor Klaus Schwab, fundador e presidente Executivo do World Economic Forum.

Sob o tema “Conectando uma Economia em Rede”, o estudo é divulgado num momento crucial para o papel da tecnologia da comunicação e informação na economia mundial, quando o acesso à Internet é cada vez mais considerado base fundamental para o desenvolvimento de economias e sociedades. Em linha com o objetivo do World Economic Forum em expandir a cobertura geográfica do Relatório, esse ano sete novos países de diversas regiões (principalmente a Ásia e a África) passam a figurar na pesquisa.

“Não existe mais qualquer dúvida a respeito da implementação de redes na economia global – a grande maioria das indústrias está adotando processos de negócios em rede – e agora o foco da discussão não é “se”, mas “como” nos conectamos para maximizar os benefícios para as empresas e a sociedade”, disse John Chambers, presidente e CEO da Cisco.

O Índice avalia o nível de preparo dos países para usar tecnologias da informação e comunicação em três áreas: no ambiente regulatório, empresarial e de infra-estrutura da TCI; a capacidade dos três principais agentes – indivíduos, empresas e governos – para usar e aproveitar da TCI; e a implementação real das últimas tecnologias de comunicação e informação disponíveis.

Soumitra Dutta, professor de Administração e Tecnologia, reitor de Relações Externas na INSEAD e editor conjunto do relatório, explicou: “O Índice fornece um retrato dos pontos fortes e fracos no desenvolvimento do TCI em cada país e a capacidade de aproveitar a tecnologia para aumentar a sua competitividade. O estudo pode ser utilizado por legisladores e líderes empresariais como uma fonte de informações e benchmarks neutra para melhorar o desenvolvimento tecnológico de suas nações.”

• A Dinamarca chega ao primeiro lugar pela primeira vez, subindo 2 posições em relação ao ano passado e seguindo a tendência dos últimos quatro anos. A Dinamarca se beneficiou de uma visão clara do governo e inicialmente focou na penetração e uso da TCI, criando níveis muito altos de utilização de PCs e Internet, além de um sistema de e-government e um ambiente de comércio eletrônico extremamente dinâmico. Um mercado interno bem desenvolvido, com a continuidade no trabalho educacional e Pesquisa & Desenvolvimento, além de tecnologias e aplicativos inovadores, construíram a base para uma indústria de alta tecnologia do mais alto padrão.

• Os outros países nórdicos, exceto a Islândia, que perdeu o terreno conquistado no ano passado, seguem a tendência de alta de Dinamarca, com a Suécia, a Finlândia e a Noruega subindo 6, 1 e 3 posições para o 2º, 4º e 10º lugar, respectivamente. Os países nórdicos têm sido presença constante entre os 10 primeiros lugares nos últimos 6 anos, refletindo o desenvolvimento excepcional da sua tecnologia e seu nível competitivo em geral. A receita dos países nórdicos para alcançar o sucesso competitivo e tecnológico é baseada na ênfase desses países em educação, estabelecendo e desenvolvendo instituições de ensino altamente eficientes e uma cultura de inovação; instituições bem estruturadas e transparentes que resultam num ambiente propício para negócios; e a disposição de importantes agentes nacionais para adotar as últimas tecnologias.

• Cingapura perdeu um lugar e atingiu a 3ª posição, mantendo uma posição dominante pelo quinto ano consecutivo. A excelência tecnológica de Cingapura é baseada no ambiente regulatório e empresarial, no governo, que foca na adoção e difusão das últimas tecnologias, e na penetração da TCI e na capacidade de atrair o setor privado para uma estratégia e visão comuns de preparação para o setor.

• Entre os 20 primeiros lugares, a Suíça sobe quatro lugares e chega em 5º, sendo um dos países que mais ganhou posições, depois da Suécia e Holanda, ambos subindo 6 lugares no ranking. O talento suíço em tecnologia é impulsionado pelo ambiente empresarial notável e a liderança eletrônica efetiva do setor corporativo, e em menor escala da sociedade civil, para incentivar o uso e a inovação tecnológica.

• Os Estados Unidos perdem o primeiro posto, caindo 6 lugares e chegando em 7º, principalmente depois da deterioração do ambiente legislativo e político. Mesmo assim, o país continua na vanguarda da inovação, com um dos melhores sistemas de ensino superior, o alto nível de cooperação com a indústria, e o mercado altamente eficiente. Esse último fator contribui muito para o desenvolvimento e crescimento do setor de TCI (especialmente a disponibilidade de capital de risco, a sofisticação dos mercados financeiros e a facilidade de abrir uma empresa).

• Entre outros países europeus, a Holanda (6), o Reino Unido (9), Alemanha (16), Áustria (17) e a Estonia (20) também figuram entre as primeiras 20 colocações. O destaque é a Estônia pelos grandes avanços da última década na área de desenvolvimento tecnológico e competitividade em geral, baseada na visão e na estratégia de TCI desenvolvidas pelo governo. A Irlanda (21) e a França (23) também aproveitam plenamente da TCI para alavancar seu crescimento, enquanto outros países, como a Itália (38) e a Grécia (48) ficam atrás, embora a Itália mostre uma tendência de alta durante os últimos dois anos, ganhando 4 posições comparada ao ano passado.

• Outros países da Ásia e do Pacifico continuam em destaque. Hong Kong, Taiwan, Japão, Austrália e Coréia ocupam a 12ª, 13ª, 14ª, 15ª, e 19ª posições, respectivamente, embora Taiwan e Coréia tenham perdido lugares conquistados no ano passado (queda de 6 e 5 posições respectivamente). A Índia e a China registraram resultados negativos, com a Índia caindo 4 posições, chegando em 44ª, e a China retrocedendo 9 posições, em 59ª. Salvo algumas áreas específicas de excelência TCI em ambos os países, seu aproveitamento para gerar desenvolvimento sofre muito, especialmente com a falta de infra-estrutura e o baixo nível de penetração TCI na Índia e a falta de preparo e uso entre indivíduos e empresas na China.

• Os países com o melhor ranking na América Latina são o Chile (31), Barbados (40), que aparece pela primeira vez, Jamaica (45), México (49), Brasil (53) e a Costa Rica (56). O ranking da região mostra uma tendência para cima, com grandes países como o México, Argentina (63) e Peru (78) ganhando várias posições. A mesma tendência é ainda mais forte em pequenos países do Caribe e da América Central, como a Jamaica (45), Costa Rica (56), República Dominicana (66) e Guatemala (79), que registraram avanços impressionantes. O crescimento registrado na região é baseados na maior ênfase dada às estratégias tecnológicas, que fazem parte das agendas políticas da maioria dos países desde o ano passado, numa tentativa de reduzir a exclusão digital e aumentar a competitividade.

• A África sub-Saara registra resultados menos positivos, com todos os países salvo a Nigéria (88) caindo no ranking. Todos os campeões regionais da TCI perderam posições, com a África do Sul, Maurício e Botsuana caindo 10, 6 e 11 lugares, chegando em 47º, 51º e 67º. Embora a região tenha ampliado a taxa de penetração recentemente com muita rapidez e seus mercados oferecem muito potencial para investidores, a velocidade de desenvolvimento não acompanhou o resto do mundo. A falta de infra-estrutura, o ambiente regulatório sobrecarregado e o fraco desempenho nas áreas de governança e educação atrasam a região e deixam de realizar o potencial da TCI e aumentar o desenvolvimento.

• Na região MENA (Oriente Médio e África do Norte), a Tunísia (35), Marrocos (76) e Argélia (80) melhoraram seu índice tecnológico comparado com o ano passado, enquanto o Egito caiu 14 posições, indo para o 77º lugar. Israel, na 18ª posição, continua líder incontestável do Oriente Médio, com alto nível de sofisticação tecnológica, inovação e penetração TCI. Os países do Golfo, salvo o Kuwait que caiu 8 posições e foi para 54ª, continuam estáveis comparados com o ano passado. Os Emirados Árabes lideram a região na 29ª colocação. Eles continuam enfatizando o desenvolvimento da TCI, lançando uma série de iniciativas para criar grupos relacionados ao setor.

• O Relatório Global de Tecnologia de Informação 2006-2007 é dividido em quatro partes: As primeiras duas partes oferecem ensaios escritos por especialistas e acadêmicos com conhecimento relevante e experiência na área de TCI. A atualização do Índice de Tecnologia da Informação é seguida por capítulos sobre assuntos relacionados à tecnologia da informação e relatórios a respeito do estado de desenvolvimento na Estónia, África sub-Saara, Japão e China. A terceira parte inclui 122 perfis detalhados dos países, proporcionando um retrato do nível de penetração e uso da TCI em cada país; por último, o relatório apresenta tabelas de dados com o ranking dos países em cada variável usado para calcular o Índice.

Os editores do Relatório são Soumitra Dutta da INSEAD, uma das principais escolas de administração de empresas, e Irene Mia, do World Economic Forum.

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