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16/04/2009 - 11:47

Preço real da cesta básica caiu um terço em quinze anos

“O preço real da cesta básica brasileira caiu um terço de 1975 a 2000, em decorrência do crescimento da atividade agropecuária no País”, afirmou o engenheiro agrônomo e professor emérito da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Alfredo Scheid Lopes, durante o III Fórum Abisolo, que acontece entre 13 a 15 de abril, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba, interior paulista. “E esse foi apenas um dos inúmeros benefícios que a agricultura trouxe ao Brasil”, ressaltou.

Segundo Scheid Lopes, poucas pessoas conhecem as contribuições que a o agronegócio proporcionou ao País. “Não vemos qualquer divulgação do que o trabalho de inúmeros produtores, pesquisadores, agricultores e grandes empresas do setor representa para o crescimento econômico nacional e, também, na vida dos cidadãos”, enfatizou.

O Consultor Sócio da MB Agro, Alexandre Mendonça Barros, concorda com a opinião do engenheiro e acrescenta que 35% dos empregos gerados estão ligados direta ou indiretamente ao agronegócio. “O preço real da cesta básica vem caindo uma média de 5% ao ano graças a esse mercado”, completou.

Para os dois especialistas o que falta para que o agronegócio cresça ainda mais no país é um plano, uma política estratégica para o segmento. “A agricultura deveria ser tratada como assunto de Segurança Nacional”, defendeu Scheid Lopes. “Temos condições de aumentar nossa produtividade e, finalmente, nos tornarmos o celeiro do mundo”, finalizou.

Logística e diesel afetam produtividade brasileira - Apesar da tendência para o agronegócio brasileiro ser positiva nos próximos anos, existem dois pontos que podem ser um entrave para a maximização da produtividade nacional. O primeiro é o custo do diesel, que responde por 30% do custo da produção em regiões com muita atividade agropecuária, porém fora do eixo sul-sudeste como, por exemplo, o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul. “Isso prejudica a margem do agricultor e, por consequencia, a produtividade”, disse o consultor sócio da MB Agro, Alexandre Mendonça Barros, no III Fórum Abisolo, realizado entre 13 a 15 de abril, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba/SP. “O preço da gasolina brasileira é 30% a 50% mais caro em comparação com a ofertada no exterior”, completou.

O segundo, mais grave, é o gargalo logístico. “Além do alto custo do combustível, os locais mais distantes também sofrem com a falta de infraestrutura para transporte e logística”, afirmou Barros. “O cerrado brasileiro tem condições de exportar muito mais, uma vez que possui tecnologia, maquinário e técnicas inovadoras de cultivo, porém sem a resolução desse problema, não há como escoar essa produção”, explicou. “Para o Brasil se tornar, realmente, o celeiro do mundo, é imprescindível uma boa infraestrutura logística”, ressaltou.

Outro ponto que Barros considera importante é que os produtores fiquem atentos com a volatilidadade constante nesse setor. “Mesmo com as boas expectativas para o agronegócio, são inúmeros fatores voláteis, como preço das commodities e insumos, câmbio e produtividade, que levam as oscilações da atividade agrícola nacional”, finalizou.

Plano biomassa pretende elevar de 2% para 5% os teores de matéria orgânica no solo brasileiro - Durante o III Fórum Abisolo, realizado entre 13 a 15 de abril, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba/SP, a Abisolo - Associação das Indústrias de Fertilizantes Orgânicos, Organominerais, Biofertilizantes, Adubos Foliares, Substratos e Condicionadores de Solos – está promovendo o Plano Biomassa, cujo objetivo é incentivar o aumento e melhoria dos teores de matéria orgânica dos solos brasileiros, passando dos atuais 2% para cerca de 5%, por meio da utilização de insumos à base de carbono.

Entre os principais efeitos da adição de matéria orgânica aos solos estão: melhorias da estrutura e da atividade biológica do solo, aumento de sua Capacidade de Retenção de Água e de aeração e porosidade; diminuição da variação de sua temperatura diária e melhoria da Capacidade de Troca de Cátions (CTC). “A campanha visa também à recuperação de parte da matéria orgânica exaurida pelos cultivos sucessivos, evitando o risco de apagão orgânico na agricultura”, explicou o coordenador do plano e membro do Conselho Consultivo e Fiscal da Abisolo, Carlos Mendes, durante palestra no Fórum.

Desde a assinatura do Protocolo de Kyoto, as fontes de biomassas comumente utilizadas na agricultura e na produção de fertilizantes orgânicos, organomineral, substratos e condicionadores de solo passaram a ser utilizadas para queima como fonte de energia alternativa, atraída entre outros aspectos, pela geração dos créditos de Carbono. “Com isso, a tendência é que ocorra a escassez da matéria-prima para a produção de insumos orgânicos, causando sério desequilíbrio na cadeia de produção desse setor, agravando, ainda mais, a crise de produção de alimentos no Brasil”, explicou.

Segundo Mendes, o Plano de Biomassa permitirá a redução da dependência das importações de insumos e acarretará na redução de custos operacionais e de aquisição de matérias-primas. “Ao final de cinco anos, a expectativa é dobrar a produção anual de insumos orgânicos, passando de três milhões de toneladas para seis milhões de toneladas”, disse. || www.abisolo.com.br

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