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16/04/2009 - 11:41

E, por se multiplicar a violência, o sentimento humano se esfriará

O tema do artigo configura-se em uma paráfrase alusiva ao verso transcrito no livro de Mateus, capítulo 24, versículo 12: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará”.

Presume-se que o aumento da criminalidade que vem sendo praticada, a qualquer hora do dia e em qualquer lugar da sociedade, tem levado a população a se acostumar com essas barbáries. Com isso, estima-se que o crescimento da violência urbana, tem levado ao surgimento de uma insensibilidade e frieza social, e ao mesmo tempo, certo descaso das autoridades públicas e dos organismos sociais.

As pessoas não mais se assustam com o número elevado de homicídios que ocorrem em um final de semana, ou se entristecem quando passam pelas ruas e se deparam com maltrapilhos usando drogas em plena luz do dia, ou, ainda, com pessoas revirando o lixo atrás de comida.

Lêem-se nos jornais matérias diárias e repetitivas, mudando-se apenas os personagens e as vítimas da criminalidade, tais como: “Empresário é morto pelas costas, enquanto trabalhava em um torno mecânico em uma de suas oficinas. Ele foi alvejado por quatro tiros disparados pelas costas, por um homem que teria conversado com ele minutos antes, no bairro de Santa Bárbara, em Cariacica/ES” (A Tribuna, 28/03/09).

“Empresário é morto por motoqueiros na frente dos filhos quando abria o portão da garagem de sua casa. Ele foi morto com cinco tiros na noite de sexta-feira, quando chegava a sua casa, localizada no bairro de Santana, em Cariacica/ES“ (A Tribuna, 29/03/09). Ou, ainda, “comerciante é executado com um tiro na cabeça na frente da filha ao chegar para trabalhar. Ele tinha acabado de chegar a sua oficina mecânica na Avenida Carlos Lindemberg, no bairro Alvorada, em Vila Velha/ES, quando um rapaz que o aguardava efetuou um único disparo em sua cabeça” (A Tribuna, 12/04/09).

Os crimes atuais encontram-se revestidos de crueldade, como é caso de dois homicídios ocorridos recentemente: “Um homem não identificado foi esquartejado e carbonizado e o corpo foi achado em um terreno baldio em Nova Carapina, na Serra/ES” (A Tribuna, 28/03/09). E o outro: “O corpo de um homem ainda não identificado foi encontrado carbonizado, na manhã de ontem no bairro Macafé, na Serra/ES. O homicídio aconteceu durante a madrugada de ontem, em frente a uma carvoaria. A vítima foi morta a tiros e depois queimada” (A Tribuna, 12/04/09).

Pode-se dizer que a sensibilidade e a preocupação com o sofrimento humano, surgem apenas quando alguém bem próximo a nós é alcançado pela onda de violência. Fora isso, lemos, assistimos e testemunhamos fatos e acontecimentos e continuamos inertes. Com efeito, por não vislumbrar soluções de eficácia em curto prazo para o problema, nos tornamos reféns da situação, e, assim, quem sabe, explica-se essa insensibilidade.

. Por: Eduardo Veronese da Silva, subtenente da Polícia Militar do Espírito Santo.Graduado em Educação Física – UFES/93. Bacharel em Direito – FABAVI/ES.Contato: (27) 9863-9443 ou (27) 3380-2730 – PMES.Vitória – Espírito Santo.

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