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15/04/2009 - 10:24

Mercado do luxo no Brasil prevê crescimento moderado, aponta pesquisa pela GfK Brasil em parceria com a MCF Consultoria

Terceira edição da pesquisa aponta resultados do setor em 2008 e perspectivas para 2009.

O mercado do luxo no Brasil teve crescimento em 2008, mas deve diminuir o ritmo em 2009. O setor que faturou em 2008 US$ 5,99 bilhões e cresceu 12,5% em relação a 2007, tem para 2009 a previsão de um crescimento em menor intensidade, devendo atingir 8% e faturamento de US$ 6,45 bilhões. Os dados são da terceira edição da esperada pesquisa que avalia o desempenho do setor no Brasil e mensura suas expectativas de investimento. O estudo “O mercado do luxo no Brasil – ano III”, iniciativa conjunta da GfK Brasil e MCF Consultoria & Conhecimento, foi realizado de novembro de 2008 a fevereiro de 2009 com 102 empresas que atuam no segmento do luxo ou premium no Brasil. A pesquisa também contemplou o consumidor do luxo e mapeou as preferências e os gostos de 549 consumidores deste segmento no País.

Pesquisa sobre o mercado - Os investimentos do setor que em 2007 foram de US$ 770 milhões e em 2008 de US$ 950 milhões, tem a previsão de chegar aos US$ 830 milhões em 2009. Além destes resultados, a pesquisa também apontou que, assim como as duas primeiras edições do estudo, a tributação elevada foi citada como o principal obstáculo para o crescimento do setor (para 62% dos empresários ouvidos na pesquisa). O outro entrave mais citado foi recursos humanos, com 11%.

A crise ronda o setor - Questionados sobre a influência da crise nos negócios, o setor se mostrou otimista. Apenas 14% do mercado acredita que no ano de 2009 seu negócio será muito afetado pela crise, contra 34% que acredita que não haverá nenhum impacto. A escassez de crédito também não preocupa. 46% dos empresários do segmento do luxo acreditam não serem afetados em nada por este motivo e apenas 15% temem ser muito afetados.

Apesar deste otimismo, a pesquisa aponta cautela do mercado. Das empresas estudadas, 64% devem diminuir a velocidade dos investimentos e 30%, apesar da crise, devem acelerar. 3% afirmaram manter e 3% interromper os investimentos. Quanto às metas de faturamento, em virtude da crise, 46% das empresas revisaram suas previsões para baixo, 32% mantiveram e 22% revisaram para cima.

O perfil do setor - Das empresas estudadas, a maior parte atua no segmento do varejo com 58%, seguida por serviço (29%) e indústria (13%). Quanto a atuação específica, 27% são do ramo de moda, seguidas por calçados (17%), automóveis, joalherias e perfumarias com 10% cada. Empresas de alimentos, bebidas alcoólicas, cosméticos, confecção/ vestuário, mobiliário e hotelaria completam os segmentos do mercado de luxo.

Sobre a atuação das empresas no exterior, 42% responderam que têm presença fora do País, e 41% de seus clientes já realizaram compras da marca fora do Brasil, sendo o preço mais baixo o principal motivador para isso, de acordo com 63% dos entrevistados. A reversão desta realidade renderia 61% a mais no faturamento destas empresas aqui no Brasil e 34% em aumento do quadro de pessoal. Outros fatores que motivam a compra do luxo longe das fronteiras nacionais são variedade e glamour, que ficaram empatados com 19% cada.

Para o setor, a marca considerada benchmark nacional é a H. Stern com 24%, seguida da Daslu com 13% e Fasano com 10%. O benchmark internacional é Louis Vuitton com 32% seguida por Chanel com 5% e Hermés com 4%.

Valores para o cliente do luxo - O ticket médio de compra por cliente aumentou em 13% em relação a 2007, passando de R$ 3.050,00 para R$ 3.454,00. As empresas do setor se movimentam constantemente para manter o interesse de seus clientes, e a renovação de portfólio foi uma das principais ações neste sentido em 2008, com 28% de menção e com 31% previsto para 2009.

Na opinião das empresas, os clientes deste mercado valorizam tanto a exclusividade dos produtos quanto o glamour ou tradição da marca, pois ambos os critérios receberam 35% de menção cada. Os demais critérios citados foram: atendimento personalizado (16%), variedade de produtos e serviços (8%), localização (3%) e preço (2%).

Pesquisa sobre o consumidor - Realizada no mesmo período, de novembro de 2008 a fevereiro de 2009, a terceira edição da Pesquisa sobre o Luxo no Brasil ouviu também os consumidores deste mercado. O levantamento foi feito pela internet e apontou, por exemplo, que este público consome luxo porque se sente bem (69%). O estudo mapeou diversas informações de comportamento e hábitos de consumo.

Mulheres são a maioria - As mulheres são a maioria dentre os compradores de artigos de luxo. Apenas 37% dos clientes deste mercado são homens, contra 63% de mulheres. Outro predomínio ocorre no Estado de São Paulo que concentra 61% de consumidores do luxo. Em 2008, só a capital paulista abrigou pouco mais da metade (51%) dos clientes deste mercado.

A maior parte dos consumidores do segmento (40%) tem entre 26 e 35 anos, enquanto brasileiros entre 36 e 45 anos representam 24% dos clientes. Do total, 42% têm grau de instrução universitário e 36% é pós-graduado.

Considerando a faixa salarial dos consumidores do luxo, percebe-se que 43% deles têm renda mensal superior a R$ 10 mil e 54% fazem investimentos pessoais acima de R$ 100 mil.

Marcas preferidas - Ao avaliar as preferências e desejos deste público, a pesquisa chegou ao ranking de marcas nacionais e internacionais. A Top of Mind internacional é a Louis Vuitton (23%), seguida pela Giorgio Armani (10%) e Chanel (8%). No ranking de marcas nacionais a Daslu (22%) é a campeã e a segunda colocada é a H. Stern (14%).

A Louis Vuitton é a mais citada dentre as marcas de fora do País quando se trata de atributos como prestigiosa (27%) e tradicional (16%). A Giorgio Armani é a "preferida" de 8% dos consumidores, seguida da Louis Vuitton (7%) e Chanel (6%). Dentro do Brasil, tanto a H.Stern quanto a Daslu são consideradas prestigiosas por 19% dos entrevistos. A mais tradicional é a H.Stern (16%), acompanhada da Daslu (14%).

A pesquisa também aponta que o sonho de consumo dos clientes do luxo é Prada (7%) e Chanel (6%) e que os entrevistados gostariam de encontrar no Brasil representação da Hermês (6%), Prada (4%) e Victória Secret (3%).

Perfil da GfK - Criado há mais de 70 anos na Alemanha, o Grupo GfK é a 4ª maior empresa de pesquisa de mercado do mundo. Com 115 subsidiárias, está presente em mais de 100 países nos cinco continentes, gerando mais de 10 mil empregos diretos. No Brasil é a 4ª maior empresa de pesquisa, com 22 anos de atuação no mercado.

Principal escritório do grupo na América Latina, a GfK Brasil auxilia o processo de decisão de clientes de diversos segmentos (Bens de Consumo e Duráveis, Automotivo, Healthcare, Financeiro, Telecomunicações, Varejo, entre outros), fornecendo informações estratégicas para as mais variadas questões de negócios, como: inovação e desenvolvimento de produtos, posicionamento de marca e avaliação de campanhas, satisfação e lealdade de clientes, avaliação de qualidade de atendimento, cenário competitivo no ponto de venda, clínicas de automóveis, através de metodologias qualitativas e quantitativas.

Entre seus clientes estão, Unilever, L`Oreal, Schincariol, Coca-Cola, Pernod Ricard, Nestlé, Johnson&Johnson, Avon, Nívea, Colgate, Kraft, Vivo, Motorola, Banco Santander, Banco Real, Bradesco, Unibanco, Credicard-Citi, Roche, Glaxo, Boehringer, Whirlpool (Brastemp), GM, HSBC, Leroy Merlin, Editora Abril.

MCF Consultoria & Conhecimento - Fundada desde 2001 por Carlos Ferreirinha e Daniele Costa, a MCF Consultoria & Conhecimento presta consultoria e assessoria no desenvolvimento de negócios que seguem as premissas da excelência, do luxo e do Premium. Entre seus clientes estão empresas como: TAM, Natura, MasterCard Black, Spa Kyron, Ammirati e Trousseau.

A MCF oferece serviços em diferentes áreas de atuação: Negócios (Estratégias Corporativas e Potencial de Mercado), Branding (Análise e gestão da marca, Posicionamento/Reposicionamento e Planejamento institucional) e Academia do Luxo (Palestras e Workshops, Coaching/Counseling e Cursos In-Company).

Carlos Ferreirinha é consultor de luxo e diretor-presidente da MCF Consultoria e Conhecimento e está há mais de 15 anos nas áreas de gerenciamento de operações, desenvolvimento de negócios, marketing, vendas e comunicação. Foi presidente da Louis Vuitton Brasil e embaixador de marketing internacional da EDS - Eletronic Data Systems (Dallas/Texas).

. Acesse aqui o conteúdo da pesquisa

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